A candidata do PT à Prefeitura de Fortaleza, Luizianne Lins, rodou ontem a Capital para defender legados das gestões petistas (2005-2012) e fazer a comparação da administração Roberto Cláudio (PDT) nos bairros nobres e periféricos.
A bordo do tradicional fusca vermelho, a postulante iniciou périplo na Praia de Iracema ao lado do vice na chapa, Vladyson Viana.
Luizianne lembrou a reconstrução do calçadão da Praia e outras intervenções urbanísticas executadas quando esteve na Prefeitura.
De uma estátua de Iracema, a petista foi à outra, situada na Lagoa Messejana, de modo a reforçar diferenças entre os dois ambientes.
"A zona nobre cuidada, mais ou menos, nem todo canto, mas também tem a periferia da Cidade que está acabada", ela criticou com a câmera apontada para o píer da lagoa, sem piso.
Luizianne aposta na produção de vídeos para as redes sociais como meio de compensar o tempo de televisão inferior que possui na comparação com José Sarto (PDT) e Capitão Wagner (Pros).
Ela já contou com a aparição do ex-presidente Lula e, ontem, foi vez de a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) dizer que a aliada sempre mostrou "coragem e ousadia, trazendo inovação e um profundo senso de justiça às suas gestões."
Dilma afirmou que "essa mulher guerreira deve voltar à Prefeitura de Fortaleza nesse momento tão difícil do nosso Brasil."
Última pesquisa Ibope apontou um cenário de empate técnico no pelotão de cima, com Sarto numericamente à frente, com 29% (+13), seguido de Wagner com 27% (-1) e Luizianne com 24% (+1). O empate e a oscilação para cima, indicando estabilidade, foram comemorados no petismo.
Nova rodada O POVO/Datafolha será divulgada hoje, quando as campanhas terão compreensão mais exata acerca das tendências, se de crescimento ou de queda.
O vice de Luizianne, Vladyson Viana, projeta que o novo levantamento pode aferir com mais precisão os efeitos da reorientação do discurso da campanha.
Luizianne iniciou a disputa evitando confrontar adversários, mas passou a reagir à campanha de Sarto, que promoveu série de críticas a ela em peças de rádio e televisão.
"Ainda não deu para pegar a intensidade da nossa resposta ao Sarto. (...) Acho que ainda tem muita coisa a ser sentida: a participação do Lula e a participação da Luizianne no debate", listou.
A lógica de não levar desaforo para casa deve acompanhar o PT até o final, segundo pregou José Guimarães, um dos estrategistas da sigla. "Respondendo aos ataques, vamos evidentemente estabelecer diferenças com os dois outros candidatos, mas sem o mecanismo pífio e pouco importante para disputa que é a mentira", sublinhou o petista. Ele ainda adicionou que os últimos momentos da corrida serão encarados como "os dias das nossas vidas".