Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da editoria de Economia e foi editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO. Atualmente cursa dois MBA em ESG - Trevisan e Faculdade CDL
O sistema de logística reversa, regulamentado este ano, impõe que fabricantes, importadoras, distribuidoras e comerciantes se responsabilizem com metas de recuperação, uso mínimo de material reciclado e apoio às cooperativas de catadores
Foto: OLIVIER MORIN / AFP
IMAGEM de 8/12/2022, em Vaasa, mostra garrafa de plástico flutua sob uma camada de gelo
O Decreto 12.688/2025, que regulamenta o sistema de logística reversa para embalagens plásticas, na esteira da Lei 12.305/2010, impõe às fabricantes, importadoras, distribuidoras e comerciantes obrigações claras como metas de recuperação, uso mínimo de material reciclado e apoio às cooperativas de catadores. Isso é um avanço substancial no mar de plástico que vivemos e vemos sendo despejados em nossos oceanos.
Ao reduzir o uso de plástico novo e assegurar que o material pós-consumo retorne à cadeia produtiva, o decreto fortalece os pilares da economia circular e da responsabilidade empresarial. Além disso, privilegia as cooperativas de reciclagem, contribuindo para inclusão social e valorização do trabalho dos catadores.
Porém, para que a norma cumpra seu propósito, será vital que haja fiscalização rigorosa e investimentos em infraestrutura logística. Vale lembrar que em muitos municípios ainda faltam pontos de coleta, triagem e reciclagem que deem escala à iniciativa.
Também cabe à sociedade civil e às empresas adotarem uma mentalidade de reaproveitamento, com pequenas ações no cotidiano, como escolher embalagens retornáveis ou exigir que marcas usem materiais reciclados fazem diferença concreta.
A ideia central é transformar plástico descartado em recurso, alinhando lucro, cidadania e meio ambiente. Se bem implementado, pode marcar o início de uma era de consumo menos predatório e mais regenerativo para o Brasil.
Até o fim deste ano, a Mapfre vai neutralizar mais de 80% de sua pegada de carbono em 13 países, incluindo o Brasil. A meta integra o plano global de sustentabilidade da seguradora, que prevê neutralidade total em 2030 e emissão líquida zero até 2050.
Em 2024, a companhia reduziu em 25% suas emissões totais, em comparação com 2022, superando em 15 pontos percentuais o objetivo previsto. O avanço foi impulsionado pela redução do uso de combustíveis fósseis, migração para energia renovável e substituição da frota por veículos híbridos e elétricos.
Amanda Dias, artesã, designer de biojoias, artista visual e empreendedora criativa paulistana, fundadora da Mandinga Biojoias, venceu o prêmio de Empreendedorismo Feminino BioCidades. Com o propósito de criar adornos que guardam histórias, honram memórias e projetam futuros possíveis a partir da natureza urbana.
Criada há oito anos, destaca-se pelo olhar para sustentabilidade, ancestralidade e economia circular. Seu trabalho combina pesquisa estética, narrativas afro-brasileiras e consciência ecológica, conferindo a cada peça o status de arte vestível, memória e afeto.
No dia 4 de novembro, o Instituto Pacto Contra a Fome realiza a terceira edição do Prêmio Pacto Contra a Fome, um dos principais reconhecimentos do país às iniciativas de combate à fome e ao desperdício de alimentos. Lideranças, gestores e especialistas estarão reunidos para premiar seis iniciativas vencedoras selecionadas entre os 10 projetos finalistas de 2025.
Cada instituição vencedora será contemplada com R$ 100 mil para impulsionar suas ações.
Na ocasião, será lançado o Guia "Ceasa Desperdício Zero", material técnico fundamental desenvolvido pelo Pacto Contra a Fome em cooperação técnica com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a Abracen.
O Guia propõe um novo padrão para os centros de abastecimento com o objetivo de reverter parte das 340 mil toneladas de alimentos desperdiçadas anualmente e, assim, ampliar a redistribuição desses alimentos para 102 mil toneladas, garantindo quase 700 mil refeições complementadas todos os dias.
ESG no futebol
Anualmente, o futebol produz entre 64 e 66 milhões de toneladas de CO2, segundo o Scientists for Global Responsibility (SGR). De acordo com o mais recente relatório, a Copa do Mundo de 2026 deve gerar cerca de nove milhões de toneladas de dióxido de carbono.
Nesse sentido, recentemente, a Universidade Scuola Superiore Sant'Anna, de Pisa, criou o Projeto Garfield, em associação com o Aris FC, da Grécia; o Betis, da Espanha; o Hoffenheim, da Alemanha; e o Porto, de Portugal, para combater o greenwashing.
O projeto incentiva os clubes a seguirem norma criada pela Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD), em vigor desde janeiro de 2023, que reforça a necessidade de as entidades esportivas divulgarem informações sobre desempenho social, ambiental e de governança.
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