O Governo Federal quer acelerar as entregas de moradias populares no País, principalmente às que estavam paradas e foram retomadas. E o Ceará será um dos focos. A informação é do secretário nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Alfredo Santos, que participou ontem de encontro, em Fortaleza, com empresários do setor.
A execução do orçamento federal para habitação popular no Estado chegou a R$ 888 milhões, até julho, de R$ 1,5 bilhão orçados para 2022. Dentre as obras a serem priorizadas no Estado está a do conjunto habitacional Cidade Jardim, no bairro José Walter, em Fortaleza
Composto por cinco módulos, o Complexo Residencial Cidade Jardim tem 5,5 mil unidades habitacionais. Até o momento, foram entregues 2,9 mil e a retomada das obras de maneira efetiva deve culminar na conclusão do restante das unidades, projeta o Governo.
Essa retomada foi assinada ainda em 2020 e é referente aos módulos III, IV e V, mas teve obras novamente andando no ano seguinte. O projeto, inicialmente, tinha como prazo o ano de 2018 e ficou paralisado até essa retomada.
A obra do conjunto habitacional em Fortaleza teve novas construtoras escolhidas para tocar o projeto, que passou a andar a partir da liberação de recursos.
Segundo a Secretaria das Cidades do Ceará, os módulos III, IV e V do Cidade Jardim I, com respectivamente, 416, 1.296 e 880 unidades tiveram aporte adicional de recursos aprovado e ainda a liberar. As previsões de entrega são, também, respectivamente, novembro de 2022, junho de 2023 e setembro de 2022.
Vale lembrar que o complexo residencial é destinado a famílias oriundas de áreas de risco, e removidas de regiões em que foram realizados projetos de infraestrutura, como Maranguapinho, Cocó e VLT.
O secretário do MDR afirmou que a entrega das obras que foram paralisadas é uma prioridade. Antes de iniciar novas contratações na Faixa 1, a ideia é zerar as obras paralisadas.
O atual governo iniciou a gestão tendo de enfrentar 190 mil unidades do programa federal de habitação com obras paralisadas e, segundo ele, 130 mil foram retomadas, como é o caso do Cidade Jardim.
"Após a restrição orçamentária, que se agravou devido à pandemia, não havia lógica em contratarmos novos empreendimentos se nós tivéssemos obras paralisadas. Imagine a situação das famílias. E lá também tem dinheiro público alocado", destaca Alfredo durante apresentação a empresários, ontem, 29.
O presidente do Sindicato das Construtoras do Ceará (Sinduscon-CE), Patriolino Dias de Sousa, destaca que o processo de retomada de obras foi positivo, pois o programa Casa Verde Amarela é um programa importante e de interesse público. Ele ainda destaca que os empresários ficaram satisfeitos com as explicações e planos do Governo para o setor de habitação.
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e presidente da incorporadora MoreFácil, André Montenegro, que acompanha de perto os movimentos relacionados ao programa de habitação do Governo por atuar no programa, dá uma ideia de como está a realidade das demais faixas do programa.
Ele destaca que o aumento dos custos da construção e, sem o subsídio, a demanda caiu fortemente. Segundo André, o sinal de alerta foi ligado no início de 2022, quando a queda da demanda por contratações chegou a 40% no Brasil.
Isso fez com que entidades empresariais fossem até o Governo e alterações na política de subsídios, juros e limites de financiamento deram novo fôlego ao programa.
André ainda destaca que a diferenciação das condições para o Nordeste foi um diferencial para a retomada das contratações e a postura agressiva da Caixa de manutenção da taxa de juros em patamar mais baixo também ajuda. "Estamos financiando bem após as mudanças. Acreditamos que as empresas que atuam com essa faixa de mercado tenham bons resultados".
Déficit
Segundo o MDR, as regiões Sudeste e Nordeste respondem por 70% do déficit habitacional urbano no País
Mudanças dão novo fôlego ao setor da Construção
O presidente do Sindicato das Construtoras do Ceará (Sinduscon-CE), Patriolino Dias de Sousa, destaca que o processo de retomada de obras é positivo, pois o programa Casa Verde Amarela é um programa importante e de interesse público. E deve ajudar a alavancar retomada do setor.
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e presidente da incorporadora MoreFácil, André Montenegro, que acompanha de perto os movimentos relacionados ao programa de habitação do Governo por atuar no programa, dá uma ideia de como está a realidade das demais faixas do programa.
Ele destaca que o aumento dos custos da construção e, sem o subsídio, a demanda caiu fortemente. No início de 2022, chegou a um recuo de 40% no Brasil.
Isso fez com que entidades empresariais fossem até o Governo e alterações na política de subsídios, juros e limites de financiamento deram novo fôlego ao programa.
"Estamos financiando bem após as mudanças. Acreditamos que as empresas que atuam com essa faixa de mercado tenham bons resultados."