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Investimento público no Ceará bate recorde histórico em 2025
Economia

Investimento público no Ceará bate recorde histórico em 2025

| Balanço|Resultado contabilizam R$ 830 milhões entre janeiro e abril de 2025 e foram apresentados pela Sefaz na Alece
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NÚMEROS foram apresentados pelo secretário da Fazenda na Alece (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal NÚMEROS foram apresentados pelo secretário da Fazenda na Alece

O Governo do Ceará bateu um recorde histórico em investimentos públicos ao término do primeiro quadrimestre de 2025, segundo informou a Secretaria da Fazenda (Sefaz).

Ao todo, foram aplicados R$ 830 milhões entre janeiro e abril, o que representou o maior valor para o período da história, como ressaltou o secretário Fabrízio Gomes (Fazenda) ao apresentar os resultados fiscais do Estado na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).

Desse total, 54,4% corresponde a recursos do tesouro estadual, enquanto 45,6% é de fontes como convênios com o governo federal, repasses federais e captação de recursos.

Em fala aos deputados, o secretário apontou como explicação para os resultados o equilíbrio fiscal entre receitas e despesas, aliada "à política de sustentabilidade que o governo segue há muitos anos".

"É importante frisar isso porque a gente tem mantido o fôlego através de uma gestão fiscal equilibrada para fazer esses investimentos tão importantes para a população cearense", ressaltou.

Aumento na arrecadação

Os impostos arrecadados pelo Estado do Ceará também apresentaram crescimento no primeiro quadrimestre. Ao todo foram R$ 5,71 bilhões arrecadados, o que representou um crescimento de 10% no período.

Confira os valores:

  • ICMS: R$ 3,96 bilhões (+7%)
  • IRRF: R$ 765 milhões (+14%)
  • IPVA: R$ 531 milhões (+8%)
  • Taxas: R$ 383 milhões (+15%)
  • ITCD: R$ 67 milhões (+155%)

"O ICMS é o carro-chefe. Ano passado, nós crescemos 18% e conseguir crescer 7% neste ano, em cima desses 18%, é um crescimento muito expressivo. Isso mostra que a economis tem crescido bem também", destacou o secretário aos deputados.

Receitas correntes

Fabrízio mostrou ainda o crescimento das receitas correntes do Estado no período, com crescimento de 1%, ao somar R$ 13,035 bilhões.

"É importante ter muito cuidado ao analisar os números porque as transferências correntes estão puxando esse resultado para baixo, com queda de 9%. O que é isso? A gente recebeu o recurso do Fundef no primeiro quadrimestre de 2024 e esse ano não recebemos esse recurso", explicou.

No comparativo entre os primeiros quatro meses deste ano e igual período do ano passado, esta era a única receita com retração. As demais variaram entre 5% e até 82% de aumento.

Despesas

Quando o assunto foi as despesas do Estado do Ceará, o secretário da Fazenda classificou como custos "controlados". Ao todo, as despesas correntes somaram R$ 10,664 bilhões e as despesas de capital, R$ 4,158 bilhões - na qual se inclui R$ 2,7 bilhões de restauração da dívida pública.

"A gente teve em fevereiro a amortização de uma dívida. Por isso essa despesa de capital teve R$ 2,7 bilhões de pagamento, que foi aquela operação de crédito que trocou a dívida cara de curto prazo por uma barata e de longo prazo, economizando para o Estado em torno de R$ 1 bilhão", afirmou.

O feito pelo Ceará usou o Yen como moeda referência, ao invés do dólar ou o euro - o que o secretário considera dar mais estabilidade à dívida. Hoje, contou Fabrízio, o mesmo está sendo copiado por outros estados brasileiros.

Cenário

Os números foram contextualizados em um cenário no qual a receita corrente líquida do Ceará somou R$ 3,6 bilhões no 2º bimestre de 2025. O montante representou uma alta de 5,5% sobre igual período do ano passado e, reforça Fabrízio, demonstra um bom momento do Estado.

Em fala para a comissão, Fabrízio destacou o crescimento da economia cearense em março - a partir de dados do Banco Central - acima do nacional em quase duas vezes.

"A gente percebe que, hoje, com todo o cenário geopolítico mundial isso tem atrapalhado a certeza do investidor em fazer a aplicação do recurso. Mas as políticas públicas e fiscais têm dado resultados, colocando o Ceará acima desse crescimento médio da atividade econômica", comentou o secretário ao mostrar as projeções para baixo do crescimento brasileiro e internacional..

Neste contexto, ainda citou o patamar de 6,6% de desemprego atingido pelo Ceará, “abaixo dos 7% que é considerado pleno emprego na teoria econômica.”

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Fabrízio destacou também o crescimento da economia cearense em março - a partir de dados do Banco Central - acima do nacional em quase duas vezes. E citou o patamar de 6,6% de desemprego atingido pelo Ceará, abaixo dos 7% que é considerado pleno emprego na teoria econômica

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