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Vitrine de impacto no Ceará
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Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da editoria de Economia e foi editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO. Atualmente cursa dois MBA em ESG - Trevisan e Faculdade CDL

Vitrine de impacto no Ceará

Mapeamento de Negócios de Impacto do Ceará 2025 é uma correalização com o Grupo de Comunicação O POVO e a Rizoma Social, com parcerias da Café Novo Comunicação, Elos Comunicação, Empoderar-Te, Social Brasilis, Somos Um e Universidade Federal do Ceará (UFC)
Tipo Notícia
NO Ceará, atualmente, existem 56 Negócios de Impacto Socioambiental (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS NO Ceará, atualmente, existem 56 Negócios de Impacto Socioambiental

No Ceará, atualmente, existem 56 Negócios de Impacto Socioambiental (NIS) e oito com potencial NIS. Entre o perfil dos empreendedores estão 58% mulher cis, 36% homem cis, 1% mulher trans, 4% pessoa jurídica. Em relação a cidades, a Capital do Estado organiza o maior número, com 41 negócios.

Eusébio e Ibiapina seguem na segunda e terceira posição com três negócios cada. E o que mostra o Mapeamento de Negócios de Impacto do Ceará 2025 elaborado pela Coalizão Pelo Impacto Fortaleza
e outras unidades parceiras.

O estudo, realizado entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, analisou empreendimentos que geram impacto positivo na sociedade e no meio ambiente em áreas como educação, sustentabilidade, geração de renda e inclusão social.

Também foram analisados negócios com potencial para se tornarem de impacto e os que ainda não se enquadram nessa categoria.

De acordo com Carla Esmeraldo, coordenadora da Coalizão pelo Impacto Fortaleza, o estudo busca compreender o perfil e as necessidades desses negócios, consolidar dados que possam influenciar políticas públicas e desenvolver estratégias de fomento para fortalecer a economia de
impacto no Ceará.

Dinamizadoras

Além disso, o relatório traz o mapa das dinamizadoras e potenciais dinamizadoras. Neste primeiro mapeamento, foram identificadas 20 dinamizadoras e 11 organizações que têm potencial. Elas têm um papel fundamental na consolidação do ecossistema e desempenham um papel essencial ao oferecer suporte, capacitação, financiamento e estrutura para negócios que buscam gerar impacto positivo na sociedade e no meio ambiente.

Entre as identificadas, 23% são incubadoras ou aceleradoras; 18% hub de inovação; 18% empresa de consultoria especializada; 13% rede/comunidade; entre outros.

Exemplo de positividade

Um exemplo de negócio de impacto cearense é a Empoderar-Te, que nasceu para transformar vidas. Fundada em 2021, por Mônica Fernandes, a organização tem como missão fomentar o protagonismo de mulheres das classes populares, impulsionando seus negócios e gerando impacto socioambiental.

Atua diretamente no fortalecimento de mulheres empreendedoras, com foco em ampliar sua autonomia econômica, combater desigualdades de gênero e raça, e construir uma economia mais justa e
inclusiva.

Desde a fundação já foram criados 15 projetos sociais e realizadas 100 palestras, 45 mentorias individuais, 62 mentorias coletivas e oito cursos. Tudo isso impactando diretamente 6018 mulheres e suas famílias.

Além disso, contribuiu para o desenvolvimento de 22 Negócios de Impacto Socioambiental.

Do total, 43% dobraram ou triplicaram de faturamento em até 120 dias após iniciar os projetos; 48% referiram redução da violência doméstica; 33% se sentem mais confiante e segura para enfrentar os desafios da vida.

A inspiração foi a própria experiência de vida da fundadora, enquanto mulher negra, moradora de periferia, empreendedora e com sede de conhecimento.

Embaixadores

Ainda na pauta, a Coalizão Pelo Impacto Fortaleza e a Elos Comunicação formaram 20 embaixadores de impacto que tem a missão de multiplicar as informações do ecossistema de impacto no Ceará.

O time está adapto para participar de eventos, painéis, workshop e reuniões sobre a temática no
Estado.

Entre os profissionais estão líderes e gestores do Banco do Nordeste, Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Universidade Federal do Ceará (UFC), CDL Jovem Fortaleza, negócios de impacto e dinamizadoras,
profissionais da Prefeitura de Fortaleza e do Governo do Ceará, entre outros.

Praia do Preá

A Somos Um participou do Festival de Sustentabilidade e Turismo na Terra do Vento 2025, em Cruz, no litoral cearense, em uma agenda colaborativa que reuniu comunidade local, especialistas, gestores públicos e empreendedores comprometidos com um futuro mais consciente.

Durante quatro dias, a cidade se transformou em um espaço de trocas, aprendizados e conexões voltadas ao fortalecimento do desenvolvimento territorial sustentável.

O diálogo abordou caminhos para um turismo conectado às identidades locais, à justiça socioambiental e ao fortalecimento das economias da comunidade.

A diretora da Somos Um, Andréia Cardoso, participou do painel"Empreendedorismo e Turismo de Base Comunitária – Negócios com Propósito e Raízes no Território", ao lado de Ricardo Wagner, secretário de Turismo de Cruz, Carliane Vasconcelos, referência em turismo comunitário, Caio Iglesias de Barros, da Embratur, João Baptista dos Santos da Rede Tucum – Rede Cearense de Turismo Comunitário e Said Aiach Neto da Oxy.

Clima bom

A Mota Machado conquistou, pela quarta vez consecutiva, a certificação Great Place to Work (GPTW), uma das mais respeitadas premiações de clima organizacional e cultura corporativa do país. O reconhecimento atesta a excelência da empresa em práticas de gestão de pessoas, bem-estar no ambiente de trabalho e valorização de seus colaboradores.

A certificação é concedida com base na percepção direta dos funcionários, por meio de uma pesquisa que avalia critérios como confiança, respeito, credibilidade e orgulho dentro da organização.

Já o Senac Nacional se destacou como uma das Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil com foco em Diversidade, de acordo com oranking GPTW Diversidade 2024/2025, divulgado pela consultoria internacional Great Place to Work.

A instituição alcançou a 7ª posição na categoria 50+ e a 12ª na categoria Étnico-Racial, consolidando seu compromisso com a inclusão e a valorização das pessoas.

Certificação

A Cagece tornou-se a primeira companhia de saneamento do Brasil a conquistar a certificação Lixo Zero em uma de suas obras. O reconhecimento foi concedido pelo Instituto Lixo Zero Brasil a partir da avaliação das práticas sustentáveis de gerenciamento de resíduos sólidos, adotadas na obra de renovação do Interceptor Leste, em Fortaleza.

Durante auditoria realizada em campo por um profissional capacitado pelo Instituto Lixo Zero, a Cagece apresentou um resultado expressivo, atingindo 96% de desvio de aterro, que se refere a uma prática de redirecionamento sustentável de resíduos da construção civil, superando com folga os 90% exigidos para a certificação. 

André Mantovani, diretor geral da certificação Lixo Zero, reforça que o setor público é um exemplo na liderança de práticas de lixo zero no país e reconhece que os processos de gestão são mais complexos e burocráticos para as empresas públicas. 

“A certificação Lixo Zero da Cagece demonstra a importância e o empenho da empresa com seu compromisso com a sustentabilidade. Para o instituto, certificar uma obra de infraestrutura como essa é muito importante e abre novas perspectivas”, declara.

Foto do Carol Kossling

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