
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Os deputados estaduais do Partido Democrático Trabalhista (PDT) no Ceará manifestaram insatisfação com a ida da sigla para base dos governos petistas no Estado e no Município. No último domingo, o presidente nacional da agremiação, André Figueiredo (PDT), esteve em reunião com a executiva local para a consolidação na base após convite do governador Elmano de Freitas (PT).
Conforme o deputado estadual Lucinildo Frota (PDT), a decisão ocorreu após reunião entre os quatro parlamentares da oposição da Assembleia Legislativa do Ceará e André Figueiredo. Na ocasião, os parlamentares manifestaram o interesse em deixar a sigla, mas tiveram o pedido de anuência negado por prerrogativa nacional.
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“O presidente André Figueiredo disse que o (Carlos) Lupi não queria abrir precedente. Era muito mais fácil eles darem a carta de anuência para a gente se desligar. Mas vamos ter que aguardar e vai ficar complicado. Como é que o partido dá apoio ao governo estadual e os deputados do partido fazem oposição na assembleia? Mas eles querem ficar nesse constrangimento”, afirma o parlamentar.
O deputado deverá deixar a sigla brizolista no período de janela partidária para o pleito em 2026. “Cheguei há pouco tempo no partido e já tô com a minha decisão até formada para sair do partido. Já quando houver a janela partidária”, destaca.
Além do parlamentar, o deputado Cláudio Pinho, que esteve presente no encontro para deliberar o rumo do partido, afirmou estar no “aguardo” pelo posicionamento do ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) mediante a situação.
“Não quero tomar nenhuma medida antecipada, por mim, eu ficaria no partido. Porém, tenho algumas dificuldades em relação a essa posição do PDT que apresentou candidato a governador, foi derrotado, foi traído por membros do partido e agora resolve fazer base”, diz em alusão aos conflitos da candidatura de Roberto Cláudio em 2022.
Para o parlamentar, os dirigentes do PT buscam aproximação com seu partido visando um maior tempo de televisão na próxima campanha eleitoral, além da ida de figuras como RC e Ciro Gomes para a oposição. “Depois da movimentação e saída do Roberto Cláudio, eles passaram a enxergar o PDT com outros olhos e convidaram assim o André. Eles precisam do tempo de TV do PDT, por menor que seja, mas somará no final”, argumenta.
O deputado ainda acrescenta: “o PT não está entregando o que prometeu à sociedade. Prometeu um Ceará três vezes mais forte, Fortaleza quatro vezes mais forte, e nós estamos vendo os resultados aí. Portanto, eu ainda acredito que o PDT poderá mais na frente, na hora das decisões, não marchar junto ao PT.
No último domingo, 15, os integrantes da legenda estiveram em reunião e se consolidaram como base do governador Elmano de Freitas (PT) no Ceará. A decisão ocorre após convite formal realizado por Elmano ao presidente estadual do partido, André Figueiredo (PDT).
Na Câmara Municipal, seis dos sete vereadores petistas já integravam a base do atual prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT). O único vereador da sigla a não contemplar a situação é PP Cell, o qual afirmou antecipadamente à coluna que pretende se filiar ao Partido Liberal (PL).
Em âmbito estadual, os quatro deputados que ocupam cadeira na Assembleia Legislativa do Ceará estão na oposição ao governo desde o racha entre PT e PDT próximo às eleições de 2022. Ao O POVO, o deputado Lucinildo Frota confirmou a tendência de se filiar também ao PL.
Os deputados Antônio Henrique (PDT), Cláudio Pinho (PDT) e Queiroz Filho (PDT) devem deixar o partido na janela partidária com a aproximação do pleito de 2026. O grupo de oposição é ligado às alas do ex-prefeito José Sarto (PDT), do ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) e de Roberto Cláudio (sem partido), o qual anunciou futura filiação ao União Brasil.
por Camila Maia - Especial para O POVO
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