Agora ex-governador, Camilo Santana (PT) se despediu com um discurso emocionado e marcado por agradecimentos: às instituições, aos aliados, aos servidores e à família. E saudou também a sucessora e ex-parceira de governo, Izolda Cela (PDT). A voz ficou embargada ao final da fala, quando sisse que tudo que fez foi pelo povo.
Sobraram também críticas aos adversários políticos. Em particular ao governo federal, embora sem citar o presidente Jair Bolsonaro. "Não nos rendemos aos negacionistas, principalmente aqueles que ocupam as mais altas esferas de poder."
Outra crítica ao governo federal foi quando o ex-governador falou de política cultural. "Enquanto o País regrediu décadas nessa área tão primordial, seguimos aqui no sentido contrário, o caminho correto de valorização da nossa cultura e dos nossos artistas. Um governo que não apoia a arte e a cultura é um governo que não respeita seu povo".
Camilo também rebateu a principal crítica feita pelos seus opositores. Apontou o tráfico de drogas como raiz da insegurança e destacou que a responsabilidade constitucional desse enfrentamento é do governo federal, ao qual classificou como "inerte", e que considerou que empurra o problema para os estados.
Sobre os críticos locais, afirmou: "Não se revolve o problema da segurança só com discursos oportunistas e falsas promessas. Quem faz isso mente para a população e tenta se aproveitar do medo e da dor das famílias como palco político da forma mais covarde e rasteira possível."