Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Mesmo com dois pré-candidatos ao Senado Federal pelo PL, deputado Alcides Fernandes e vereadora Priscila Costa, integrantes do PL-CE ainda apresentam resistência ao nome da vereadora para postular a vaga em 2026. Líder da bancada do PL na Alece, Dra. Silvana destaca falta de articulação da parlamentar com os demais correligionários.
“O nome dela (Priscila) tem resistência dentro do partido. Isso aí eu não posso.(...) A dificuldade hoje é essa falta de diálogo da Priscila Costa primeiro conosco. O convencimento tem que ser primeiro conosco. Na minha humilde visão. Eu acho que ninguém obriga ninguém, conquistamos as pessoas”, afirma a líder em entrevista à Vertical, nesta quinta-feira, 4.
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Priscila foi lançada ainda em junho pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e pelo presidente do partido, Valdemar Costa Neto. O movimento não passou por consenso com o PL-CE antes de ser divulgado, grupo que defendeu primeiramente o nome de Alcides Fernandes para a Câmara Alta em 2026.
“A vereadora Priscila precisa, eu já disse isso que eu tô dizendo, ser mais cativante com os pares. Ela precisa conversar conosco. Ela precisa chamar e dizer: ‘Olha, eu preciso de você também. Eu preciso que você entre com nessa, se afine comigo’”, avalia Silvana sobre postura da parlamentar.
Priscila, por sua vez, já foi mencionada como postulante pelo presidente do PL-CE e filho de Alcides Fernandes, deputado André Fernandes, após definição de Michelle, mas, segundo Silvana, ainda se faz necessário um alinhamento com a própria vereadora. “A gente precisa conversar, (ver) o que é melhor para a gente. Eu tenho certeza que a Priscila entendeu o recado, penso que eu teria entendido, é fácil de entender”, ressalta.
“Se a Priscila Costa quiser ser o nome do PL, isso tem que ser decidido pelo PL nacional, alinhado com quem vai votar. E quem é que vai votar? O povo do estado do Ceará e as lideranças, nós pequenos, pequenos que somos, nós influenciamos sim”, avalia ainda a parlamentar.
O posicionamento da líder estadual ocorre dias depois de interferências nacionais no cenário da política cearense, com Michelle Bolsonaro rechaçando aliança entre Ciro e oposição no Estado. Em evento de lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão ao governo, ex-primeira-dama deu “puxão de orelha” em André Fernandes por conduzir aproximação com Ciro, antigo adversário político de Bolsonaro.
Os filhos do ex-presidente saíram em defesa de André e o senador Flávio Bolsonaro chegou a dizer que Michelle “atropelou” o diálogo com o ex-ministro no Ceará. Apesar das falas, a agitação resultou na suspensão dos acordos da sigla com PSDB por tempo indeterminado.
“Nós somos soldados do BL, nós vamos fazer o que a direção do partido entender que é melhor para o estado do Ceará e como o PL vai servir melhor nesse momento”, afirma Silvana. “A família se desentende, às vezes pode acontecer de um ou outro caso que a pessoa se desentende, mas não para se dividir. O PL está unido e vai seguir as determinações do nosso partido”, segue em defesa.
por Camila Maia - Especial para O POVO
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