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Wagner evita comentário sobre candidatura do PL: "Não sei se é fato ou especulação"
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

Wagner evita comentário sobre candidatura do PL: "Não sei se é fato ou especulação"

"Não sei se essa articulação é fato ou especulação. Prefiro conversar primeiro para não falar algo e ser mal interpretado", declara à coluna o parlamentar, que está em Israel, de onde retorna na próxima sexta-feira, 4
Tipo Notícia
Capitão Wagner (Pros) justifica que alternância de poder é fundamental.  (Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados)
Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados Capitão Wagner (Pros) justifica que alternância de poder é fundamental.

Principal nome da oposição ao Governo do Estado, o deputado federal Capitão Wagner (Pros) evitou comentar sobre possível candidatura própria do PL ao Abolição.

“Não sei se essa articulação é fato ou especulação. Prefiro conversar primeiro para não falar algo e ser mal interpretado”, declara à coluna o parlamentar, que está em Israel, de onde retorna na próxima sexta-feira, 4.

De malas prontas para o União Brasil, Wagner tenta costurar uma aliança que agrupe o novo partido, resultado da fusão de DEM e PSL, o Pros e o PL de Acilon Gonçalves, prefeito do Eusébio e mantido no comando da legenda com articulação direta do deputado federal.

Uma candidatura própria do PL ao Governo, portanto, fragmentaria o bloco de oposição, dividindo votos na sucessão de Camilo Santana (PT) e criando uma dificuldade para Wagner, já que o palanque de Jair Bolsonaro (PL) no Ceará seria o do postulante do partido de Acilon, e não o do deputado do Pros.

O pré-candidato afirma que, nos últimos dias, não conversou com o prefeito, mas ressalva: “Não podemos duvidar da capacidade de articulação do Acilon. Ele sabe trabalhar nos bastidores”.

Ao O POVO, o vereador em exercício Pedro Matos (Pros) já havia afirmado na sexta-feira (25/2) que o PL fez convite a ele e ao pai, o ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB), para se filiarem à legenda.

Segundo o vereador, as tratativas para migração durante a janela partidária incluiriam potencial candidatura de Gomes de Matos ao Governo ou, num cenário alternativo, ao Senado.

“O convite inicial foi para o Governo do Estado, mas não descartaram a possibilidade do Senado”, relatou.
A informação sobre a ida da dupla para o PL foi confirmada à reportagem no mesmo dia pelo presidente da sigla liberal no Ceará, Acilon Gonçalves.

“Raimundo e Pedro deverão se filiar ao PL”, admitiu o gestor, mas sem antecipar se pai e filho concorrerão a mandato em 2022, tampouco a qual cargo – Pedro Matos será candidato a deputado federal, conforme relato do próprio vereador à reportagem.

Deputado federal, Júnior Mano (PL) revelou que o assunto (candidatura do PL ao Governo) está na mesa nos diretórios local e nacional, dentro do processo de construção da chapa majoritária, sinalizando que o cenário vem sendo discutido a sério por Valdemar da Costa Neto e Acilon.

Caso se confirme, a postulação do PL pode criar mais que mal-estar na oposição, como já existe agora entre deputados filiados ao partido. Aliado do bloco governista até ontem, Acilon não rompeu publicamente com o grupo do senador Cid Gomes (PDT).

Embora tenha sido mantido à frente da agremiação no estado e participado de agenda de Bolsonaro no Ceará, o prefeito tenta um equilibrismo difícil: controlar o partido pelo qual o presidente tenta a reeleição, mas sem melindrar o bloco governista.

Foto do Henrique Araújo

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