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Sarto: desistência de Leo Couto não tem ligação com "reaproximação" entre PT e PDT
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Sarto: desistência de Leo Couto não tem ligação com "reaproximação" entre PT e PDT

Prefeito diz que candidatura do vereador era "natural" e fala em não "personalizar" disputa pela presidência da CMFor
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Sarto chega a momento-chave na metade do mandato (Foto: Samuel Setubal/Especial para O Povo)
Foto: Samuel Setubal/Especial para O Povo Sarto chega a momento-chave na metade do mandato

A retirada da candidatura de Leo Couto da disputa pela Presidência da Câmara dos Vereadores de Fortaleza (CMFor) não influencia, necessariamente, na reaproximação entre PT e PDT, uma vez que o parlamentar é integrante do PSB, que permaneceu na base de apoio pedetista durante as eleições de 2022 no Ceará. Essa é a avaliação do prefeito da Capital, José Sarto (PDT), que repercutiu a desistência do pessebista de participar do pleito.

Couto diz ter atendido um apelo feito pelo senador Cid Gomes (PDT), que tenta reaproximar os dois partidos após o racha na disputa estadual. O anúncio foi feito nas redes sociais na última quarta-feira, 16. Com a saída de Leo Couto, apenas o nome de Gardel Rolim (PDT) está apresentado para a sucessão do deputado estadual eleito Antônio Henrique (PDT) no comando da Casa.

"Sem dúvidas, é um gesto, vamos dizer assim, de reaproximação", começou Sarto, para em seguida e corrigir. "Eu não diria (um gesto) de reaproximação, porque o Leo é do PSB e o PSB votou no nosso candidato que perdeu a eleição. Política é assim, a gente perde hoje, ganha amanhã e isso é natural que aconteça". O prefeito havia sido questionado pelo O POVO se a atitude do vereador poderia favorecer uma recomposição entre as legendas.

Sarto avaliou que a concorrência pela Presidência da CMFor não deveria ser levada para o âmbito pessoal. "O importante é que o nível do debate esteja sempre mantido e que as pessoas não personalizem as disputas, isso é muito ruim”, disse.

A sucessão da Câmara

A eleição para Mesa Diretora na Câmara está prevista para 1º de dezembro. Antônio Henrique, atual ocupante do cargo de presidente, assume mandato em 2023 na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) e, por isso, não disputa reeleição.

"É natural que as pessoas queiram ascender à gestão de um poder legislativo, se prepararem. É natural que essas candidaturas apareçam e, evidentemente, ao final só tem uma cadeira. Eu vejo isso como processo natural", afirmou Sarto sobre a intenção de Couto concorrer.

O pedetista disse ter ficado “admirado” que apenas dois nomes tenham se colocado para a disputa. “Me parece que o PDT tinha outros postulantes”, acrescentou. Apesar de afirmar que não deve se envolver na eleição, o prefeito tem defendido que a sua legenda forme uma chapa "plural" e "eclética", que contemple diversidades de partidos e a participação efetiva das mulheres.

Gardel Rolim, candidato apoiado pelo Sarto, já contava com apoio de maioria da bancada do grupo e articulava ampliar as bases para assegurar o comando da CMFor. Leo Couto, no entanto, tentava costurar alianças com outros parlamentares, incluindo os que compõem o grupo da oposição. A ação contaria ainda com uma "investida" em seu favor realizada pelo senador eleito Camilo Santana (PT).

Desistência de Couto

"Houve um pedido do mesmo no sentido de abrir mão da candidatura, em nome da pacificação, após eleição estadual que gerou conflitos e divisões no projeto que tem ajudado a melhorar o Ceará. Compreendi e concordei com as ponderações, acreditando ser este o momento de união, de unidade e de trabalho em prol da Câmara e do povo de Fortaleza", disse o integrante do PSB sobre a desistência.

Sua candidatura surgiu em meio ao racha entre PT e PDT durante a disputa estadual deste ano. O pessebista apoiou o governador eleito Elmano de Freitas (PT) e Camilo, mesmo que sua legenda tenha optado pela candidatura do ex-prefeito da Capital Roberto Cláudio (PDT) ao Palácio da Abolição.


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