Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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A proposta de emenda coletiva ao texto que atualiza Plano Diretor e tramita na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) teve defesa da oposição ao prefeito Evandro Leitão (PT) na Casa. Conforme líder do bloco oposicionista, vereador Jorge Pinheiro (PSDB), emenda foca no crescimento vertical da Capital e foi construída em “diálogo” com diversos setores da sociedade.
Em entrevista à Vertical, nesta terça-feira, 19, Pinheiro afirmou que se trata de uma “emenda de equilíbrio”, tese destacada também pelo presidente da CMFor, vereador Léo Couto (PSB). Além de Pinheiro, vereador de oposição Soldado Noélio (União) assina proposta que contabiliza o apoio de 34 vereadores.
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“Nos foi dado um prazo para dialogarmos com outros setores da sociedade e a gente conversou. Assim como representantes dos movimentos sociais, conversamos também com outros setores relacionados à economia, construção, e outras realidades mais. Achamos por bem para chegar a um equilíbrio para que a gente assinasse essa emenda”, diz vereador.
A “superemenda” teve uma recepção negativa por parte dos movimentos sociais por barrar a criação de dezenas de áreas de interesse social e alterar poligonais de Zonas de Proteção Ambiental (ZPAs) previstas no texto aprovado na última Conferência da Cidade e elaborado em processo participativo.
“Acreditamos que a cidade vai crescer, queremos que cresça (...) Ela (Fortaleza) não vai mais crescer para os lados, ela vai crescer para cima, verticalmente, por assim dizer. Nesse sentido, precisamos trazer também uma segurança para que haja essa viabilidade por parte da construção, por parte do ramo da construção, dos setores imobiliários, para haver de fato o adensamento vertical”, argumenta Pinheiro em relação aos parâmetros urbanísticos modificados por dispositivo.
O vereador ainda negou qualquer determinação superior para a assinatura da proposta. “Presidente não tem nenhuma ingerência sobre nós, não. O que acontece é o diálogo. Houve o diálogo. A gente viu ali realmente que há diversas propostas que estão atendendo tanto aos movimentos sociais que também nessa emenda (...) a outras realidades que atendem também outros campos”, afirma.
O dispositivo, assim como outras as mais de 200 emendas individuais protocoladas, deve passar por análise e votação na Comissão Especial do Plano Diretor antes de decisão em plenário. Conforme presidente do colegiado, vereador Benigno Júnior (Republicanos) novo plano deve ser votado até a primeira quinzena de dezembro.
por Camila Maia - Especial para O POVO
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