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André Figueiredo responde Ciro Gomes e diz que não entrará em "provocação"
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André Figueiredo responde Ciro Gomes e diz que não entrará em "provocação"

Ciro acusou "poderosos" de estarem tentando "comprar" o PDT para barrar candidatura dele ao governo
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André Figueiredo, presidente nacional do PDT (Foto: João Paulo Biage/O POVO)
Foto: João Paulo Biage/O POVO André Figueiredo, presidente nacional do PDT

O presidente estadual do PDT, o deputado federal André Figueiredo, reagiu após as falas do ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) de que haveria uma tentativa de "comprar" a sigla brizolista para evitar uma candidatura ao Governo do Ceará em 2026. Ciro esteve presente na sexta-feira, 15, no aniversário do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (sem partido), quando deu sinais de que poderia disputar, embora não crave que tenha planos de deixar o PDT.

"O PDT tem história de coerência ideológica. Nunca esteve e nunca estará à venda. Nossa luta vem do trabalhismo, vem de Brizola", apontou ao O POVO. Ele acrescentou ainda que: "Não entraremos em qualquer tipo de provocação". André e Ciro não se falam desde o segundo turno das eleições de 2024, como o deputado já havia comentado anteriormente.

Nas filas trabalhistas, Ciro acusou "poderosos" estariam tentando "comprar" o PDT para barrar uma candidatura dele para disputar o Palácio da Abolição. "Na hora que se cogita uma possível candidatura minha para governador do Estado, com relativa e generosa menção das pessoas de que eu teria condição de fazer essa disputa de forma competitiva, o que que estão fazendo os poderosos do Ceará? Tentando comprar o meu partido", disse durante o aniversário de seu aliado Roberto Cláudio.

"Para quê? Para me tirar o meu direito de ser candidato e, então, portanto, o direito do povo de escolher. Isto também é muito grave", disse ainda Ciro. Antes de encerrar, o ex-ministro completou: "Eu sou homem de luta. Eu só quero informar a esses donos do poder que eu sou homem de luta e eles podem me derrotar, mas será na luta".As falas acontecem diante de dois movimentos da política cearense: uma reaproximação do PDT com o bloco governista e a consolidação da oposição em um projeto anti-PT para 2026.

Após 2022, a sigla vem passando por inconsistências que levaram, inclusive, à desfiliação de membros que buscaram manter a aproximação com o PT no Estado. Após a debandada, o partido chegou a ter tempos de calmaria, com a maioria dos filiados atuando na oposição. No entanto, na eleição de 2024, veio outra divergência: parte do partido apoiou Evandro Leitão (PT) e outra declarou apoio a André Fernandes (PL) na disputa pela Prefeitura de Fortaleza.

Após o pleito, PDT de Fortaleza quis aderir ao projeto petista e vem em trajetória de reaproximação, também discutida, posteriormente, em âmbito estadual. Apesar disso, os deputados estaduais do PDT seguem defendendo posições de oposição e uma candidatura do mesmo campo.Ciro é cotado para deixar as linhas trabalhistas e retornar ao PSDB para disputar a eleição. Tucanos dão como certa essa movimentação. O presidente nacional do partido, Carlos Lupi, veio ao Ceará na última quinta-feira, 14, e conversou com Ciro de forma privada. O conteúdo do diálogo não foi comentado com aliados. (Colaborou Thays Maria Salles)

 

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