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Mirtilo no CE: experiência pioneira se prepara para segunda safra
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Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico

Mirtilo no CE: experiência pioneira se prepara para segunda safra

Tipo Opinião
Mil pés da planta são cultivados na Serra da Ibiapaba (Foto: Thais Mesquita)
Foto: Thais Mesquita Mil pés da planta são cultivados na Serra da Ibiapaba

A primeira plantação de mirtilo no Ceará se prepara para a segunda safra, prevista para novembro. O investimento do comerciante aposentado Wlysses Duarte rendeu 600 quilos da fruta na primeira colheita, que começou em dezembro de 2021 e terminou em maio de 2022. A experiência é encarada por ele como aprendizado, uma vez que não havia lidado com agricultura até desembolsar os R$ 80 mil para o cultivo de mil mudas da planta na Serra da Ibiapaba.

O reembolso do investimento chegou apenas a casa dos 30% do total, uma vez que ainda está calibrando a aplicação de fertilizantes - Duarte contou que as plantas se mostraram resistentes, mas foram acometidas de pragas comuns àquela região - e o período da colheita - feita, neste ano, na temporada de chuvas. Isso fez com que ele perdesse parte da safra.

"Nada como a prática para aprender como ser feito. Continuo pensando em expansão. Acredito que no começo de 2023, caso eu consiga ter a venda que eu estou imaginando, planto ou 600 ou até mil mudas a mais aqui", projeta.

Para isso, ele contratou a consultoria de um agrônomo de Minas Gerais com experiência em mirtilo naquele estado e no interior de São Paulo. As orientações acontecem online, mas já serviram para indicar novas dosagens de fertilizantes e melhor forma de podar as plantas. São Paulo é o principal estado brasileiro produtor de mirtilo, cujo potencial de exportação é uma das apostas do Ceará para virar a balança comercial agrícola.

Duarte também mudou a estratégia comercial. O nome Ouro Azul, idealizado no início, deu lugar ao Blueberry Ceará e as vendas foram diretas ao consumidor final. Sem mercado na Serra da Ibiapaba, ele contou com a ajuda da filha para criar perfis nas redes sociais e promover a venda de embalagens de 500 gramas. O principal mercado identificado foi Fortaleza, onde a irmã e a cunhada fizeram as vezes de atravessadoras.

"Está dando certo, vai demorar um pouco mais a dar retorno, mas faz parte. Eu acredito que já nessa segunda safra pode vir a se pagar, mas vai depender de qual produtividade eu vou conseguir. Afinal, a planta está aqui, e ela deve viver pelo menos 20 anos", diz com certeza de quem deve continuar na empreitada pioneira.

 

Mapeamento

Eusébio, Beberibe, Itaitinga e Morada Nova adotaram o uso de drones para o processo de aerolevantamento para mapeamentos urbanos e atualização para o IPTU. A startup Prefeitura Eficiente é a prestadora do serviço, que chega a ser 10% do valor do modelo tradicional, feito com aviões. Sem revelar valores, Helton Uchoa, cofundador da empresa, alerta para que os administradores públicos atentem para o registro das empresas no Ministério da Defesa e não reforcem o trabalho pirata.

Private equity

O mercado sinaliza que as empresas brasileiras devem avançar para a modalidade de investimento "private equity", na qual investidores aportam capital diretamente em empresas com potencial. No Ceará, a CSI Tech, do ramo de soluções em outsourcing de TI, teve aporte de R$ 12,5 milhões, cujo foco é a compra de novos ativos para suprir a demanda. Com o recurso, o CEO, Patrick Lima, projeta que a CSI Tech encerre 2023 com faturamento superior a R$ 20 milhões.

Pacto Global

O Grupo Hapvida aderiu ao Pacto Global da ONU no Brasil. Com isso, a companhia passa a reportar anualmente o progresso no cumprimento dos dez princípios do acordo, que incluem promoção e proteção aos direitos humanos e trabalhistas, preservação do meio ambiente, ampliação de práticas de sustentabilidade e combate à corrupção.

Além disso, os integrantes do Pacto assumem a responsabilidade de contribuir para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONY até 2030. Nessa lista, está o de garantir o acesso a saúde de qualidade, água potável e saneamento a todos, e promover o bem-estar na sociedade.

João Alceu, vice-presidente de ASG do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica, diz incentivar os parceiros a se juntarem ao Grupo no Pacto.

 

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