Jornalista formada na Universidade Federal do Ceará (UFC). Repórter com foco em saúde e coordenadora de Cidades do O POVO. Eleita no TOP 3 +Admirados da Imprensa de Saúde, Ciência e Bem-Estar do Nordeste. Nesta coluna, trata de assuntos ligados ao mundo da corrida de rua, provas, novos produtos, tecnologia e cuidados com a saúde
Pesquisadoras da UFC chamam corredoras e crossfiteiras para pesquisa sobre assoalho pélvico
Para participar, é preciso apenas preencher um formulário sobre perfil, histórico de prática esportiva e possíveis sintomas urinários, intestinais, vaginais e pélvicos
Foto: Freepik
Fisioterapia do assoalho pélvico. Imagem de apoio ilustrativo
Atletas, vamos ajudar a ciência? Pesquisadoras da Universidade Federal do Ceará (UFC) estão realizando pesquisa com praticantes de corrida e/ou crossfit em Fortaleza. O objetivo da pesquisa, que integra o Projeto de Fisioterapia na Saúde da Mulher (@profism.ufc), do Departamento de Fisioterapia da UFC, é investigar a ocorrência de disfunções do assoalho pélvico em mulheres que praticam corrida de rua ou crossfit/crosstraining de forma amadora.
Para participar, é preciso residir em Fortaleza, ser maior de 18 anos e ser praticante regular de corrida de rua (pelo menos 10 quilômetros semanais) ou crossfit/crosstraining há pelo menos seis meses. A previsão é atingir em torno de 400 respostas de atletas de cada modalidade esportiva.
"Nossa pesquisa é um projeto guarda-chuva, onde queremos primariamente analisar a prevalência de disfunções do assoalho pélvico em praticantes de corrida de rua e crossfiteiras de Fortaleza. Secundariamente, iremos analisar os fatores associados, como paridade, escolaridade, IMC (Índice de Massa Corporal)… Queremos entender qual a prevalência das disfunções e tentar correlacionar com alguns desses fatores", explica Ilana Fonteles, do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia e Funcionalidade (PPGFisio) da UFC.
A participação de atletas amadoras "contribuirá para o avanço do conhecimento científico na área de saúde da mulher, disfunções do assoalho pélvico e esporte, assim contribuindo para melhorias no atendimento de fisioterapia na saúde da mulher", frisa a apresentação do questionário.
As perguntas abordam perfil, histórico de prática esportiva e possíveis sintomas urinários, intestinais, vaginais e pélvicos. O tempo estimado para preenchimento do questionário é de aproximadamente 10 minutos. As informações coletadas serão utilizadas apenas para fins acadêmicos e mantidas em sigilo.
Podem ainda participar mulheres que praticam ambas as modalidades. Essas atletas entram na categoria mista. Ao final do questionário, a participante é questionada se teria interesse em fazer uma avaliação física do assoalho pélvico presencialmente, na UFC.
"Entraremos em contato com aquelas se disponibilizaram para agendarmos essa avaliação, onde vamos medir a força, a resistência e outros parâmetros da musculatura do assoalho pélvico, além de realizar um exame de eletromiografia dessa musculatura (com eletrodos autoadesivos iguais de eletrocardiograma). Para essa segunda fase, esperamos umas 100 participantes no geral, corredoras e crossfiteiras", detalha Ilana.
A pesquisadora frisa que pesquisa já foi aprovada em comitê de ética da universidade. "Estamos na fase de coleta dos dados e organização da avaliação física".
Larissa Antunes também faz parte do Profism e é responsável pela parte da pesquisa relacionada ao crossfit. Sara Abreu, do Programa de Pós-Graduação Profissional em Saúde da Mulher e da Criança da UFC, também integra a pesquisa. Projeto é orientado pelas professoras Mayle de Andrade e Simony Lira.
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