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Projeto busca reabrir 15 mil postos de trabalho e investir R$ 3 milhões na indústria da moda no Ceará
Economia

Projeto busca reabrir 15 mil postos de trabalho e investir R$ 3 milhões na indústria da moda no Ceará

| REVITALIZAÇÃO DO SETOR | Segundo coordenador do 100% Ceará, objetivo é fazer o setor voltar a ser o que era há 30 anos. Projeto é aberto e flexível, podendo abranger mais investimentos e ações ao longo dos anos
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PROJETO cearense quer retomar o Estado no topo do ranking da moda brasileira (Foto: MARCELO ROLIM/DIVULGAÇÃO)
Foto: MARCELO ROLIM/DIVULGAÇÃO PROJETO cearense quer retomar o Estado no topo do ranking da moda brasileira

Nas décadas de 1980 e 1990, o Estado chegou a ser o segundo do Brasil no ranking nacional da indústria da moda. Hoje ocupa o sexto lugar. A queda é resultado de dificuldades enfrentadas há anos e uma das razões para a criação do projeto 100% Ceará. O plano surgiu por meio da Câmara Setorial de Moda do Estado e pretende resgatar, fortalecer, desenvolver e promover a moda estadual. A meta é reabrir 15 mil postos de trabalho e investir R$ 3 milhões no segmento industrial.

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“Irá fortalecer o setor da moda cearense, vocação histórica do Estado e que merece manter e ampliar sua posição de destaque no Brasil e no mundo, gerando emprego e renda, de forma articulada e inovadora", afirma Ricardo Cavalcante, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). "Tenho certeza que a união de nossos esforços trará grandes resultados", complementa.

O projeto foi oficialmente lançado na última sexta-feira, 25, mas vem acontecendo desde o início do ano. "Já tivemos reuniões e agora estamos na fase de celebrar convênios com prefeituras do Interior, como Nova Russas, Acarape, Caucaia, Aquiraz, Maracanaú e Aracoiaba", detalha Lélio Matias, coordenador do 100% Ceará e presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas de Homem e Vestuário do Ceará (Sindroupas). "Queremos voltar ao patamar que ocupávamos há 30 anos."

Segundo Matias, para reabrir 15 mil postos de trabalho, haverá "uma revitalização para beneficiar do microempreendedor às grandes empresas. Um projeto aberto e flexível, sem data para encerrar", afirma. "Desde capacitação dos trabalhadores até a internacionalização e por toda a cadeia, desde o plantio do algodão até o varejo." Até o momento, nove sindicatos e 12 empresas estão diretamente envolvidos. Além disso, o investimento de R$ 3 milhões já está acordado entre parceiros.

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Ações de curto, médio e longo prazo estão previstas. No curto prazo, a principal medida será a profissionalização de trabalhadores por meio de cursos oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Em novembro, está previsto um evento reunindo Ceará Fashion Trade, Dragão Fashion Brasil, Moda Íntima Ceará, Concurso Ceará Moda Contemporânea e o setor de calçados. "Outra ação, que já estamos desenvolvendo, é a internacionalização. Juntamente com o Ceará ao Cubo tivemos uma rodada internacional de negócios em abril e fechamos a exportação de itens de vestuário masculino para a República Dominicana", complementa Matias.

Nesta segunda-feira, 28, a coordenação do projeto se reúne a fim de apresentar a versão final para a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet) e a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece).

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