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Suspensão de linhas e o prejuízo que não pode ser desfeito
Farol

Suspensão de linhas e o prejuízo que não pode ser desfeito

Redução de rotas em Fortaleza trouxe impactos para a população, afetando comerciantes e milhares de passageiros
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PASSAGEIROS no primeiro dia de retorno das linhas suspensas (Foto: DANIEL GALBER/ESPECIAL PARA O POVO)
Foto: DANIEL GALBER/ESPECIAL PARA O POVO PASSAGEIROS no primeiro dia de retorno das linhas suspensas

Quem precisou pegar ônibus na última segunda-feira, 29, em Fortaleza viveu momentos de frustação e angústia. Sem aviso prévio ou cuidado com a população, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Ceará (Sindiônibus) suspendeu 25 linhas e reduziu veículos em 29 trajetos na Capital.

Nos terminais, a notícia estourou lentamente. Usuários desconfiavam que a rota habitual estava custando a passar e buscavam informação. Apenas ai descobriam que ela havia sido suspensa. Outros só souberam da redução após cobertura inicial feita pela imprensa. Milhares se sentiram iguais: desnorteados.

Sindicato tentou esclarecer que a medida buscou "equilibrar as finanças", quando na verdade ação foi feita para pressionar o Município e apertar o ritmo das negociações, que já se arrastam há meses, sobre um possível aumento de subsídios. O tiro saiu pela culatra. Pressionado pela Prefeitura, o Sindiônibus voltou atrás e retomou operação na quarta-feira, 1º, mas deixou em aberto a chance de tornar com medida.

Ação insensível teve a chance de ser desfeita. No entanto, o tempo de espera que gerou ansiedade, o estresse em enfrentar ônibus lotados, os empregos e aulas com horas perdidas e até o impacto negativo nas vendas de comerciantes que atuavam estrategicamente em frente àquelas paradas de ônibus que ficaram vazias, tudo isso não tem como ser recuperado. É prejuízo que não pode ser desfeito.

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