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Ceará pode atender 100 mi de casas com H2V
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Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico

Ceará pode atender 100 mi de casas com H2V

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EPE calculou que o potencial do Estado é de gerar 200 gigawatts de energia elétrica a partir do hidrogênio verde (Foto: Samuel Setubal/Especial para O Povo)
Foto: Samuel Setubal/Especial para O Povo EPE calculou que o potencial do Estado é de gerar 200 gigawatts de energia elétrica a partir do hidrogênio verde

A capacidade de produção de hidrogênio verde (H2V) calculada para o Ceará chega a surpreendentes 200 gigawatts de energia elétrica, segundo estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O potencial, calculou a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), é capaz de atender a demanda de 100 milhões de residências.

No total, para chegar à potência calculada pela EPE, é preciso gerar 33.400 toneladas de H2V diariamente, o que é suficiente para atender a demanda do mercado interno já projetada e ainda exportar. Os primeiros projetos dos 32 memorandos já assinados entre o governo cearense e empresas interessadas em investir no Complexo do Pecém, inclusive, miravam a comercialização do combustível com outros países, principalmente, os europeus.

Mas, para Constantino Frate, coordenador do Núcleo de Energia da Fiec, o Ceará pode chegar a um potencial ainda maior com o desenvolvimento do hub de hidrogênio verde do Pecém. "Primeiramente pelas condições climáticas e geográficas do Estado, o que favorece ainda a logística de distribuição do H2V. Outro ponto é a visão, interesse e sintonia das lideranças cearenses em descarbonizar a economia e reduzir o efeito estufa no Planeta", destaca.

O debate para impulsionar ainda mais esse setor no Estado deve ter um fórum importante nos próximos dias 25 e 26 de outubro, quando os industriais promovem o Fiec Summit 2023. O evento pretende reunir grandes empresas, marcas nacionais e internacionais, além de autoridades, entidades e especialistas do mundo todo ligadas ao setor de H2V.

A agenda acontece, providencialmente, ao mesmo tempo que o projeto de lei do marco regulatório para o setor é debatido no Congresso.

Retorno

O retorno no investimento na geração da própria energia chegou aos níveis mais baixos e pode ser menor que 2 anos, a depender das características do projeto, calcula Lucas Melo, diretor da Sunplena Energia. A empresa tem foco na Região Metropolitana de Fortaleza e enxerga o momento como promissor.

Coleta

A TIM vai ampliar os 170 pontos de coleta de resíduos eletrônicos em uma parceria com a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos. A ideia é levar para revendas e outros parceiros. Os locais atuais podem ser consultados no tim.com.br/sobre-a-tim/sustentabilidade.

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milhões de reais é o investimento da CWM Indústria Alimentícia na ampliação da unidade do Crato. O acordo fechado com a Adece prevê ainda a geração de 180 vagas de emprego. A empresa produz 30 mil refeições diárias e vai expandir para 50 mil por dia.

BATE-PRONTO com Rodrigo Mello, CEO da Kroma

Como avalia o investimento em energias renováveis no Ceará?

A Kroma é parceira do Estado desde 2008. Fomos a primeira comercializadora do Nordeste, depois iniciamos projetos de geração renovável e hoje temos uma plataforma de gestão. O Ceará é série A em energias renováveis no Brasil. Todo esse movimento de eólicas, solar e o próprio hidrogênio verde, como o governo trata com toda a dedicação. Isso acaba dando um sucesso incrível.

Quantos empreendimentos e quanto em investimento tem no Estado hoje?

Entregamos em 2018 um parque de 162 MWp em Quixeré. Vamos partir para um projeto solar enorme em Jaguaruana ano que vem, de 250 MWp, investimento aproximado de R$ 800 milhões e 700 a 900 pessoas nessa obra. Esperamos entregar em janeiro de 2026.

Fala-se muito da participação da eólica no hidrogênio verde. Como projeta a participação da solar?

Energia solar bateu o preço da energia eólica. Temos 6GW de projetos e é uma fonte de fácil implantação, deixa um legado extremamente interessante nas localidades. Na fase de construção porque tem empregabilidade muito maior do que a eólica. No pós, temos um nível de profissional qualificado centrado na cidade. É fantástico e acreditamos na participação maior da fonte solar pela escalabilidade porque todo ano caminha mais rápido em preço do que a eólica. Ou seja, existe sim espaço para a fonte solar na produção de hidrogênio verde.

 

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