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Exportação de flores e plantas ornamentais cresce 90% no Ceará
Economia

Exportação de flores e plantas ornamentais cresce 90% no Ceará

Ceará é destaque no mercado nordestino e quer exportar US$ 1,2 milhão em 2023. Nova política nacional de incentivo ao setor anima produtores
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Produção de flores, em São Benedito, 
Serra da Ibiapaba, tem impulsionado vendas do setor (Foto: Divulgação / Léo Kaswiner)
Foto: Divulgação / Léo Kaswiner Produção de flores, em São Benedito, Serra da Ibiapaba, tem impulsionado vendas do setor

Líder no mercado nordestino de flores e plantas ornamentais, o Ceará ampliou em 90% das exportações cearenses de flores e produtos de floricultura no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.

Esse movimento faz o Governo do Ceará esperar que o resultado de negócios internacionais ultrapasse a marca de 1 milhão de dólares exportados e chegue a US$ 1,2 milhão. Em 2022, o montante alcançou US$ 940,5 mil, num avanço de 44% em relação a 2021.

Dentre as razões que impulsionam o otimismo do setor também está a criação da Política Nacional de Incentivo à Cultura de Flores e de Plantas Ornamentais de Qualidade, sancionada recentemente pelo Governo Federal.

O objetivo da medida é fomentar a produção no País e comercialização nos mercados interno e externo.

Uma das diretrizes da nova política nacional é vista como a principal para gerar desenvolvimento da cadeia: a de garantia da sustentabilidade econômica e socioambiental do setor, por meio de crédito produtivo, pesquisa agrícola e desenvolvimento tecnológico, além de assistência técnica.

A realidade das exportações: Flores e produtos de floricultura - Maiores exportadores (2022)

No Ceará, o movimento positivo neste mercado ocorre a partir do polo produtor na Serra da Ibiapaba que promove avanços no setor de floricultura. E também de negócio localizado em Paracuru, que é o principal exportador de plantas ornamentais do País.

O secretário executivo de Agronegócio na Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Sedet-CE), Silvio Carlos Ribeiro, destaca que a Ibiapaba foi transformada a partir da atuação do setor e hoje é um polo importante na produção de flores de corte.

No que se refere às plantas ornamentais, ele destaca que o Estado tem um grande potencial, pela flora diversificada. "Inclusive nós temos duas das maiores exportadoras de plantas ornamentais do Brasil".

Silvio acredita que o Ceará, por já se destacar neste mercado a nível Nordeste, pode desenvolver ainda mais essa cadeia produtiva incluindo novos produtores e fortalecendo os pequenos.

"Tem tendência a crescer com essa lei, porque ela institui aí uma série de ações para estimular a produção de flores e plantas ornamentais que vai desde a pesquisa até o crédito. O que a gente pensa é que teremos alguns instrumentos para ajudar esse setor a crescer. Desde a produção como também até a exportação", aponta.

Cenário do setor de flores e plantas ornamentais no Brasil

No que diz respeito a crédito, Silvio acredita que os bancos de fomento - para o Ceará, especialmente o Banco do Nordeste - têm papel fundamental. “A questão do crédito é importante, vamos ainda ainda ver como que a Política Nacional vai entrar nos programas dos bancos, do BNB, por exemplo. Estamos ainda conversando com o pessoal do Ministério da Agricultura também, mas o Estado do Ceará ganha muito”.

O momento dos segmentos que compõem esse setor é diferente. Enquanto o de flores foi amplamente impactado pela pandemia, com queda de demanda a partir do cancelamento de eventos, o de plantas ornamentais viu sua demanda subir.

Isso ocorreu porque as plantas ornamentais se tornaram artigo de decoração para os diversos ambientes das residências, atraindo novos mercados. Atualmente, os Estados Unidos e países da Europa importam parte da produção cearense, o que garante ao Estado a liderança nacional em exportações neste segmento.

Produtos como a Espada de São Jorge e o Mandacaru, um tipo de cacto sem espinhos típico do Nordeste, são sucesso entre as plantas ornamentais.

O secretário executivo do Agronegócio destaca que o montante exportado pelo setor de flores e plantas ornamentais ainda não é um dos mais robustos na pauta de comércio exterior cearense, mas o crescimento é notável e o potencial de evolução é cristalino.

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TIPOS DE MANEJO

A céu aberto

Nesse sistema, os canteiros de produção são conduzidos sem nenhum tipo de estrutura de proteção, ficando totalmente a céu aberto durante todo o ciclo. Entretanto, só poderá ser adotado nos casos em que a espécie é pouco exigente e as condições ambientais são favoráveis.

Para a produção de flores de corte, o número de espécies aptas para o sistema de cultivo a céu aberto é relativamente pequeno. Dentre as espécies produzidas nesse sistema estão as flores tropicais (helicônias, alpínias, bastão-do-imperador, gengibre-ornamental) e algumas flores de corte, a exemplo de gladíolo, áster, tango, girassol e algumas cultivares de rosa.

Sob telado

O telado é um sistema de produção onde se faz apenas controle parcial de luminosidade por meio de cobertura com telas que proporcionam sombreamento. As telas apresentam diferentes níveis de sombreamento e cores, definidos a partir das exigências da espécie a ser produzida.

Considerando as flores de corte, a produção sob telado é comum para aquelas de clima tropical e para poucas espécies de clima temperado, como o copo-de-leite. Entretanto, a produção sob telado não garante o controle de pragas e doenças nem a quantidade de água e a temperatura do ambiente.

Em estufa

O sistema de produção em ambiente controlado (estufa) proporciona condições microclimáticas mais adequadas para o desenvolvimento das plantas, pois permite o controle das condições no ambiente interno, interferindo na luminosidade, na temperatura, na umidade e na ventilação.

Salienta-se que, para a produção de flores de corte, a incidência de chuva é altamente prejudicial e a produção em estufa não climatizada, além de ser mais barata, pode ser eficiente.

Existem ainda as estufas climatizadas. Devido à alta tecnologia empregada, as estufas climatizadas são de alto custo de instalação e manutenção, sendo sua construção feita por empresas especializadas e com acompanhamento técnico.

O QUE O PRODUTOR DEVE ATENTAR AO DECIDIR INVESTIR

  • Antes de iniciar uma produção de plantas ornamentais, é importante considerar e estudar alguns fatores que podem fazer a diferença nas ações futuras.
  • Conheça a região;
  • Planeje estrategicamente o local onde serão construídas as estruturas;
  • Conheça os sistemas de produção;
  • Entenda como funcionam os sistemas de controle do ambiente (como luminosidade e tipos de cobertura plástica) e controles de temperatura e de umidade relativa do ar; e
  • Atenção aos sistemas de irrigação e fertirrigação.

No site da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), é possível encontrar um manual que detalha como cultivar flores e plantas ornamentais.

Fonte: CNA/ Senar

 

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