Além do prejuízo financeiro, o vazio das arquibancadas da Arena Castelão tem influenciado o rendimento esportivo de Ceará e Fortaleza no Campeonato Brasileiro. Adversários do Clássico-Rei de amanhã, às 20h30min, Vovô e Leão somam tropeços dentro de casa e não vencem no Gigante da Boa Vista pela competição nacional há quase dois meses.
Após dois triunfos seguidos fora de casa — 4 a 1 sobre o Vasco da Gama-RJ e 2 a 0 sobre o Bahia —, o Alvinegro teve a chance de completar a trinca em seus domínios, diante do Atlético-GO, mas acabou derrotado por 2 a 1. A última vitória festejada como mandante foi sobre o Santos-SP, por 1 a 0, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.
Pelo Brasileirão, o último triunfo da equipe de Guto Ferreira no principal palco esportivo do Estado pelo Brasileirão remonta a 24 de outubro, no 2 a 1 sobre o Coritiba-PR. Em 13 partidas como mandante, foram 20 pontos conquistados — cinco vitórias, cinco empates e três derrotas, com aproveitamento de 51,3%.
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"A gente vinha de duas vitórias fora de casa e sabia que precisava confirmar esse bom momento ganhando do Atlético-GO dentro de casa. Mas, infelizmente, a gente não conseguiu imprimir nosso ritmo dos jogos anteriores", lamentou o goleiro Richard. "O que a gente deve levar para os próximos jogos é a concentração do começo ao final do jogo, principalmente no próximo, que é importantíssimo. É um clássico em que a gente precisa da vitória", emendou.
O Tricolor, por sua vez, conseguiu o último resultado positivo no Castelão justamente diante do Ceará, por 1 a 0, no segundo jogo da final do Campeonato Cearense. À época, o comandante da equipe ainda era Rogério Ceni, que lamentou a ausência da torcida na comemoração do título.
"A gente sempre fala que o clássico é uma final de campeonato. É um jogo fora do Campeonato Brasileiro. É dificílimo, mas diferente. A sensação de vencer um clássico é totalmente diferente de ganhar qualquer outro jogo, mas são os mesmos três pontos. Então, é importantíssimo vencer, e a gente precisa desses três pontos. Clássico é o melhor jogo de se jogar. Tem a pressão, a adrenalina do jogo, mas é a melhor coisa que tem. Ainda bem que já é domingo. A gente tem totais condições de fazer um grande jogo e conseguir esses três pontos", analisou o lateral-direito Tinga, autor do gol naquele duelo.
Após a ida do treinador para o Flamengo-RJ e o retorno de Marcelo Chamusca ao Pici, o único triunfo em seis jogos foi fora de casa, contra o Botafogo-RJ, por 2 a 1. Pela Série A, a última vitória como mandante foi em 18 de outubro, dia do aniversário de 102 anos do clube, sobre o Palmeiras-SP, por 2 a 0. Ao todo, foram 19 pontos somados em 12 jogos em casa, com cinco triunfos, quatro igualdades e três derrotas — rendimento de 52,8%.
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No ano passado, o Fortaleza teve a segunda maior média de público da competição nacional, enquanto o Ceará ocupou a sétima colocação da lista. Nesta temporada, a pandemia de Covid-19 obrigou os clubes a jogarem o Brasileiro com portões fechados. Em mais um Clássico-Rei sem presença de torcedores, os rivais, atualmente distantes por dois pontos e duas posições, querem dar fim à marca negativa.
"É um jogo muito importante. Tive a oportunidade de jogar alguns assim que eu cheguei, antes da minha lesão, e vi o quanto é importante e é lindo o clássico, a festa que os torcedores faziam. Deu para sentir bem como funciona no Estado. Agora é um pouco diferente porque não vai ter o calor da torcida dentro do estádio, era algo impressionante. Mas, pensando no campeonato, a gente sabe que precisa ganhar para atingir os objetivos do clube", disse Richard.
"É um jogo muito importante tanto para a gente quanto para o adversário. A gente sabe que uma vitória nos coloca em uma posição boa na tabela, se distancia um pouco da parte de baixo. Tem que ir para esse jogo como se fosse uma final porque tem que ganhar esses três pontos de toda forma", avisou o atacante Romarinho.
Ceará
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Fortaleza
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