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Eletrobras: predominância de estudos é sobre hidrogênio verde
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Eletrobras: predominância de estudos é sobre hidrogênio verde

| Transição energética | Empresa conta que possui memorandos de entendimento que envolvem o combustível com empresas brasileiras e estrangeiras, além de governos como o do Ceará
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EMPRESA tem memorando para participar do hub de hidrogênio verde do Pecém (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE EMPRESA tem memorando para participar do hub de hidrogênio verde do Pecém

Responsável pela administração de hidrelétricas, parques eólicos e fotovoltaicos pelo País, a Eletrobras mira no hidrogênio verde como mais uma modalidade de geração de energia e, para isso, mantém estudos e memorandos de entendimento com empresas nacionais, estrangeiras e estados como o Ceará.

“A nossa predominância (de estudos), hoje, é a questão do hidrogênio verde”, afirmou ao O POVO João Henrique Araújo Franklin Neto, diretor-presidente da Eletrobras/Chesf.

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Perguntado quais as características do projeto visado pela empresa no Ceará e os demais em análise, ele afirmou que a Eletrobras mantém confidencialidade sobre os empreendimentos.

O documento que firmou o interesse da companhia em participar do hub de H2V do Pecém foi firmado em maio deste ano, durante o World Hydrogen 2024, realizado em Roterdã, na Holanda. Na ocasião, o governador Elmano de Freitas (PT) e Ivan Monteiro, presidente do grupo Eletrobras, firmaram a parceria.

Viabilidade da geração

Em Fortaleza para o Proenergia 2024, que aconteceu entre os dias 11 e 12 de setembro, o executivo afirmou destacou a aprovação do marco regulatório para o setor, mas demonstrou estar atento aos prazos para que o mercado torne o H2V viável.

“A gente precisa de uma precificação que seja mais competitiva. A eletrólise (processo de separação das moléculas da água que geram o hidrogênio) precisa de um preço mais razoável, o armazenamento e o transporte são aspectos ainda que nós estamos estudando, mas com certeza a Eletrobras vai estar presente dentro desse cenário”, afirmou.

O prazo estimado por João Henrique é de cinco anos até que o H2V seja incorporado à matriz energética brasileira e ao setor energético como todo, “envolvendo principalmente oportunidades competitivas para a indústria".

Porte e transmissão

João Henrique Araujo, diretor-presidente da Eletrobras/Chesf
João Henrique Araujo, diretor-presidente da Eletrobras/Chesf Crédito: FÁBIO LIMA

Ciente do gargalo que a transmissão de energia se tornou para a matriz energética e o segmento de geração de energias renováveis, ele afirma que a Eletrobras “vai ser competitiva para que possa ir nesse mercado e, além de cuidar do sistema existente, participar dessa ampliação do sistema de transmissão.”

Hoje, no Nordeste, a companhia conta com 10,5 mil megawatts (MW) implantados na geração e mais de 23.000 quilômetros (km) de linha de transmissão - dos quais 4 mil km são no Ceará -, segundo ele. Além disso, opera ainda 163 subestações e usinas no Nordeste, sendo 20 destas no Ceará.

Ao mesmo tempo que promete ser competitivo no leilão de transmissão esperado para 2024 e na expectativa de mais dois ou três leilões no próximo ano, o diretor-presidente da Eletrobras recorda os investimentos da ordem de R$ 4 bilhões em linhas de transmissão arrematados pela empresa no último pleito da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e que passam pelo Estado.

“A Eletrobras tem um propósito de investir aqui no estado do Ceará, investir na região Nordeste. Isso vai trazer mais segurança energética para a região que exporta energia, e essa exportação começa aqui pelo estado do Ceará, passa pelo Piauí e vai até outras regiões do país”, arrematou.

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