Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO
No mercado corporativo do passado o equilíbrio entre remuneração e cargo era o que ditava o sucesso, porém essa equação mudou e gostar do que faz, saúde mental e física e propósito estão contando mais do que a renda. De olho nisso, empresas pelo mundo e, algumas, no Brasil, já criaram diretorias e cargos relacionados à felicidade. Esta questão faz parte do S, social, da sigla ESG. Por aqui, o CEO da E2 Estratégias Empresariais, Francílio Dourado, promove palestras nas empresas sobre planejamento estratégico e defende que felicidade dá lucro sim! "E todas elas têm reforçado em mim a certeza de que a inovação não pode prescindir da alegria, que a felicidade liberta a imaginação e dá vazão à criatividade", comemora.
Para Fabiana Guttierrez, CEO da Carlotas, o próprio ambiente organizacional das empresas está começando a entender a importância de respeitar a individualidade de cada um e valorizá-la como um grande diferencial. "Todos nós buscamos pertencimento, necessidade básica da nossa existência. Ter um clima feliz ou trabalhar a felicidade nas organizações passa por criar um ambiente em que todos se sintam parte integrante, valorizados e seguros", afirma. Carlotas é uma empresa com propósito social, mebro do Sistema B e signatária do Pacto Global da ONU, que olha e cuida das relações, baseada em três valores, respeito, empatia e diversidade.
Uma pesquisa da Harvard Business Review apontou que colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores. Um estudo da Gallup mostra que empresas com funcionários felizes têm 50% menos de acidentes laborais.
A Pós-graduação da Unifor realiza a palestra gratuita "Felicidade nas Organizações" dia 27 de abril, às 19h, em modelo presencial, bloco B, e virtual. Na pauta perspectivas atuais da Psicologia no mundo globalizado. A organizadora, Meirijane Anastácio, conta que o índice de felicidade já é medido em várias empresas espanholas, onde concluiu doutorado em Psicológia das Organizações.
Em Fortaleza, a Facine, do Grupo Mrh, oferta a Disciplina da Felicidade, mesma ministrada em Harvard. A metodologia, aplica por Daniele Cabral, inclui: - Conceitos da ciência do bem-estar; - Estudo das virtudes e forças de caráter; - Emoções Positivas; - Flow: engajamento na vida; - Relacionamento Positivo e impactos no bem-estar - Significado e propósito promovendo uma vida com sentido; - Realizações na vida.
A BSPAR trabalha a temática de forma pontual, por enquanto. "Estamos engatinhando, mas já temos algumas práticas de RH com esse propósito. A chave da felicidade é sonhar e aqui transformamos sonhos em realidade", disse Roberta Granjeiro, gerente de RH. Recentemente, trabalhou a felicidade durante três meses que culminou num workshop.
A Solar realiza atividades que levam a compreender a felicidade dos colaboradores por meio do grau de satisfação e engajamento, em relação ao bem-estar e clima organizacional com a realização de pesquisas periódicas informa, Emiliana Albanaz, diretora de recursos humanos da Solar.
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Felicidade dá lucro
Francílio Dourado Filho CEO da E2 Estratégias Empresariais
A criatividade acontece quando a inteligência se diverte, dizia Albert Einstein quase um século atrás. Durante muito tempo eu trabalhei com educação e a prática cotidiana da troca de conhecimentos me ensinou que o aprendizado acontece mais facilmente quando a experiência se dá em um contexto de felicidade.
Há pouco mais de duas décadas eu resolvi que era hora de mudar de ares. Coloquei na bagagem os saberes acumulados nas salas de aula e me fiz consultor de empresas. E como entendo as empresas como conjuntos de pessoas reunidas em torno de um propósito comum, me deleguei à missão de torná-las mais produtivas e rentáveis, a partir da promoção da inovação e valorização da criatividade daqueles que nelas trabalham.
Acostumado a fazer diferente e, acreditando que planejar é deixar a imaginação fluir ao sabor da estratégia, desenvolvi um modelo próprio de planejamento estratégico, em que as pessoas envolvidas têm o direito de pensar soluções, imaginar cenários e, com total liberdade, traçar estratégias inovadoras, capazes de levar as organizações a alcançar resultados superlativos.
Desde então, tenho experimentado esse modelo em organizações as mais diversas, das menores às maiores, do primeiro, segundo e terceiro setor. E todas elas têm reforçado em mim a certeza de que a inovação não pode prescindir da alegria, que a felicidade liberta a imaginação e dá vazão à criatividade.
Portanto, aqueles que querem ver suas organizações mais produtivas e rentáveis, devem aceitar que o exercício do planejamento precisa ser um ato de felicidade, pois esta sim, dá lucro.
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