
Economista, conselheira efetiva do Corecon-CE, especialista em gestão pública e consultoria empresarial. Presidente do Idese (Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Empreendedorismo) e professora universitária
Economista, conselheira efetiva do Corecon-CE, especialista em gestão pública e consultoria empresarial. Presidente do Idese (Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Empreendedorismo) e professora universitária
Os papéis desempenhados pela mulher no Brasil são importantíssimos e possuem muitas facetas, ou seja, diferentes faces, ângulos e lados. Quando falamos das mulheres multifacetadas estamos nos referindo aquelas que possui muitas habilidades e consegue realizar muito bem diferentes tarefas.
Podemos dizer que o papel ofício de cuidado não é prestigiado, nem reconhecido como um trabalho de fato, demonstrando a invisibilidade do tema.
Segundo uma pesquisa realizada pela Oxfam, as mulheres são responsáveis por 75% do trabalho de cuidado não remunerado, o que demonstra a predominância do feminino em detrimento do masculino.
Alguns entraves são apresentados para o enfrentamento da problemática: a atribuição de funções específicas a gêneros distintos e a conceitualização limitada do que é trabalho.
Segundo o economista Karl Marx, o trabalho é uma dimensão que não se pode suprimir da vida humana, ou seja, uma dimensão ontológica, visto que tem a função fundamental de servir à sociedade.
No capitalismo, o conceito de trabalho é confundido com a ideia do emprego, que está associada a produção de valores de uso para produzir valores de troca.
Nessa dimensão, os trabalhos que não possuem reconhecimento financeiro, como os do cuidado, exercidos em sua maioria por mulheres, são invisibilizados e colocados como uma função do próprio gênero.
Podemos sugerir que cabe a sociedade civil, principal agente de mudanças sociais, por meio da organização política, a criação de redes de apoio que possam fragmentar as demandas atribuídas às mulheres.
Com isso, espera-se que o trabalho invisível seja não somente legitimado, mas também valorizado. E ao Ministério do Trabalho cabe a revisão da remuneração por serviços de cuidado, reconhecendo financeiramente essa ocupação tão importante.
Os desafios das mulheres enfrentados no mercado de trabalho são: entrada no ambiente de trabalho, desigualdade salarial, constrangimento e situações de assédio, cultura pouca inclusiva, dificuldade em chegar a cargos maiores, dupla jornada, maternidade e flexibilização de jornadas de trabalho..
Mesmo diante de toda essa situação podemos afirmar que as mulheres, a partir dos anos 2000, houve um crescimento econômico em todo o mundo. Com isso, juntamente a persistência de movimentos feministas puderam ter cada vez mais espaço e influência sobre o mercado de trabalho.
Esperamos que nós tenhamos força para nos inspirar e continuar essa transformação em prol das Mulheres..
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