Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO
A PwC realizou uma pesquisa, a Tax ESG, que avalia como empresas brasileiras veem a questão ESG (ambiental, social e governança, da sigla em inglês) em suas práticas tributárias.
O estudo, realizado com 120 executivos de empresas brasileiras, identificou que 45% das empresas têm um compromisso de descarbonização, parcial ou Net Zero; 81% consideram os incentivos fiscais relevantes ou muito relevantes para implementar práticas ESG; e 75% não publicam informações tributárias em relatórios de sustentabilidade.
Isso mostra que, apesar das empresas estarem investindo na sustentabilidade como um pilar fundamental de suas estratégias, a questão dos tributos, em grande parte, está ausente dos debates. Isso mostra a oportunidade de as empresas reformularem esta questão e alcançarem um público cada vez mais amplo, como consumidores e empregados.
Os tributos costumam ser a maior contribuição de uma empresa para a sociedade, pois eles servem para financiar os custos de serviços e obras públicas. São um elemento crítico, ligado ao social, governança e, também, ao ambiental.
Concreto sustentável
A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) se uniu com outras empresas de São Gonçalo do Amarante, onde está instalada, e com a Universidade Federal do Ceará (UFC), a Universidade Federal de Viçosa e a Biosfera para criar um piso de concreto sustentável, a partir de resíduos gerados na CSP.
A ideia foi produzir um concreto sustentável, substituindo 80% dos elementos naturais por um resíduo resultante da produção de aço, o agregado siderúrgico, também conhecido como escória do BSSF.
No processo de produção do aço são gerados vários resíduos: escória de Aciaria e de Alto-forno, lama, pós, resíduos refratários e resíduos metálicos.
A CSP consegue reaproveitar quase 100% dos resíduos e, ainda, comercializa coprodutos para cimenteiras, para indústrias de cerâmicas, químicas, como tintas, pavimentação de pátios e vias. Esse reaproveitamento reduz custos e aumenta a sustentabilidade do negócio.
Agenda social
O Centro Universitário Fametro (Unifametro) recebeu o Selo Instituição Socialmente Responsável concedido pela da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) por sua participação na 18ª Campanha da Responsabilidade Social do Ensino Superior Particular.
A entidade promove programas, projetos, cursos e eventos de extensão direcionados para a comunidade, além de possuir um canal aberto permanente para a proposição de projetos sociais por parte de seus alunos, professores e funcionários, selecionando os melhores projetos e oferecendo apoio e suporte à implementação.
Certificado internacional
A cearense NaturAyo recebeu a certificação A, pela primeira vez, pela qualidade e sustentabilidade desenvolvida no setor da floricultura. O selo foi conferido pela MPS, que é padrão global líder em sustentabilidade no setor da horticultura.
A empresa foi reconhecida na categoria ‘MPS-ABC’, que é uma ferramenta de monitoramento que permite às empresas tomarem decisões certas para reduzir seu impacto ambiental. Entre os critérios analisados estão defensivos agrícolas, fertilizantes, energia, água e resíduos.
População mais consciente
A preocupação com o meio ambiente tem se refletido nos hábitos de consumo e no comportamento dos brasileiros. De acordo com a pesquisa Retratos da Sociedade: Hábitos sustentáveis e consumo consciente, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 74% dos ouvidos adotam hábitos sustentáveis, sendo que 30% dizem que sempre adotam esse hábito e 44% afirmam que às vezes o fazem.
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