O Governo do Ceará bateu um recorde histórico em investimentos públicos ao término do primeiro quadrimestre de 2025, segundo informou a Secretaria da Fazenda (Sefaz).
Ao todo, foram aplicados R$ 830 milhões entre janeiro e abril, o que representou o maior valor para o período da história, como ressaltou o secretário Fabrízio Gomes (Fazenda) ao apresentar os resultados fiscais do Estado na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
Desse total, 54,4% corresponde a recursos do tesouro estadual, enquanto 45,6% é de fontes como convênios com o governo federal, repasses federais e captação de recursos.
Em fala aos deputados, o secretário apontou como explicação para os resultados o equilíbrio fiscal entre receitas e despesas, aliada "à política de sustentabilidade que o governo segue há muitos anos".
"É importante frisar isso porque a gente tem mantido o fôlego através de uma gestão fiscal equilibrada para fazer esses investimentos tão importantes para a população cearense", ressaltou.
Os impostos arrecadados pelo Estado do Ceará também apresentaram crescimento no primeiro quadrimestre. Ao todo foram R$ 5,71 bilhões arrecadados, o que representou um crescimento de 10% no período.
Confira os valores:
"O ICMS é o carro-chefe. Ano passado, nós crescemos 18% e conseguir crescer 7% neste ano, em cima desses 18%, é um crescimento muito expressivo. Isso mostra que a economis tem crescido bem também", destacou o secretário aos deputados.
Fabrízio mostrou ainda o crescimento das receitas correntes do Estado no período, com crescimento de 1%, ao somar R$ 13,035 bilhões.
"É importante ter muito cuidado ao analisar os números porque as transferências correntes estão puxando esse resultado para baixo, com queda de 9%. O que é isso? A gente recebeu o recurso do Fundef no primeiro quadrimestre de 2024 e esse ano não recebemos esse recurso", explicou.
No comparativo entre os primeiros quatro meses deste ano e igual período do ano passado, esta era a única receita com retração. As demais variaram entre 5% e até 82% de aumento.
Quando o assunto foi as despesas do Estado do Ceará, o secretário da Fazenda classificou como custos "controlados". Ao todo, as despesas correntes somaram R$ 10,664 bilhões e as despesas de capital, R$ 4,158 bilhões - na qual se inclui R$ 2,7 bilhões de restauração da dívida pública.
"A gente teve em fevereiro a amortização de uma dívida. Por isso essa despesa de capital teve R$ 2,7 bilhões de pagamento, que foi aquela operação de crédito que trocou a dívida cara de curto prazo por uma barata e de longo prazo, economizando para o Estado em torno de R$ 1 bilhão", afirmou.
O feito pelo Ceará usou o Yen como moeda referência, ao invés do dólar ou o euro - o que o secretário considera dar mais estabilidade à dívida. Hoje, contou Fabrízio, o mesmo está sendo copiado por outros estados brasileiros.
Os números foram contextualizados em um cenário no qual a receita corrente líquida do Ceará somou R$ 3,6 bilhões no 2º bimestre de 2025. O montante representou uma alta de 5,5% sobre igual período do ano passado e, reforça Fabrízio, demonstra um bom momento do Estado.
Em fala para a comissão, Fabrízio destacou o crescimento da economia cearense em março - a partir de dados do Banco Central - acima do nacional em quase duas vezes.
"A gente percebe que, hoje, com todo o cenário geopolítico mundial isso tem atrapalhado a certeza do investidor em fazer a aplicação do recurso. Mas as políticas públicas e fiscais têm dado resultados, colocando o Ceará acima desse crescimento médio da atividade econômica", comentou o secretário ao mostrar as projeções para baixo do crescimento brasileiro e internacional..
Neste contexto, ainda citou o patamar de 6,6% de desemprego atingido pelo Ceará, “abaixo dos 7% que é considerado pleno emprego na teoria econômica.”
Alta
Fabrízio destacou também o crescimento da economia cearense em março - a partir de dados do Banco Central - acima do nacional em quase duas vezes. E citou o patamar de 6,6% de desemprego atingido pelo Ceará, abaixo dos 7% que é considerado pleno emprego na teoria econômica