Entre os evangélicos, Capitão Wagner tem 48% contra 19% de Sarto
Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
A semana tem sido marcada pela disputa do voto evangélico. É eleitorado numeroso e, mais que isso, fortemente influenciado pelos líderes. Muitos fiéis acompanham de forma rigorosa a orientação religiosa do pastor. Têm circulado panfletos batendo forte em Sarto Nogueira (PDT) entre o segmento. A campanha faz contraofensiva, com apoio de várias igrejas. A favor de Sarto nessa briga está o fato de ele ser evangélico. Porém, na pesquisa Datafolha, Capitão Wagner (Pros) vai levando enorme vantagem. Ele tem 48%, contra 19% de Sarto entre os evangélicos, e 8% de Luizianne. Só no segmento, Wagner seria eleito no primeiro turno. Tem 54% dos votos válidos nesse setor. Entre os católicos, Sarto tem 31%, Wagner 25% e Luizianne, 19%.
Wagner e Sarto se movem igual e isso é bom para o Capitão
Tanto Wagner quanto Sarto oscilam positivamente um ponto para cima. A diferença entre eles não muda. Segue em três pontos e eles estão tecnicamente empatados. Então, ora mais, porque digo que o resultado é bom para Wagner?
Simples: nas duas pesquisas anteriores, o Capitão vinha em oscilações negativas. Dois pontos a menos em uma, dois pontos a menos em outra. Havia uma tendência de queda. O bom para ele nem é o pontinho que ganha nesta pesquisa. O importante é ter parado de cair.
Sarto teve a mesma oscilação de um ponto. Como o que é bom para Wagner é ruim para ele? Porque Sarto vem em desaceleração. Da primeira para a segunda pesquisa, subiu sete pontos. Da segunda para a terceira, alta de quatro pontos. Agora, um ponto.
Até a simulação de segundo turno tem seus aspecto positivo para Wagner. Contra Sarto, ele segue perdendo. Mas, a desvantagem era de oito pontos e agora é de seis. Oscilação dentro da margem de erro. Mas, é uma redução.
Para a petista, aliás, o cenário é o pior. Ela havia caído cinco pontos entre a primeira e a segunda pesquisa. Na terceira, oscilou negativamente um ponto, num sinal de que teria estancado a perda. Agora, perdeu três pontos, no limite da margem de erro e um indicativo da tendência de queda.
De positivo para ela a primeira redução da rejeição, ainda de que dois pontos, na margem de erro. Isso se reflete na simulação de segundo turno contra Wagner. Ela perdia por sete pontos e agora perde por cinco. Também reflexo do aumento da rejeição de Wagner. Para Sarto, todavia, a diferença é de expressivos 25 pontos na simulação de segundo turno contra Wagner.
Os indicativos apontam hoje como difícil para ela impedir que o segundo turno seja entre o capitão e Sarto. E, nesse eventual segundo turno, a interrupção da trajetória favorável ao pedetista indica que ele poderá ter mais dificuldade do que se supunha.
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Errei
Disse na coluna de ontem que Roberto Cláudio (PDT) foi eleito pelo Pros em 2012. Errei. Ele fui para o partido em 2013, mas na eleição estava ainda no PSB. Não é fácil a cronologia das trocas de partido do grupo, mas não é desculpa para o equívoco.
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