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Aliados de Camilo defendem Nelson Martins para unir PT e PDT
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Aliados de Camilo defendem Nelson Martins para unir PT e PDT

Deputados ligados a governador avaliam que ex-secretário é melhor nome para Prefeitura
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NELSON é visto por setor do PT como possível nome para aliança com o PDT (Foto: Gustavo Simão, em 18/2/2019)
Foto: Gustavo Simão, em 18/2/2019 NELSON é visto por setor do PT como possível nome para aliança com o PDT

Deputados petistas próximos do governador Camilo Santana (PT) defenderam ontem o nome do correligionário Nelson Martins, ex-assessor de Relações Institucionais do Estado, como opção da legenda capaz de unir PDT e PT na disputa pela Prefeitura de Fortaleza em 2020.

Aliado de Camilo, o deputado estadual Acrísio Sena foi mais longe. Falando ao grupo de siglas que dão sustentação ao chefe do Abolição e ao prefeito Roberto Cláudio (PDT), disse que "a saída de Nelson Martins das suas funções no Governo abre um novo horizonte no processo eleitoral" e que essa é "uma chance histórica de unir o campo democrático e popular".

Martins foi exonerado na última quinta-feira, 4, data-limite para a desincompatibilização de ocupantes de cargos no Executivo que pretendam concorrer à Prefeitura neste ano. Além dele, também deixou a gestão estadual o sociólogo Élcio Batista, então na chefia da Casa Civil estadual.

No âmbito municipal, entregaram seus postos os secretários Samuel Dias (antes na Secretaria de Governo), Ferruccio Feitosa (Regional II) e Alexandre Pereira, à frente da pasta do Turismo.

Desses virtuais postulantes à sucessão do prefeito no campo do governismo, Acrísio acredita que o colega petista tenha mais possibilidades de aglutinar parceiros. "Dentre as alternativas postas", afirmou o deputado estadual, "Nelson é a que melhor reúne condições para cumprir a tarefa de unidade para deter o avanço das forças que se aliam em torno do bolsonarismo na Capital".

Para ele, trata-se de "um nome que oferece, aos partidos que compõem a base do governador, a possibilidade de ampliar as chances de vitória e continuar à frente da 5ª maior cidade do país".

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Também deputado e integrante da ala mais próxima de Camilo no PT, Moisés Braz avaliou que "a exoneração do Nelson é o governador dando sinal para o PT de que tem esse grande nome também".

Depois de destacar que a agremiação caminha para ter candidato próprio em Fortaleza e que a deputada federal Luizianne Lins está no páreo, Braz afirmou que não tem dúvida de que o ex-secretário "reúne essa condição de fazer unidade de vários partidos e unir o PT e o PDT".

Questionado sobre como uma possível candidatura de Nelson seria viabilizada dentro da própria legenda, já que os movimentos internos apontam para Luizianne como única pré-candidata, o deputado admitiu: "Não sei como vai ser tratado dentro do partido", mas, conclui o parlamentar, "sendo um nome a pedido do governador, acho que temos condições de dialogar".

Um pedetista muito afinado com o prefeito classifica como "muitíssimo improvável" essa hipótese de entendimento entre PT e PDT em torno de uma chapa única tendo um nome petista como concorrente principal na sucessão.

Reservadamente, ele fala que, embora na política tudo seja possível, "nesse caso não há nada que possa justificar o PDT abrir mão da cabeça de chapa".

De acordo com essa fonte, a sigla trabalhista "não tem o desgaste que o PT tem, é o maior partido da cidade, realiza uma administração de muitos resultados e é estratégica para o projeto nacional do partido". E então pergunta: "A troco de que abriria mão para o PT?". E responde: "São importantes esses movimentos do governador para construir uma aliança PT/PDT ainda no primeiro turno, mas, não creio que se concretizará".

 

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