Logo O POVO+
As marcas que fazem a diferença na área social ou ambiental
Reportagem Seriada

As marcas que fazem a diferença na área social ou ambiental

No sexto episódio da série Anuário/Top-of-mind, pesquisa revela vencedor da categoria Área social ou ambiental. Em voga no mundo, questões ESG adentram as empresas e ganham diretorias e novos colaboradores especialistas nas áreas para trabalhar as marcas
Episódio 6

As marcas que fazem a diferença na área social ou ambiental

No sexto episódio da série Anuário/Top-of-mind, pesquisa revela vencedor da categoria Área social ou ambiental. Em voga no mundo, questões ESG adentram as empresas e ganham diretorias e novos colaboradores especialistas nas áreas para trabalhar as marcas
Episódio 6
Tipo Notícia Por
.

Já parou para pensar por que tantos consumidores preferem um smarthphone com a marca iPhone da Apple? Ou usar a família de sistemas operacionais Windows desenvolvida, comercializada e vendida pela Microsoft? Em geral, esses produtos custam até mais caros que os seus concorrentes, mas as marcas, além de terem um valor tangível, conseguiram conquistar o intangível.

Depois de um tempo no mercado, as empresas podem adquirir um ativo intangível. Ou seja, sem mensuração de preço, o que dá às suas marcas um valor agregado. 

A Interbrand apresentou no fim do ano passado, a Best Global Brands 2022, com o ranking listando as principais marcas que conseguiram o feito e, pela primeira vez, os dados quantitativos ambientais, sociais e de governança (ESG) foram incorporados. Entre elas estão, Apple, Microsoft, Amazon, Google e Samsung, nas primeiras colocações respectivamente.

Evento que equipe Natura participou sobre sustentabilidade(Foto: marcos suguio/ Divulgação Natura)
Foto: marcos suguio/ Divulgação Natura Evento que equipe Natura participou sobre sustentabilidade

No Brasil, a Natura vem se destacando na área de sustentabilidade e lidera, no Ceará, a pesquisa Anuário Datafolha Top of Mind na categoria Área social ou ambiental, tanto para as classes A/B, com 6,8%, como na população geral com 5,4%.

Além da Natura, aparecem em segundo e terceira colocações, para a classe A/B, Ibama (2%) e Marquise Incorporações (1,4%). Já para a população geral, Ypê (1,6%) e Ibama (1,3%).

O que chama atenção nessa categoria é o alto percentual de respondentes que não souberam informar o nome de alguma marca que faz a diferença na área social ou ambiental (59,6%). O número, no entanto, já foi maior, era 60,2% em 2022.  

Para Eraldo Noronha, diretor-executivo e relações institucionais da Voar, que atua no Terceiro Setor há mais de 10 anos, apesar do crescente reconhecimento da importância da área social e ambiental, ela ainda não é tão valorizada quanto outras esferas. 

Eraldo Noronha, especialista em terceiro setor, diz que apesar do crescente reconhecimento da importância da área social e ambiental, ela ainda não é tão valorizada quanto outras esferas.(Foto: Sara Navarro/ Acervo pessoal)
Foto: Sara Navarro/ Acervo pessoal Eraldo Noronha, especialista em terceiro setor, diz que apesar do crescente reconhecimento da importância da área social e ambiental, ela ainda não é tão valorizada quanto outras esferas.

"Especialmente para consumidores das classes C e D, essas áreas não têm a mesma relevância, muitas
vezes devido à falta de acessibilidade dos produtos e serviços associados a preocupações socioambientais para o consumo em massa. É crucial considerar o perfil e a condição socioeconômica dos consumidores ao analisar a percepção e o conhecimento das marcas e empresas que atuam nesses domínios", explica.

Além disso, ele observa, empiricamente, que os consumidores podem não estar plenamente informados sobre as ações e iniciativas que as empresas estão implementando nessas áreas. O conhecimento sobre políticas voltadas para a promoção da sustentabilidade e do impacto social positivo também é limitado. 

 

 

Posicionamento de marca é um diferencial da Natura

Em relação à liderança da Natura desde 2021 nessa categoria, Noronha avalia que a empresa é amplamente celebrada como uma líder em responsabilidade social e ambiental no Brasil e internacionalmente.

"Sua dedicação à sustentabilidade, proteção ambiental e promoção de causas sociais é amplamente elogiada. Esse reconhecimento reflete o posicionamento da marca. Apesar da estabelecida presença da Natura nesse domínio, a porcentagem relativamente baixa de respostas (6,8%) sugere que a conscientização sobre questões sociais e ambientais ainda não é tão difundida quanto poderia ser", observa.

Noronha acredita que isso pode indicar oportunidades para a marca educar ainda mais o público sobre suas iniciativas e compromissos nessa área.

"As complexidades das questões ambientais e sociais podem apresentar desafios na comunicação eficaz por parte das empresas. É possível que parte do público não esteja totalmente informada sobre as ações específicas da Natura em áreas como sustentabilidade e responsabilidade social", diz.

E ressalta, ainda, que os consumidores têm hoje uma vasta gama de escolhas ao apoiar marcas
que promovem a sustentabilidade e a responsabilidade social. Além da Natura, muitas outras empresas brasileiras têm um compromisso sólido com essas questões. Isso pode resultar em uma divisão nas respostas dos consumidores.

 

 

Destaque na agenda ESG

Agenor Leão, vice-presidente de Negócios Natura e Avon, informa que, para a empresa, as práticas relacionadas à sigla ESG vão além de serem diferenciais competitivos.

"Para a Natura, os pilares de sustentabilidade, responsabilidade social e governança corporativa são alavancas para criar valor ao transformar desafios contemporâneos em oportunidades de negócios. Nosso planejamento estratégico tem a sustentabilidade como habilitador-chave. Isso significa que todas as áreas têm que definir a forma de contribuir com as metas socioambientais", destaca Leão.

E também ressalta que, neste setembro de 2023, a Natura & Co América Latina, unidade de negócios que contempla as operações das marcas Natura, Avon e The Body Shop na região, anunciou a atualização da Visão 2030 para enfrentar desafios contemporâneos mais urgentes.

Fábrica Natura no Ecoparque Benevides(Foto: Carlos Borges/ Divulgação Natura)
Foto: Carlos Borges/ Divulgação Natura Fábrica Natura no Ecoparque Benevides

Entre as principais metas traçadas estão zerar emissões de gases de efeito estufa, promover a diversidade nos cargos gerenciais, elevar os indicadores de desenvolvimento humano (IDH) das consultoras de beleza, aumentar em quatro vezes as compras de insumos da Amazônia e contribuir com a conservação de 3 milhões de hectares desta floresta.

"Esta atualização da nossa visão 2030 reflete o profundo compromisso da empresa com a biodiversidade, direitos humanos e sustentabilidade. Cabe colocar o que alguns marcos do que já temos feito até o momento. Em conjunto com as comunidades agroextrativistas, nosso modelo de negócios já contribui para conservar 2 milhões de hectares e a meta – prevista na Visão 2030-, é ampliar essa área para 3 milhões", revela o executivo.

 

 

Produtos com 100% do lucro voltado à educação

Hoje, a Natura se relaciona com 10.636 famílias, distribuídas em 48 comunidades fornecedoras em todo Brasil e na América Hispânica, 41 delas concentradas na Pan-Amazônia e, pelo nosso modelo de negócios, já movimentamos mais de R$ 2 bilhões nesta região.

A partir da nossa relação com as comunidades, desenvolvemos 42 ingredientes da sociobiodiversidade amazônica, conhecidos como bioativos. Crer Para Ver é a única marca de produtos não cosméticos da Natura, cujo 100% do lucro das vendas é revertido e investido na educação por meio do Instituto Natura. 

"Ninguém muda o mundo sozinho. Por isso, trabalhamos em campanhas de mobilização e conscientização tanto com consultoras de beleza e consumidores quanto com os fornecedores, já que sem a mobilização da nossa rede, não conseguiremos alcançar nossos compromissos socioambientais", finaliza.

 

 

 Conheça as marcas mais lembradas na categoria área social ou ambiental

 

 

Saiba mais sobre a série

Desde quinta-feira, 14 de setembro, O POVO traz uma série de reportagens no Portal O POVO, no OP+ e no jornal impresso, que segue até o dia 4 de outubro. Este é o sexto episódio.

O resultado está publicado no Anuário do Ceará 2023-2024, dividido em nove setores – Top do Top, Educação, Saúde, Varejo, Comunicação, Serviços, Alimentos e Bebidas, além de Representa O Ceará; e Área Social e Ambiental, estes que estão na terceira edição.

Mais notícias de Economia

O que você achou desse conteúdo?