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Empresas com sede no Ceará já impactaram mais de 248 mil pessoas com práticas ESG
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Empresas com sede no Ceará já impactaram mais de 248 mil pessoas com práticas ESG

Os projetos foram apresentados nesta sexta-feira, 3, no primeiro Café da Manhã ESG, realizado pelo O POVO. Ideia foi conectar pessoas, empresas e projetos
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EMPRESAS apresentaram exemplos de boas práticas para transformar a sociedade (Foto: João Filho Tavares)
Foto: João Filho Tavares EMPRESAS apresentaram exemplos de boas práticas para transformar a sociedade

As empresas participantes do primeiro Café da Manhã ESG, realizado ontem pelo O POVO, já impactaram mais de 248 mil pessoas com práticas que olham para a governança ambiental, social e corporativa.

O evento realizado no Espaço de Arte & Cultura do O POVO teve como ideia conectar pessoas, empresas e projetos, fomentando a sigla que impacta mercados e consumidores.

Haroldo Rodrigues, sócio-fundador da IN3, investidora de negócios de impacto ESG, vê o cenário com muito otimismo. "A gente vive um processo de transição para que os negócios sejam ressignificados."

Ele também afirma que a mudança de comportamento e atitude requer muita centralidade. "Existem práticas que são extremamente leves. A questão da diversidade das pessoas dentro dos negócios e também o estímulo dos colaboradores ao uso de meios de transporte compartilhados, que diminui a emissão de CO2 e coloca na agenda da empresa uma prática super relevante."

No caso do grupo Marquise, Vini Fernandes, gerente de Marketing e Inteligência Social da empresa, afirma que as práticas de responsabilidade social são "inerentes na empresa, tanto por lei quanto pela responsabilidade de retornar à sociedade aquilo que ela também está produzindo e entregando."

Um deles é o Programa Ecocidadão, criado há mais de 20 anos, para promover a consciência socioambiental por meio da educação.

Além da parceria com a EcoFor para a manutenção da Escola Novo Destino. Este é um equipamento voltado para crianças e jovens das comunidades do entorno do antigo aterro sanitário de Fortaleza, com aulas de reforço no contraturno escolar. 

Já a Solar Coca-Cola tem um programa mais voltado para a logística reversa, com o Recicla Solar. De acordo com Arthur Ferraz, gerente de Relações Externas da empresa, a meta é de que, até 2030, 100% das embalagens colocadas no mercado mundial tenham a destinação adequada. Até o momento, a porcentagem está em 35%. 

Ademais, Arthur Bruno destaca o uso de energia limpa em todas as fábricas e centro de distribuição, assim como o projeto de gestão hídrica, que já impactou mais de 166 mil pessoas no Brasil.

"A gente tem um trabalho muito relevante sobre água, pois desenvolvemos e fomentamos programas de acesso à água, especialmente para pessoas da zona rural que não têm acesso. Já conseguimos atingir 379 comunidades."

Quanto à Cobap, seu principal pilar é a economia circular, devido ao mercado de embalagens, com o projeto "Nosso Ciclo Recicla".

A iniciativa é baseada na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ou seja, a partir deste ano, 30% das embalagens descartadas devem ser reutilizadas pela empresa que as comercializa. 

Marília Dantas, supervisora do Sistema de Gestão Integrado do grupo Cobap, também destacou o papel da Pacel, entidade gestora de crédito de reciclagem. "Ela é responsável pela logística reversa e já recolheu mais de 29 mil toneladas de aparas de papelão nas ruas do Ceará."

Em relação ao Iguatemi Bosque, Elirdes Costa, gerente de marketing do empreendimento, reforça que o shopping caminha nas ações ESG, seja reaproveitando as águas no jardim, reciclando toneladas de lixo ou apoiando diversas causas sociais. 

Um deles é a Loja do Bem, iniciativa que tem como objetivo dar mais visibilidade a 800 artesãos cearenses e gerar renda para famílias de 50 municípios do Estado. "É um projeto que transforma vidas, que impacta as pessoas nas suas mais diversas áreas, alimentando histórias, sonhos e a realidade do mundo contemporâneo." 

Negócios de impacto

Além das empresas, O POVO contou com apresentações de negócios de impacto. Por exemplo, o Giardino Buffet, idealizado por Natália de Sousa Martins. 

O empreendimento oferece serviços de buffet para eventos e surgiu para enfrentar os desafios sociais enfrentados pelas mulheres do bairro Bom Jardim, oferecendo oportunidades de emprego e geração de renda.

"O nosso propósito é oferecer oportunidade de geração de renda para as mulheres. E agora estamos trazendo também a questão do gênero."

Outro negócio é o Compartilha, que surgiu com a proposta de otimizar a negociação de hemocomponentes entre bancos de sangue, evitando desperdícios e garantindo o suprimento adequado nos hemocentros.

Lívia Barreto, sócia-cotista e empreendedora na startup, reforçou a importância do Compartilha para os bancos de sangue, visto que o Brasil desperdiça, em média, quatro milhões de componentes por ano.

Já o brechó online e físico Susclo se baseia no pilar da moda circular e, segundo a Luciana Valente, fundadora, a startup surgiu da percepção de que o modelo tradicional de consumo, principalmente em fast fashion, não é sustentável.

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Mais notícias de Economia

Empresas e negócios de impacto

Marquise

O grupo Marquise destacou a responsabilidade social como uma pilar que perpassa os diversos setores onde opera. O programa Ecocidadão,
de educação socioambiental, existente há 20 anos, exemplifica esse compromisso.

Giardino Buffet

O Giardino Buffet é um negócio social do Bom Jardim liderado por mulheres periféricas que oferece serviços de buffet para eventos, criando oportunidades de emprego e renda para as mulheres da região.

Solar Coca-Cola

Com fábricas e centros de distribuição abastecidos por energia limpa, a empresa destaca seu compromisso com a sustentabilidade. Um deles é o projeto Recicla Solar, lançado em 2021, que trabalha com a gestão de resíduos, incluindo a coleta e reciclagem de materiais.

Compartilha

O Compartilha é uma startup com o objetivo de otimizar a distribuição de hemocomponentes para evitar desperdícios e garantir o suprimento adequado nos hemocentros.

Cobap

A Cobap é um empreendimento que opera dentro do conceito da economia circular, visando reduzir as emissões de carbono e cumprir metas ambientais.

Susclo

A Susclo é um negócio de moda circular que começou em 2019 com o objetivo de mudar a forma como as pessoas consomem moda. A empresa possui uma plataforma que facilita a venda de roupas usadas e oferece uma experiência de compra semelhante à de lojas convencionais. 

Iguatemi Bosque

O Iguatemi busca promover práticas sustentáveis e sociais em suas operações. O grupo implementa projetos ambientais e sociais, como a Praça da Sexta Etapa, feita com materiais sustentáveis, e a Loja do Bem, que apoia artesãos cearenses, impactando diretamente mais de 800 famílias. 

ESG Fórum O POVO

O Café da Manhã ESG O POVO também foi momento para lançar o 1º ESG Fórum O POVO, que tem como público-alvo empresas e empresários que atuam, ou buscam atuar, na área de sustentabilidade, governança corporativa, ambiental e social. O evento será realizado ainda neste ano e o lançamento será divulgado em breve.

Público

Uma das visitas ao evento foi Patrícia Colaferro, gerente geral de sustentabilidade da ArcelorMittal no Pecém. Ela afirmou que a empresa tem um grande foco de, até 2050, chegar a neutralidade na emissão dos gases estufas.

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