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Em live com Haddad, Luizianne fala em plano emergencial para Fortaleza em 2021 e critica gestão RC
Politica

Em live com Haddad, Luizianne fala em plano emergencial para Fortaleza em 2021 e critica gestão RC

A segunda-feira da candidata petista foi preenchida por live com Fernando Haddad e vídeo de Lula em apoio a ela na disputa à Prefeitura de Fortaleza
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Luizianne Lins na campanha de 2020 (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Luizianne Lins na campanha de 2020

O PT Nacional entra mais fortemente na campanha de Luizianne Lins após resultado da candidata petista na última pesquisa O POVO/Datafolha. Ontem, ela recebeu apoio do ex-presidente Lula nas redes sociais e participou de live com Fernando Haddad, as duas principais lideranças da legenda no País.

Fortaleza é a quinta maior capital do Brasil. Se soma a isso o fato de que Luizianne, hoje, é uma das petistas que concentra mais chances de vitória nas capitais, ao lado de João Coser, em Vitória (ES). Além disso, o Município está fixado no Estado de Ciro Gomes (PDT), adversário direto do petismo na busca pelo eleitorado de centro-esquerda, pensando na eleição presidencial de 2022.

"Vamos de @luiziannelinspt em Fortaleza! Tamo junto, companheira!", postou Lula em legenda de vídeo no qual pede voto para ela.

Na live com Haddad, a candidata à Prefeitura de Fortaleza pouco se dirigiu a adversários diretos. Quando citou Capitão Wagner (Pros), líder em Fortaleza segundo O POVO/Datafolha com nove pontos percentuais à frente de Luizianne (33% a 24%), a ex-prefeita falou em "candidato do Bolsonaro". Sarto (PDT) vem em terceiro com 15%.

A petista afirmou que se eleita promoverá um plano emergencial interdisciplinar de reabilitação da Capital, considerando o contexto que ainda deverá ser de enfrentamento à pandemia de Covid-19.

Para Luizianne, será necessário que as secretarias de uma eventual gestão petista se integrem para atuação conjunta, sobretudo nos primeiros meses, projetados por ela como os mais severos após o impacto do fim do auxílio emergencial do governo de Jair Bolsonaro.

Os três pilares, segundo disse, serão educação, saúde e economia. Nessa última área, Luizianne tem sinalizado para a criação do que intitulou de Bolsa Família Fortaleza, além de destacar ofertas de microcrédito e a inclinação da Cidade para a produção têxtil.

A postulante petista estabeleceu série de divergências em relação à administração do prefeito Roberto Cláudio (PDT). Ela destacou, por exemplo, que RC nunca ergueu um Centro Urbano de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (Cuca).

"Não foi só uma fala perdida, os Cucas viraram durante nosso governo esses espaços de produção cultural, de socialização, de paz, acima de tudo", enfatizou.

E disse: "O prefeito que está aí disse que ia (fazer) 12 Cucas, porque os três que eu tinha feito era muito pouco: ele nunca fez nenhum. Quem vai fazer os 12 sou eu quando voltar pra Prefeitura."

Sobre 2016, a petista lembrou que "o atual prefeito inventou uma proposta de remédio em casa", concluindo que "nunca, claro, que ele executou, como não executou boa parte das propostas que ele fez."

No bate-bola entre Haddad e Luizianne, o ex-ministro da Educação ofereceu deixa para que Luizianne se dirigisse a Wagner. Ele citou o motim promovido em fevereiro por atores políticos com influência sobre as tropas da Polícia Militar do Ceará (PMCE), "em aliança com o Bolsonaro".

"E agora estão vendendo que eles, responsáveis por grande parte do problema, são a solução", seguiu o ex-candidato à Presidência. Na resposta, Luizianne seguiu outro percurso, falando no plano geral que a segurança pública é "tema demagógico" nos pleitos municipais.

Além da live com Haddad, ela também comandou transmissão ao vivo no próprio Instagram, programação quase cotidiana de campanha. "Quem entra em desespero eleitoral, começa a atacar o adversário e isso é muito feio. Nunca fiz isso, porque se falo politicamente, nunca ataquei pessoalmente ninguém", disse naquele espaço.

Com tempo de televisão curto na comparação com os 4 minutos dos quais dispõe Sarto, atrás de Wagner com 1min30seg, ela tem reforçado a aliados políticos e militantes a necessidade de uma atuação massiva nas redes, como forma de compensar o 1min11seg para falar aos eleitores.

 

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