Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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O deputado Felipe Mota (União) condenou nesta quinta-feira, 13, o que chamou de “judicialização” promovida pelo governo Elmano de Freitas (PT) contra integrantes da oposição. Neste sentido, ele condenou ação do Abolição contra Capitão Wagner (União), que gerou investigação contra o ex-deputado por possível crime de desobediência.
“Em todos os estudos Fortaleza e Região Metropolitana estão hoje como ‘vencedores’ do crime. Então eu estou vendo isso (ação contra Wagner) como uma forma desesperada de reação por parte do Governo do Estado. É praticamente como se dissesse ‘tudo que ele dizer agora eu judicializar, que é para ver até onde ele aguenta’”, disse o deputado.
Fala diz respeito a embate na Justiça envolvendo Wagner e o Governo do Estado. No início do mês, a Justiça determinou que o ex-deputado removesse das redes sociais uma gravação em que o ex-deputado associa o governador Elmano de Freitas (PT) e o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), à facção criminosa Comando Vermelho.
Nesta semana, a Justiça também ordenou a remoção da segunda gravação e determinou a abertura de investigação contra Wagner por possível descumprimento da decisão. Para Felipe Mota, ações tentam “forçar limite” da oposição e não deveriam ser artifícios recorrentes do Governo do Estado para lidar com políticos.
“Não fica muito bem um governador do estado estar judicializando ações contra um policial. Porque, querendo ou não, aposentado ou não, na reserva ou não, o Capitão é um policial que estudou, que entrou pra escola de oficiais para poder se preparar”, diz. “O caminho deveria ser dar uma resposta dura contra o crime que ele denuncia”, completa.
A tese de Mota, no entanto, está longe de ser unanimidade no Legislativo. Para Larissa Gaspar (PT), o Governo do Estado acerta em acionar o ex-deputado judicialmente, uma vez que ele teria feito acusações “irresponsáveis” e “mentirosas” contra gestores do Estado.
“Ninguém pode fazer acusações de nenhuma natureza, sobretudo acusações graves como essas, sem ter provas do que está falando. Nesse clima de redes sociais, em que o objetivo da vida das pessoas passa a se tornar fazer ‘lacração’ nas redes, muitas vezes as pessoas acabam excedendo todos os limites da razão”, afirma Gaspar.
“E quem faz esse uso indevido, quem comete essa ação irresponsável, que na verdade é inclusive um crime, precisa realmente ser responsabilizado por esse tipo de fala oportunista, mentirosa e responsável. Quando o Wagner fala que o governador está associado a uma organização criminosa, ele está praticando calúnia”, conclui. (com Camila Maia - Especial para O POVO)
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