O prefeito eleito de Fortaleza, José Sarto (PDT), manteve ontem novo dia de intensa agenda de reuniões internas de olho em fechar a equipe de governo. Com anúncio oficial marcado para as próximas horas, a composição oficial do secretariado ainda passa por ajustes finais, principalmente por conta de demandas de partidos aliados da futura gestão.
Segundo O POVO apurou, o último “nó” sendo desatado pela equipe de Sarto são as indicações para secretarias regionais de Fortaleza. Já nos primeiros dias de janeiro, o prefeito eleito deverá enviar projeto para a Câmara Municipal que amplia de sete para doze o número de regionais, conforme aprovado pelo próprio Legislativo no fim de 2019.
Responsáveis por obras e prestações de serviços nos bairros, as pastas despertam cobiça sobretudo de vereadores de partidos aliados, de olho em ampliar influência direta em redutos eleitorais. Por conta da “disputa”, a configuração das “subprefeituras” tende a ser o último ponto a ter “martelo batido” dentro da equação de formação do novo governo.
Conforme O POVO vem anunciando desde a semana passada, outras áreas da gestão estão fechadas ou já bastante encaminhadas. A parcela mais definida é a do chamado “núcleo duro” do governo, aquele formado por pastas de maior confiança do prefeito e mais próximas da administração direta dos cofres municipais, como Governo, Infraestrutura e Procuradoria-Geral.
Nesse segmento, são dadas como certas a indicação de Elpídio Moreira, que coordenava o gabinete de Sarto na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), para a chefia do Gabinete do prefeito. Já Samuel Dias, atual titular da Secretaria de Governo (Segov), deve voltar para a função que exerceu no primeiro mandato de Roberto Cláudio, ficando à frente da Secretaria de Infraestrutura (Seinf).
Já para a Segov de Sarto, deve ser indicado Renato Lima, atual coordenador das Regionais. Outros nomes dados como certos na gestão, mas sem cargo definido, são o do secretário João Pupo (atual secretário de Conservação e Serviços Públicos) e de Ferruccio Feitosa (atual secretário da Regional II). O vice-prefeito Élcio Batista (PSB) deve ter peso na gestão e receber “missão” de Sarto, mas não necessariamente ocupará cargos no governo.
Para a saúde, Sarto tem buscado um “notável”, um quadro técnico reconhecido. Em busca disso, o prefeito eleito tem inclusive se reunido com nomes do setor privado e da academia. O perfil tem sido comparado ao do secretário da Saúde do Estado, Cabeto Martins, que possuía carreira reconhecida como cardiologista antes de entrar na vida pública.
Outro nome articulado para ocupar cargo na gestão é o da vereadora Cláudia Gomes (DEM). Reeleita este ano para a Câmara, a indicação abriria caminho para posse do suplente Adams Gomes (DEM), filho do deputado estadual Tin Gomes (PDT), na Casa. No início deste mês, Tin abriu mão da disputa pela Presidência da AL-CE em prol da indicação de Evandro Leitão (PDT).
Além da vaga para Adams, são estudadas pelo menos outras duas indicações que envolveriam vereadores ou suplentes eleitos pelo PDT, ainda em estudo. A equipe de Sarto busca ainda convidar outros nomes femininos de peso para a gestão. Entre possíveis convidadas, está a deputada estadual Augusta Brito (PCdoB).