Logo O POVO+
Entre secas e tempestades: qual o atual estágio das mudanças climáticas no Ceará
Reportagem Seriada

Entre secas e tempestades: qual o atual estágio das mudanças climáticas no Ceará

O Ceará se vê no epicentro de uma crise ambiental com a intensificação dos eventos climáticos extremos. Cenário exige respostas rápidas e eficazes do poder público
Episódio 5

Entre secas e tempestades: qual o atual estágio das mudanças climáticas no Ceará

O Ceará se vê no epicentro de uma crise ambiental com a intensificação dos eventos climáticos extremos. Cenário exige respostas rápidas e eficazes do poder público
Episódio 5
Tipo Notícia Por

 

 

As regiões semiáridas, que correspondem a cerca de 92% do território do Ceará e são geralmente associadas à seca e ao calor, estão passando por uma transformação. O que antes era previsível, com períodos de estiagem mais longos seguidos por estações chuvosas, agora é marcado por extremos cada vez mais inesperados.

Pesquisadores apontam que tempestades localizadas e perigosamente intensas, secas ainda mais severas e temperaturas recordes já fazem parte do novo cenário do Ceará. Nesse contexto, o Estado se vê diante do dilema: como garantir abastecimento, alimento e desenvolvimento para sua população enquanto enfrenta os impactos crescentes das mudanças climáticas?

Os efeitos das alterações no clima estão diretamente ligados ao aumento das temperaturas globais. É o que ressalta o doutor em Meteorologia e pesquisador da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Francisco Vasconcelos Júnior.

Mapa do semiárido no Nordeste

 

“O efeito estufa é um aspecto natural e essencial para a vida na Terra, mas quando ocorre um desequilíbrio, com mais gases de efeito estufa do que o necessário na atmosfera, temos a intensificação do aquecimento global”, explica o meteorologista.

De acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), uma iniciativa do Observatório do Clima, o Ceará emitiu em 2022, ano mais recente observado, mais de 22 milhões de toneladas de CO2 equivalente (CO2e). A métrica representa todos os gases de efeito estufa, como metano (CH4) e óxido nitroso (N2O).

Com o quantitativo, o Estado é o 4° maior emissor de gases do efeito estufa do Nordeste, atrás somente de Maranhão, Bahia e Pernambuco. Em relação ao Brasil, o Estado ocupa a 20ª posição.

 

Acompanhe o nível de emissão de CO2 equivalente (CO2e) do Ceará em dez anos

 

 

Por consequência, um estudo publicado em 2023 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou que a temperatura média da Região Nordeste já aumentou em 1,5 grau Celsius (°C) em relação ao período entre 1961 a 1990.

Naquela época, a média era de 30,7°C. Nos anos seguintes, essa média subiu gradualmente: para 31,2°C entre 1991 e 2000; 31,6°C entre 2001 e 2010; e chegou a 32,2°C no período de 2011 a 2020. A temperatura média do ar no Ceará teve um aumento de 1,8ºC nos últimos 63 anos, de acordo com estudo da Funceme.

No Ceará, estudos estão em andamento para avaliar com precisão os impactos do aquecimento global e sua influência nas temperaturas locais. “Esse aumento é esperado globalmente, mas é algo que já estamos vivendo aqui”, disse o meteorologista da Funceme.


 

Chuvas pontuais de grande intensidade

A realidade descrita por Francisco Vasconcelos Júnior já é vivenciada pelos cearenses. As chuvas intensas, por exemplo, são apontadas por especialistas como uma das consequências diretas das mudanças climáticas.

“A maior quantidade de vapor de água na atmosfera [causada pela evaporação acelerada devido às altas temperaturas] torna os eventos climáticos mais intensos e extremos, resultando em chuvas mais fortes e rápidas, como as que temos observado em várias regiões do Ceará", explica.

A intensidade das chuvas é medida pela quantidade de “água que cai” em um determinado período. Por exemplo, a queda de 100 milímetros (mm) de chuva em apenas uma hora é bem diferente de 100 mm bem distribuídos ao longo de 24 horas.

abrir

"Um exemplo recente ocorreu no Carnaval, quando algumas áreas de Fortaleza registraram mais de 200 mm de chuva em poucas horas, causando inundações e prejuízos", acrescentou ele.

O pesquisador se refere à chuva de 11 e 12 de fevereiro de 2024, a segunda maior em 50 anos em Fortaleza, com 215 mm registrados, principalmente na manhã de sábado. O volume também causou quedas de energia e árvores em diversos pontos da Cidade, bem como o cancelamento de festividades de carnaval ao ar livre, que ocorriam na época.

“No Interior, o impacto das fortes chuvas tende a ser menor, já que a água é absorvida com mais facilidade pelo solo. No entanto, nas áreas urbanas como em Fortaleza, a drenagem urbana é um desafio constante e não tem acompanhado o aumento das chuvas intensas”, ressalta o pesquisador.

 

 

Secas prolongadas

Em contraste com as chuvas extremas, as projeções para o Nordeste, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), indicam uma redução de aproximadamente 30% nas precipitações até 2030.

Conforme explica o professor Francisco de Assis de Souza Filho, coordenador do Centro Estratégico de Excelência em Políticas de Águas e Secas (Cepas) da Universidade Federal do Ceará (UFC), os períodos de seca prolongados não são uma novidade para o Ceará.

“Tivemos secas muito severas recentemente, como a iniciada em 2012, que se prolongou até 2018 e, em algumas regiões, até 2020. Durante esse período, o Castanhão, o maior reservatório do Estado, chegou a apenas 5% de sua capacidade”, pontua. Ele ressalta que, em termos de volume dos reservatórios, o Ceará ainda sente os efeitos desse período.

abrir

De acordo com o Atlas Digital de Desastres no Brasil, uma ferramenta do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), entre 2013 e 2023, o Ceará registrou 1.201 ocorrências de seca e estiagem, impactando diretamente mais de 14 milhões de pessoas. Somente em 2023, foram 50 ocorrências, afetando mais de 569 mil cearenses.

“Utilizamos diversos modelos de cenários de mudança climática. Infelizmente, a maioria desses modelos sugere que haverá uma diminuição ainda maior nas médias mensais das precipitações no Ceará”, indica o coordenador do Cepas, da UFC.

 

 

Insegurança hídrica

Até 25 de outubro de 2024, o Ceará tinha seis açudes com capacidade acima de 90% e um transbordando. O nível de armazenamento nos açudes é resultado do período chuvoso favorável que o Estado teve no primeiro semestre deste ano. Por outro lado, 28 açudes estavam com volume abaixo de 30%.

O cenário ainda não é considerado preocupante para esta época do ano, quando as chuvas costumam ser escassas. Contudo, o professor Assis de Souza expõe que a tendência para os próximos anos não é boa.

"Nosso grupo de pesquisa na UFC simulou os impactos dessa redução de chuvas nas bacias hidrográficas e nos reservatórios. O que observamos é que, até o final do século XXI, também haverá um aumento na evapotranspiração devido ao aquecimento das temperaturas”, explica.

 Sangria do açude Germinal ainda está sangrando, no município de Palmácia(Foto: AURELIO ALVES)
Foto: AURELIO ALVES Sangria do açude Germinal ainda está sangrando, no município de Palmácia

A evapotranspiração é a perda de água pelas plantas e pela evaporação do solo e superfícies. O especialista alerta que seu aumento, junto à redução das chuvas, resultará em uma queda significativa no volume dos reservatórios.

“Nossos reservatórios terão sua capacidade de regularização diminuída, comprometendo a disponibilidade de água para a população, para a irrigação e para o abastecimento em geral. Ou seja, o cenário aponta para uma maior escassez hídrica no Ceará, conforme sugerido pela maioria dos modelos climáticos", indica.

 

 

Desertificação e impactos na agricultura

A diminuição das chuvas e o aumento das temperaturas intensificam a desertificação, quando uma área fértil e rica em vegetação é transformada em um solo improdutivo.

Atualmente, o Ceará é um dos estados brasileiros mais afetados pela desertificação. Conforme um mapeamento realizado em 2019 pela Funceme, 11,45% do seu território do Ceará apresentava áreas fortemente degradadas em processo de desertificação.

abrir

Há três núcleos de desertificação principais: Sertões de Irauçuba e Centro-Norte, Sertões dos Inhamuns e Sertões do Médio Jaguaribe.

Com a evapotranspiração intensificada, as plantas perdem mais água para a atmosfera, exigindo uma maior quantidade de irrigação para compensar. “Consequentemente, a agricultura é impactada por essas variações climáticas, pois a necessidade de irrigação aumenta, e, devido à seca, isso pode não ser possível”, aponta Francisco de Assis.

 

 

Erosão das áreas litorâneas

A elevação global do nível do mar é causada por dois fatores principais: a expansão térmica (quando a água do oceano aquece devido às temperaturas terrestres e se expande) e a contribuição das camadas de gelo (por exemplo, de geleiras, lençóis de gelo e gelo marinho) devido ao aumento do derretimento.

“O aumento é pequeno, apenas alguns centímetros por ano, mas, durante eventos de ressaca, esse aumento pode causar erosão nas áreas litorâneas e intrusão salina em rios e áreas agrícolas, impactando a produção de alimentos”, destaca o pesquisador Francisco Vasconcelos Júnior.

Francisco Vasconcelos Júnior, doutor em meteorologia e pesquisador da Funceme (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Francisco Vasconcelos Júnior, doutor em meteorologia e pesquisador da Funceme

Um relatório produzido em 2018 pelo programa Cientista Chefe, iniciativa da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico (Funcap), do Governo do Estado, mostra que 18% da linha de costa do Ceará está sob erosão severa, ação que ocorre quando as praias perdem mais sedimentos do que recebem.

“Um exemplo claro é de Icaraí”, destaca o meteorologista. Estima-se que a praia, no município de Caucaia, tenha perdido 109,73 metros de faixa de areia entre os anos de 1984 e 2020.

Barreira tenta conter erosão causada pelo avanço do mar no Icaraí(Foto: Fábio Lima/O POVO)
Foto: Fábio Lima/O POVO Barreira tenta conter erosão causada pelo avanço do mar no Icaraí

Uma projeção feita pela UFC, realizada pelo Departamento de Geologia, mostra que metade da costa cearense (49,16%) deverá perder dez metros ou mais de sua faixa de areia até o ano de 2040. Fortim, a 130 quilômetros de Fortaleza, é o município com projeção mais acentuada de erosão. Até 2030, ou seja daqui a apenas seis anos, a referida área deverá perder 318 metros de costa. De 2020 a 2040, serão 436 metros perdidos pela erosão.

 

 

Os impactos na saúde

As mudanças climáticas impactam diretamente a saúde pública. Um estudo de 2023, realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fiocruz e Universidade de Lisboa, revelou que ondas de calor causaram mais de 48 mil mortes no Brasil entre 2000 e 2018. Um total de 1.735 foram em Fortaleza, principalmente por doenças circulatórias e respiratórias.

Jonathan Vicente, biomédico e doutorando em Mudança Climática e Saúde, destaca que o aumento da temperatura pode acelerar a proliferação de mosquitos transmissores de dengue, Zika e chikungunya.

“O aumento da temperatura pode estimular a proliferação desses vetores, pois eles se reproduzem mais rapidamente com o calor. Áreas urbanas com água parada, exacerbadas pela seca, criam condições ideais para essa proliferação”, explica.

Ele também aponta que a qualidade do ar piora com a poluição, agravando doenças respiratórias crônicas. Já as secas aumentam a poeira, que intensifica as condições alérgicas.

Sobre chuvas extremas, Vicente destaca que enchentes aumentam o risco de leptospirose. “A falta de água potável e saneamento básico após enchentes também pode elevar o risco de cólera, hepatite, febre tifoide e gastroenterites”, acrescenta.

Segundo ele, apesar de todos estarmos sujeitos aos efeitos da crise climática, alguns grupos sociais estão ainda vulneráveis.

Grupos mais vulneráveis às variações climáticas

 

 

Mudanças em nível nacional

O Brasil, embora tenha diversidade climática, apresenta estações bem definidas. Estamos agora na transição entre inverno e primavera, marcada por baixa umidade e ausência de chuvas, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e parte da Região Norte.

Segundo Morgana Almeida, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as atividades humanas estão intensificando os problemas típicos desse período. “A ocupação desordenada do solo e o uso descontrolado do fogo agravam as condições ambientais, fazendo o período seco começar mais cedo e durar mais, enquanto o chuvoso encurta.”

Seca faz incêndios em florestas maduras crescer 152% na Amazônia(Foto: Agência Brasil)
Foto: Agência Brasil Seca faz incêndios em florestas maduras crescer 152% na Amazônia

Ela também destaca temperaturas mais elevadas neste ano, principalmente no Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e oeste da Amazônia. “Temos visto uma maior frequência de dias consecutivos de seca, o que impacta negativamente a qualidade do ar, reduz o volume dos mananciais e afeta o transporte nas regiões ribeirinhas da Região Norte.”

Ela também destaca que o Brasil abriga biomas particularmente sensíveis às mudanças climáticas, como o Pantanal, o Cerrado, a Caatinga e a Amazônia. Até a sexta-feira, 14, o País registrou 180.137 queimadas em 2024, representando 50,6% dos incêndios na América do Sul, um aumento de 108% em relação a 2023. Mato Grosso lidera os focos, com 1.379 nas últimas 48 horas, seguido por Amazonas (1.205), Pará (1.001) e Acre (513).

 

 

Uma busca por medidas de contenção

Diante do cenário preocupante, os poderes públicos enfrentam pressão para adotar políticas e tecnologias que reduzam os impactos das mudanças climáticas no Estado. Nesse contexto, procuramos as gestões do Governo do Ceará e da Prefeitura de Fortaleza para saber sobre as medidas que estão sendo implementadas ou que estão previstas para os próximos meses para mitigar os efeitos da crise climática.

Medidas de mitigação em nível municipal e estadual

Clique nas linhas amarelas abaixo para ler as sobre as ações da Prefeitura de Fortaleza e Governo do Ceará

Dentre algumas medidas mencionadas pela Prefeitura de Fortaleza, há iniciativas voltadas para a melhoria de drenagem urbana, bem como diminuição de emissão de gases poluentes. Um deles é o projeto Caminhos Verdes e Azuis, liderado pelo Ipplan Fortaleza, que revitaliza rios e canais, começando pelo Bom Jardim e o Rio Maranguapinho, onde foram retiradas dez toneladas de resíduos em agosto. Outra iniciativa é o Parque Litorâneo Barras do Mar, que está requalificando a orla entre Pirambu e Barra do Ceará, com a primeira etapa prevista para este ano. Além disso, Fortaleza planeja expandir sua malha cicloviária para 500 quilômetros (km) até dezembro.

A Secretaria Municipal da Infraestrutura ainda ressaltou a construção de um reservatório na Av. Heráclito Graça, com capacidade para 14 mil metros cúbicos (m³), para controlar alagamentos. 'O objetivo é direcionar o volume de água para o subsolo, onde será escoado gradativamente até o riacho Pajeú', declarou a gestão. A conclusão da obra está prevista para dezembro.

O Ipplan Fortaleza também informou que está modernizando sistemas de alerta para riscos climáticos, em parceria com a Defesa Civil, e atualizando a Plataforma Fortaleza 2040, com foco em resiliência climática e análise de riscos até 2050, sob a supervisão do Gabinete de Governança Climática, criado em março de 2022.
Da parte do Governo do Estado, há o “Ceará 2050", um projeto lançado em 2022. Ele foca no desenvolvimento sustentável com ênfase em desertificação, resíduos sólidos, emissão de CO₂, energia renovável e acesso à água potável.

Apesar da ampla divulgação na época, o Ceará 2050 não avançou conforme o esperado e, atualmente, as diretrizes são regidas pela Lei nº 18.709/2024, que estabelece o Plano Estratégico Estadual de Longo Prazo (PPE).

Conforme o Governo do Ceará, algumas medidas previstas para os próximos anos:
  • Ceará no Clima: parte do PPA 2024-2027, foca em ações para combater as mudanças climáticas, alinhando o Estado com metas de emissões nacionais e internacionais.
  • Plano de Biodiversidade e Adaptação: em elaboração pela Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema) e o Programa Cientista Chefe, visa identificar e implementar ações de conservação e uso sustentável da biodiversidade.
  • Programa Cisternas: retomado com apoio federal, já contratou a instalação de 20 mil tecnologias sociais para garantir água para consumo e produção agrícola.


Ações em fase inicial


 

Mudanças climáticas têm sido um desafio para a meteorologia

O avanço da crise climática impõe novos desafios às formas de fazer previsão do tempo. O professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Alexandre Araújo Costa, doutor em Ciências Atmosféricas pela Colorado State University e pós-doutor pela Universidade de Yale, ressalta que, diante dessas mudanças, é fundamental aprimorar continuamente os modelos de previsão climática.

“As relações climáticas que conhecíamos no passado já não funcionam da mesma forma. Há 20 anos, a ciência já dizia que as mudanças climáticas estavam chegando. Hoje, elas não estão mais "batendo na porta, estão sentadas no sofá da sala".

Avanço da crise climática tambpem impõe novos desafios para meteorologia(Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Avanço da crise climática tambpem impõe novos desafios para meteorologia

Ele destaca o El Niño, geralmente associado a uma diminuição nas chuvas, inclusive no Ceará. “Atualmente, ele é mais intenso do que nas décadas de 1980 e 1990. As secas no Brasil, como já vemos claramente na Amazônia, estão se tornando mais comuns devido à interação da água quente dos oceanos com a atmosfera, tornando esses eventos mais frequentes e intensos”, comenta.

O presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Sávio, menciona que adaptações já estão sendo postas em prática. “Temos trabalhado para adaptar nossas modelagens. Monitoramos a temperatura, mas a sensação térmica é algo que estamos começando a explorar mais. Um dado interessante, especialmente em períodos de calor extremo”, pontua.

Eduardo Sávio, presidente da Funceme(Foto: DIEGO CAMELO)
Foto: DIEGO CAMELO Eduardo Sávio, presidente da Funceme

Já o meteorologista Francisco Vasconcelos Júnior, também da Funceme, destaca que atualmente as análises climáticas se tornaram mais focadas nos impactos para a vida das pessoas.

A meteorologia, de fato, está mudando, e para melhor. Hoje, trabalhamos com a meteorologia associada a projetos, com foco tanto nos bens de produção e na economia do Estado, quanto na preparação para desastres. O objetivo é nenhuma vida seja perdida devido aos eventos extremos”, destaca.

 

O que você achou desse conteúdo?