
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Líder do governo Lula na Câmara Federal, o deputado José Guimarães (PT) afirma que Partido dos Trabalhadores deve começar as movimentações para o pleito de 2026 após as eleições internas do partido, com o Senado Federal como prioridade no Estado. Em entrevista concedida ao O POVO NEWS nesta quarta-feira, 2, o parlamentar ainda reafirmou sua pré-candidatura para a cadeira na Câmara Alta de Brasília.
“Nós vamos começar a discutir e montar o nosso projeto eleitoral para 2026. É prioridade nacional do PT a candidatura ao Senado no Ceará, além de ampliar a bancada de deputados federais, de deputados estaduais, reeleger o governador Elmano e reeleger Lula”, afirma Guimarães.
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O deputado contina: “Quando o PT discute sua candidatura ao Senado qual é o nome que tem serviço prestado ao PT ao Brasil estado do Ceará? Era o deputado José Guimarães, portanto não é projeto pessoal meu”, destaca.
“Aliás, eu sempre fiz parte desse projeto, desde 2006 na primeira eleição do Cid (Gomes) até agora eleição do Elmano (de Freitas), nós temos um projeto e ele precisa ter as mãos, as mentes e os corações de todos os petistas. Eu estou firme e forte com muita vontade política, coração quente e cabeça fria para enfrentar a disputa”, completa.
Neste domingo, 6, acontece o Processo de Eleições Diretas (PED) do Partido dos Trabalhadores (PT), no qual o candidato do Campo Democrático de Guimarães, Antônio Alves Filho (Conin), tenta reeleição para direção do estadual da sigla.
“Na sexta-feira (4), vamos ter um grande evento com a presença do governador, do ministro Camilo, eu e vários dirigentes do PT. Nós estamos levando o Edinho Silva para o ato que vamos fazer na sede do PT, ele é o nosso candidato a presidente nacional do PT”, pontua o deputado.
Segundo Guimarães, não existiu conflito entre os campos majoritários do partido, Campo Popular – ligado a Elmano de Freitas e Camilo Santana – e Campo democrático, como se especulava. “Muitos apostavam que nós estávamos brigados, que a gente não ia se unir, eu Camilo e Elmano; nos unimos e o Conin é o candidato a presidente estadual do PT”, contrapõe. O deputado, inclusive, passará por procedimento cirúrgico no coração no mês de julho, dias após o processo.
Líder do Governo Lula na Câmara dos deputas, Guimarães comentou a decisão de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) após a derrubada do decreto sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O deputado disse que “não havia outra solução para o governo” a não ser recorrer ao órgão para “restaurar a governabilidade”.
“Congresso deliberou a derrubada do decreto que evidentemente fomos contrários e articulamos fortemente para impedir e não tivemos o êxito (...) Outra solução para o governo para restaurar a governabilidade foi recorrer ao Supremo. Em qual democracia do mundo, em qual país do mundo que se derruba decreto do presidente da República é a atribuição privativa do poder executivo?”, questiona o parlamentar.
Conforme o líder, a legislação sobre política fiscal e orçamentária é atribuição privativa do presidente da República e não caberia ao Congresso derrubar um decreto que considera "absolutamente constitucional".
O deputado ainda discorda de uma possível crise institucional em curso no Brasil, tendo como estopim a votação na Câmara Federal. Ele relembrou outras quatro matérias “importantes para o Brasil" foram aprovadas no mesmo dia – como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos, uma medida provisória do crédito consignado e um projeto do fundo social para o Minha Casa e Minha Vida.
“A nossa expectativa é que restaure a governabilidade, quem preside o país é o presidente Lula não é o Congresso, o Congresso legisla, e nós temos uma ótima relação com o Congresso – de diálogo, de parceria em votação de matérias relevantes para o país”, destaca.
por Camila Maia - Especial para O POVO
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