Daqui a menos de cinco dias, no próximo domingo, 3, 5,1 milhões de pessoas vão se submeter à primeira etapa da edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — atualmente, a principal porta de entrada para a universidade pública no Brasil. Dos candidatos, a reta final pede tranquilidade, confiança nos conhecimentos adquiridos, revisão e atenção às orientações para o dia da prova. Mas, para quem ainda não se sente preparado e precisa reforçar conteúdo, além disso tudo, a dica é resolver o máximo possível de questões.
Confira série sobre possíveis temas da redação do Enem 2019:
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Quais são os símbolos da pátria no Brasil
Desastres ambientais no Brasil e suas implicações
No domingo, os participantes vão responder a 90 perguntas objetivas de Linguagens, Códigos e Ciências Humanas, e escrever uma redação dissertativa-argumentativa de até 30 linhas. "Geralmente, caem questões que têm a ver com o que foi abordado em outras provas", ensina Fábio Frota, professor de matemática e assessor pedagógico do cursinho Academia Enem.
Por isso, para a reta final, Fábio indica revisar as provas de anos anteriores e reler as redações avaliadas com nota máxima, além das que o próprio candidato produziu durante a preparação para o exame. "É muito importante conhecer as provas e ter feito simulados, presencialmente ou não", disse. Também, a partir dessas experiências, ajuda definir estratégias para otimizar o tempo de execução da prova — que, domingo, será de 5h30min. "Em média, é ter um hora pra redação e 4h30min pro restante. Fica mais ou menos três minutos por questão", sugere.
Diretor da Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) Jenny Gomes, Marcos Bezerra acrescenta que é tempo de se dedicar a "trabalhar a questão das atualidades, assistir a telejornais e fazer leituras", para agregar o máximo possível de conhecimento e, assim, "fazer uma prova bem contextualizada".
Concorrente a uma vaga no curso de administração, Levi Juan do Nascimento, 17, terceiranista na escola Jenny Gomes, se atualiza por redes sociais. Mas, tem o cuidado de checar a veracidade das informações que consome. "No Google ou em jornal", diz. Nesta semana antes da primeira etapa da prova, ele exercita técnicas de relaxamento que aprendeu com uma professora e que já testou em simulados na escola. "Deu super certo", assegurou.
Sem a pressão do fim do ensino médio, mas com o desafio de, no próximo ano, conseguir nota suficiente para cursar medicina, Anne Gabriely Barroso, 16, segundanista na Escola de Ensino Médio (EEM) Otávio Terceiro de Farias, tem se dedicado a preparar sua base. "Nesta semana eu estou só fazendo revisões de tudo o que estudei ao longo do ano, resolvendo todas as questões de novo e procurando ter preparo psicológico pra segurar o nervosismo", contou.
Na reta final, a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) também prepara esquema logístico para garantir que todos os 106 mil estudantes da rede pública que se inscreveram no exame consigam comparecer aos locais de prova. Na Capital, segundo o secretário da pasta, Rogers Mendes, serão dados créditos nas carteirinhas estudantis. Já no Interior, uma parceria com os municípios deve garantir o transporte. "Todo o apoio pra que tenham condições necessárias".
Na última edição do Enem, 20.207 estudantes da rede pública cearense conseguiram ingressar em universidades públicas e privadas por meio do exame. O número é 19,6% maior do que em 2017, quando foram aprovados 16.897 estudantes, incluindo da Educação de Jovens e Adultos (EJA).