Após dias com ações menos intensas nas ruas, candidatos à Prefeitura de Fortaleza voltaram a mobilizar campanha em vários pontos da Capital. Parte deles aproveitou o dia do professor para participar de atos em protesto por melhorias na educação.

Renato Roseno (Psol) iniciou o dia em manifestação dos aprovados no concurso da Secretaria de Educação do Ceará (Seduc), em frente à Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), pedindo para que o Governo do Estado os convoque.

"Quero me somar à pressão para que o governador Camilo Santana faça a convocação", disse Roseno. Logo depois de participar de sessão na AL-CE, ele gravou programa de TV e se direcionou à avenida Silas Munguba para participar de bandeiraço.

A candidata Paula Colares (UP) também esteve em frente à AL-CE para o mesmo ato matinal dos professores. Na ocasião, destacou que a rede estadual básica precisa do reforço de professores efetivos. "Enquanto o governador Camilo convoca constantemente policiais aprovados nos concursos anteriores, a educação fica em segundo plano, sobrecarregando o atual quadro e precarizando as condições de trabalho dos temporários" avaliou.

Anízio Melo (PCdoB) também participou do ato pelos professores. Depois, esteve em protesto em frente a sede da Prefeitura de Fortaleza. "O objetivo foi denunciar e cobrar a devolução de R$ 350 milhões referentes aos precatórios do Fundef que o Governo Roberto Cláudio não aplicou na educação como manda a lei", disse.

No período da tarde, houve manifestação do Palácio da Abolição para também cobrar investimentos na educação. "Cobramos apoio contra a tentativa do presidente Bolsonaro de desviar os recursos dos precatórios do Fundef para todo Norte e Nordeste. Nossa posição é de cobrar investimentos na educação e também fortalecemos a convocação dos professores concursados de 2018", afirmou Anízio.

Na manhã de ontem, Célio Studart (PV) esteve no Centro Cultural Dragão do Mar. Na ocasião, reforçou projetos de descentralização e transparência dos editais para agentes culturais e com a manutenção dos equipamentos públicos da cidade. Em razão dos impactos da pandemia, garantiu que em sua gestão o foco será os trabalhadores da cultura.

"Eles serão os últimos a voltar a trabalhar. É preciso ter um olhar de cuidado com os espaços, mas também com os profissionais", concluiu. Passado um ano do ocorrido, Célio lembrou nas redes sociais da tragédia do Edifício Andréa. "Temos cerca de 1,8 mil edifícios em situação irregular, sem o Certificado de Inspeção Predial, o que mostra a ineficiência da atual gestão em fiscalizar, multar e interditar quando necessário", afirmou.

Quem também se solidarizou pelas vítimas foi Renato Roseno. "Se a lei de inspeção predial tivesse sido respeitada essas famílias não teriam passado por essa tragédias, o que demonstra a necessidade fundamental que a Prefeitura tem de desenvolver seu papel de regulação e fiscalização", criticou.

Heitor Freire (PSL) cumpriu agenda com caminhada na comunidade Açaí, no bairro Antônio Bezerra, onde conversou com moradores. "Eu não consigo acreditar que eles (políticos) não se sensibilizam com histórias como a dos moradores do Açaí. Eu quero trabalhar por elas e para elas", afirmou