A divulgação da preferência do eleitorado permitirá compreensão mais precisa de como o cenário está acomodado no início da disputa à Prefeitura de Fortaleza. Candidatos e aliados de algumas campanhas assumem a importância que as pesquisas vão conferir a estes dias eleitorais.
Ontem, na primeira de uma leva esperada para os próximos dias, Capitão Wagner (Pros) apareceu na dianteira com 35% das intenções de voto. De acordo com o Instituto Paraná de Pesquisas, o militar é seguido de Luizianne (PT), com 14,9% de. Em terceiro, Sarto (PDT) soma 10,1%. Já Heitor Férrer (SD) aparece em quarto com 7,3%.
Um interlocutor de Wagner disse ao O POVO, reservadamente, que o percentual era aguardado. "Na verdade, a gente vai aguardar as outras pesquisas, mas o cenário é de consolidação", disse essa fonte, com o complemento de que "aquilo que se poderia considerar o teto do Capitão, a gente está começando a pensar que é o piso."
Este aliado de Wagner pontua que o horizonte do candidato estará consolidado à medida que o número de indecisos (cerca de 70% na pesquisa divulgada) registrar queda e o percentual dele se mantiver. Já Wagner considera que o largo número de 11 candidaturas torna cada ponto mais difícil de ser conquistado. No entanto, ele afirma haver expectativa de "crescer além disso."
Com Sarto encostando em Luizianne, um petista disse que objetivo de Camilo Santana (PT) de manter os dois partidos em clima de paz será "impossível". Para a semana, conforme definiu, duas palavras-chave na campanha da ex-prefeita são: segurar e avançar.
José Guimarães, deputado federal e articulador petista, adiciona outro verbo às palavras de ordem: polarizar. Como o líder das pesquisas é ligado ao presidente Bolsonaro, ele entende não haver ninguém melhor para este enfrentamento do que uma petista.
Segundo destacou, "nossa candidata está muito bem posicionada". "Estamos fazendo uma campanha centrada na ideia de que é possível governar para todos, não só para um lado da Cidade, como a atual gestão", adicionou, já direcionando críticas ao PDT.
O jurídico da campanha de Luizianne tem marcado de perto o PDT. Já havia conseguido decisão liminar pela retirada de 1,5 segundo extrapolado por Roberto Cláudio (PDT) na campanha do governista.
Ontem, duas decisões advindas de ações petistas determinaram que programas em que obras da gestão municipal são destacadas sem a voz de Sarto apresentando-as fossem retiradas do ar, pois ferem a legislação eleitoral. Procurada, a campanha do PDT respondeu que respeitaria a decisão.
Segundo Sarto, as pesquisas que estão por vir serão importantes, pois servem de "retrato do momento." Ainda desconhecido pelo eleitorado médio, o presidente da Assembleia Legislativa sabe que a gestão de RC é a principal alavanca. "A população, de modo geral, aprova o trabalho que vem sendo feito, e vou seguir esse projeto que não pode parar."
Heitor Férrer (SD) afirmou que a eleição começou agora, com as inserções na televisão. "Quando você tem em aberto 70% (de indefinidos), tudo pode mudar." Já Renato Roseno (Psol) comemorou os 4,7 pontos. "Estamos trabalhando para continuar crescendo." Já Célio Studart (PV) acredita que os adversários "têm um teto de crescimento por conta de uma rejeição expressiva. Nós vamos continuar a crescer."