Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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A Convenção do PDT que definiu novos diretórios locais no último final de semana também encaminhou o partido para aliança com os governos petistas, com a presença do prefeito Evandro Leitão (PT) e do governador Elmano de Freitas (PT). Movimento é visto como motivo de “vergonha” para os deputados estaduais de oposição ao Governo do Ceará.
Segundo deputado Antônio Henrique (PDT), a sinalização do apoio já era esperada, mas parlamentares devem permanecer como oposicionistas até uma determinação oficial. “Eu vejo isso ao mesmo tempo como natural, eu vejo isso com uma grande tristeza, desde o começo dessa atual legislatura, nós aqui estamos, eu e mais três deputados, nos posicionamos contra esse Governo”, rechaça.
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Sobre uma possível saída negociada, o deputado afirma que grupo não tem interesse e ficarão até a eventual janela partidária. “Não temos interesse, a não ser que venha alguma recomendação de lá para que a gente passe aqui a ser base do governo, apoiar o Governo e votar a favor das matérias do Governo”.
Deputado estadual e líder do partido na Casa, Cláudio Pinho (PDT) defendeu a mesma tese do correligionário, afirmando que PDT na base o deixa “desconfortável”. “Eu fico desconfortável, mas o partido não tem nenhum patrulhamento ideológico”.
Parlamentar argumenta que receberam o aval para seguir no bloco de oposição e mencionou histórico partidário similar durante o governo de Cid Gomes (PSB). “A minha posição ficou muito clara e o secretário-geral do partido até relembrou o tempo que o Heitor Férrer fazia a oposição, e o Cid era o governador. O PDT foi para base com secretários e participando do Governo na eleição”, destaca.
Ele prossegue, contando que evitou conflitos na convenção do último sábado, 1°, com a presença dos líderes petistas. “Antes de o governador, do prefeito Evandro, chegar à convenção, eu me retirei do local, já tinha feito o meu papel enquanto convenção, já tinha assinado a ata, votado, então eu saí. Mas não existe por parte do partido nenhuma cobrança para comigo de que eu tenho que acompanhar a decisão do partido”, afirma.
por Camila Maia – Especial para O POVO
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