Da filiação de Ciro Gomes ao entrevero político-futebolístico que opôs o casal Marcelo Paz/Jade Romero ao senador e ex-dirigente Eduardo Girão (Novo), o Campeonato Eleitoral Cearense (CEC) viveu dias de grande agitação, dentro e fora de campo.
Mesmo de arquibancadas vazias, por exemplo, o clima de quermesse se estendeu à Assembleia, onde a linha de frente do governo Elmano reagiu mal aos volteios da oposição, com entradas mais duras sob as barbas do juiz-presidente.
Um dia antes, num hotel da Beira Mar, o espírito era de congraçamento inusual num estado em que o Fla x Flu pelo voto é a regra, e não a exceção. Lá, ex-rivais puseram-se no mesmo banco, a exemplo de Tasso Jereissati, Roberto Cláudio, André Fernandes, Silvana Oliveira e Capitão Wagner, além do próprio Ciro.
Recém-chegado ao tucanato, o ex-presidenciável fez um exercício de reconhecimento do gramado, centrando foco na realidade local de olho na temporada de 2026. Sem dúvida, trata-se de contratação de peso para o time formado, sob tirocínio de Tasso, com integrantes de siglas acostumadas a se enfrentar no mata-mata, nem sempre apresentando futebol limpo.
A intenção agora, avisou o professor, é evitar essas querelas menores, consolidando um selecionado competitivo para encarar o escrete do Abolição. Não será tarefa simples, já que, do lado governista, há um grupo que vem atuando junto desde a era Cid Gomes, senador que fez escola como primeiro treinador da equipe, hoje sob a batuta de Camilo Santana.