Logo O POVO+
Ceará é um dos 2 estados de maior investimento da China no Nordeste
Foto de Armando de Oliveira Lima
clique para exibir bio do colunista

Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico

Ceará é um dos 2 estados de maior investimento da China no Nordeste

Conselho Empresarial Brasil-China calculou os aportes realizados no País com foco em reindustrialização e transição energética feitos em 17 anos
Complexo Solar Lagoinha, localizado em Russas e de propriedade da chinesa CGN (Foto: Carlos Gibaja/Governo do Ceará)
Foto: Carlos Gibaja/Governo do Ceará Complexo Solar Lagoinha, localizado em Russas e de propriedade da chinesa CGN

Considerado o estado brasileiro que mais sofreu o impacto do tarifaço de Donald Trump pelo montante que exporta para os Estados Unidos, o Ceará tem, no histórico de negócios, relações que o desprende da relação com os americanos em outras frentes. De 2007 a 2024, por exemplo, foi um dos dois estados do Nordeste que mais recebeu investimentos da China.

O cálculo foi feito pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) e se refere unicamente a projetos de reindustrialização e transição energética. Neste período, os chineses aportaram US$ 77,5 bilhões em terras brasileiras, dos quais 2,4% foi destinado ao Ceará. O percentual é apenas o 11º entre as 27 unidades da federação, mas o 2º da Região, atrás apenas da Bahia, alvo de 5,9%. São Paulo (35,6%), Minas Gerais (12%) e Goiás (6,1%) formaram o pódio no período.

A publicação feita pelo CEBC cita ainda o Complexo Solar de Lagoinha, de propriedade da estatal chinesa CGN. Localizado em Russas, a 167,91 quilômetros de Fortaleza, o empreendimento é um dos destaques e foi alvo de R$ 650 milhões em investimentos. Inaugurado em junho deste ano, o complexo conta com capacidade instalada de 165 megawatts em uma área de 304 hectares e é capaz de gerar energia elétrica para abastecer cerca de 200 mil residências.

No ano passado, a aplicação dos chineses em terras brasileiras somaram US$ 4,18 bilhões - um salto de 113% em relação a 2023 - e chegam a 39 projetos. No mundo, apenas Reino Unido (US$ 4,64 bilhões) e Hungria (US$ 4,59 bilhões) receberam mais que o Brasil dos investidores chineses, em 2024, segundo o levantamento feito pelo CEBC.

O foco dos aportes da China no Brasil é em energia e em extração de petróleo. Os dois correspondem, respectivamente, a 34% e 25% do total de investimentos no último ano. Mas é composto também por fabricação de automotores (14%), mineração (13%), transporte terrestre (12%) e fabricação de aparelhos elétricos (2%).

Cearenses pagam o condomínio mais caro do Brasil

O Ceará lidera o ranking dos valores pagos pelo condomínio de prédios residenciais no País, segundo o Índice de Inadimplência Condominial elaborado pela Superlogica. A mensalidade média chega a R$ 1.121,26 e está no topo do ranking formado por Pernambuco (R$ 1.005,39) e Rio de Janeiro (R$ 868,70).

Raphael Fontoura, CEO da My Blue, empresa especializada em soluções financeiras para condomínios, classifica o condomínio como "um investimento coletivo que garante segurança e qualidade de vida para todos".

iHome

A Construtora Colmeia experimentou o novo momento do mercado imobiliário do Ceará, que vem promovendo recordes de lançamentos e vendas nos últimos dois anos.

Em um único dia, o iHome Meireles - novo empreendimento da empresa em Fortaleza - teve 96% das unidades vendidas em uma única tarde. O residencial tem valor geral de vendas de R$ 61,1 milhões e é projetado no modelo de studios inteligentes

Com 23 pavimentos, o iHome conta com três opções de plantas entre 21 m² e 81 m², preços a partir de R$ 326.528,19 e público alvo formado por investidores e novos perfis urbanos de moradores. Dia 17, a construtora celebra o marco de vendas em evento com investidores.

12

milhões de reais devem ser movimentados em negócios na 8ª Expo Ceará Química, que começa amanhã, 11, no Gran Mareiro Eventos. O montante representa o crescimento de 50% sobre os R$ 8 milhões observados na última edição e a projeção é de recordes em visitantes (1,5 mil) e estandes (55).

60

usinas fotovoltaicas da Suplena estão ativas e geram receita mensal de R$ 200 mil. O modelo de cotas, inclusive, deve ser levado pela empresa a condomínios do Ceará nos próximos seis meses, com a expansão já em vista para começar por São Paulo, segundo revela o CEO da empresa, Lucas Melo. 

Foto do Armando de Oliveira Lima

Informe-se sobre a economia do Ceará aqui. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?