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"Entre todos os nomes do PDT, o mais fácil de conversar é Izolda", diz Eunício
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

"Entre todos os nomes do PDT, o mais fácil de conversar é Izolda", diz Eunício

"Com Roberto Cláudio não converso. Se Cid for candidato, não converso. Mas com Izolda converso", respondeu Eunício, cujo apoio ainda não se definiu na briga pela sucessão do governador Camilo Santana
Tipo Notícia
Eunício Oliveira recebeu doação do empresário Carlos Jereissati (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados Eunício Oliveira recebeu doação do empresário Carlos Jereissati

Cotado para concorrer a uma cadeira de deputado federal, o ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), declarou à coluna que, entre todos os quadros do PDT que hoje se apresentam como possíveis candidatos ao Governo do Estado, “o nome mais fácil de conversar é Izolda”.

“Com Roberto Cláudio não converso. Se Cid for candidato, não converso. O Evandro (Leitão, presidente da Assembleia) é mais pedetista, mais cidista. Mas com Izolda converso”, respondeu Eunício, cujo apoio ainda não se definiu na briga pela sucessão do governador Camilo Santana (PT).

Nessa corrida, a vice-governadora Izolda Cela tem ganho terreno, sobretudo entre partidos aliados como PT e MDB, que, embora não faça parte da base governista diretamente, é uma força camilista no Ceará.

Na segunda-feira da semana passada (21/2), por exemplo, a pedetista recebeu na vice-governadoria a deputada federal e ex-prefeita Luizianne Lins (PT), principal defensora da tese de candidatura própria petista ao Governo.

Para Eunício, Izolda é favorita a se tornar candidata, agregando simpatia inclusive dentro da cúpula do PT local e nacional. Segundo ele, o ex-prefeito de Fortaleza é, do quarteto pedetista formado ainda por Mauro Filho, aquele com quem não haveria qualquer possibilidade de diálogo. “Não levaria o nome dele para o meu partido”, acrescentou.

Presidente do MDB no estado, o ex-senador ainda aguarda definições importantes antes de bater o martelo sobre de que lado estará no jogo eleitoral pelo comando do Abolição. Mas assegura: “O MDB não vai ficar em cima do muro. Vamos apoiar um dos candidatos a governador”.

Esse nome a quem o MDB deve emprestar apoio só será conhecido depois da janela partidária, período que vai de 3 de março a 3 de abril, durante o qual parlamentares cujo mandato vai se encerrar em 2022 podem migrar de legenda sem risco de sanção.

Dias atrás, Eunício anunciou a filiação ao MDB do deputado estadual Nelinho Freitas, hoje no PSDB. Ele também mantém conversas com outros candidatos para ingresso na chapa tanto para estadual quanto para federal. É o caso do deputado Heitor Freire, eleito pelo PSL, sigla que se fundiu ao DEM e resultou no União Brasil.

“Heitor Freire está negociando para vir pro MDB”, informou Eunício, acrescentando que faz tratativas ainda com a deputada estadual Silvana Oliveira (PL) e o seu marido, o deputado federal Jaziel Pereira (PL).

A intenção, conforme estimativas do emedebista, é eleger ao menos sete representantes na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) e três na Câmara dos Deputados: Nelinho, Moses Rodrigues, que postula recondução, e ele mesmo, Eunício.

Se o quadro permanecer como hoje, eu saio para deputado federal”, avisou o político, que só concorreria ao Governo do Ceará se contasse com apoio expresso do ex-presidente Lula numa chapa costurada com o PT. As declarações mais recentes do petista, todavia, vão noutra direção.

Questionado se o MDB ainda cogita aliança com Capitão Wagner, de mudança do Pros para o UB e principal nome da oposição ao governismo, Eunício respondeu: “Não descartei nenhuma possibilidade. O MDB vai conversar e ver o que é melhor para o partido. Eu não levo o MDB pra votar num candidato que traiu o MDB, como RC e Ciro. Mas não tem porta fechada para Wagner nem para Camilo”.

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