A família de Augusto Sávio Gomes Tavares, de 3 anos, iniciou uma campanha nas redes sociais para custear a medicação do tratamento oncológico da criança, que luta contra a leucemia. Avaliado em R$200 mil, o medicamento precisa ser obtido até o dia 2 de setembro, período em que se inicia o próximo bloco de quimioterapia.
Em entrevista ao O POVO, o bombeiro Armando Tavares Neto, pai de Augusto, contou que a necessidade de arrecadar o valor surgiu após o hospital negar a troca do medicamento utilizado no início do tratamento.
De acordo com o bombeiro, a família descobriu a doença da criança, diagnosticada com leucemia linfoide aguda (LLA), no começo deste ano e, desde então, já precisou realizar empréstimos para cobrir os custos do tratamento.
A doença enfrentada por Augusto foi descoberta no início do ano, mas os sintomas iniciais começaram ainda no final de 2024. “Nós percebemos que ele estava um pouco anêmico, no final do ano passado, e ele estava com a barriga muito inchada”, explica o bombeiro.
Na época, a família estava passando o final do ano na cidade natal dos pais de Augusto, em Belém, no Pará. Ao retornar para Fortaleza, no início do ano, o casal decidiu marcar uma consulta para avaliar a condição de saúde do filho.
Durante um almoço rotineiro, Augusto reclamou que tinha engolido um osso de galinha e que estava com dores na garganta. Rapidamente a mãe da criança, a terapeuta ocupacional Ewerlin Bruna Tavares saiu do serviço e levou o filho à emergência hospitalar.
“A minha esposa relatou o que estava acontecendo com ele e a médica pediu um hemograma e uma ultrassom na barriga, aí mandou de volta para casa. Quando eu cheguei, à noite, a minha esposa foi levar ele para tomar banho. Quando eu entrei no banheiro, a minha esposa bateu dizendo que a pediatra dele, que também atende pela Unimed, tinha orientado a internação dele urgente, mas não falou o que era”, explica.
Ao chegar no hospital, a família foi informada que a única certeza que os médicos tinham era que “Augusto tinha uma doença muito grave no sangue”. Após isso, a criança passou por outra bateria de exames e precisou ficar internada.
Com o diagnóstico de LLA, Augusto iniciou o tratamento quimioterápico. O primeiro protocolo de tratamento durou 35 dias e, durante o processo, a criança recebeu a infusão da medicação PEG-Asparaginase, mas houve complicações.
“Na primeira medicação, ele fez normalmente. Na segunda, faltou medicação. A Unimed simplesmente perdeu o lote, a validade, e não pediu outro lote. Então, nós ficamos sem essa infusão. A médica disse, então, que não ministraria isoladamente a medicação depois. Aí ele só voltou a fazer a infusão dessa medicação na terceira etapa, que é a que nós estamos agora”, detalha Armando.
No primeiro bloco do tratamento, segundo o pai de Augusto, o rosto do filho já tinha apresentado alguns sintomas alérgicos, como a vermelhidão. “No segundo, ele teve uma reação muito grave, quando aumentou a vazão”, ressaltou o bombeiro, afirmando que, nessa etapa, o filho também apresentou dificuldades para respirar.
Após o terceiro bloco de quimioterapia, um mielograma realizado cerca de 20 dias depois mostrou um "resquício da doença”. Segundo Armando, o filho foi "meio que direcionado a fazer transplante”, mas um mielograma refeito alguns dias depois mostrou que a doença havia sumido, e ele foi reposicionado nos blocos de quimioterapia.
Após a reação grave à medicação da primeira fase da quimioterapia, os médicos indicaram a troca do medicamento para a Erwinase (Crisantaspase), mas o plano de saúde negou o fornecimento, segundo a família. Os pais de Augusto acionaram a Justiça, mas buscam ajuda para conseguir importar o medicamento, antes que seja tarde. O POVO entrou em contato com a Unimed para apurar o ocorrido e a matéria será atualizada após o retorno.
Augusto passou pelo último bloco de quimioterapia e atualmente está em casa, em período de recomposição das defesas para o próximo bloco. O próximo bloco de tratamento está programado para começar no dia 2, com a infusão marcada para o dia 9.
Durante os períodos em casa, ele fica com as defesas muito baixas, precisando de transfusões de plaquetas ou plasma e usando uma medicação subcutânea que ativa a medula para produzir defesas.
A família solicitou um empréstimo e conseguiu arrecadar parte do valor. Eles abriram uma vaquinha online e pedem ajuda para conseguir obter o dinheiro restante.
“A expectativa é a melhor possível. A gente tem muita fé em Deus que ele vai ficar curado, até porque a doença some. A gente tem muita fé em Deus e no pessoal da Medicina. Os funcionários que trabalham na Oncologia são excepcionais com o meu filho, e a Drª Fabíola é uma referência no Estado, nós temos muita confiança nela”, finaliza.
Chave Pix: (88) 99917-7645
Nome: Armando Tavares da Silva Neto
Banco: Bradesco