Senador eleito e ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT) integrará a equipe de transição que se dedica a construir as bases sobre as quais começará o terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que derrotou o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) no último dia 30. Potencial membro do primeiro escalão do novo governo, Camilo atuará na área de desenvolvimento regional. Também estão no grupo o governador reeleito do Pará, Helder Barbalho (MDB), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o senador Otto Alencar (PSD-BA), além da socióloga Tânia Barcelar e da economista Esther Bermerguy de Albuquerque.
Seja com o nome de Desenvolvimento Regional ou Integração Nacional, a pasta é tradicionalmente ocupada por políticos ligados ao Nordeste, como Ciro Gomes (2003-2006) e Geddel Vieira Lima (2007-2010). Do Pará, no Norte, Hélder Barbalho já foi ministro da Integração Nacional de 2016 a 2018.
Quando a aliança cearense entre PT e PDT estava na iminência de se partir, Ciro Gomes (PDT) afirmou que Lula ofereceu a Camilo "um carguinho de ministro" em troca de apoio no Ceará. Camilo não só apoiou Lula como lançou o governador eleito Elmano de Freitas contra Roberto Cláudio (PDT), candidato de Ciro. O PT defendia que Izolda Cela fosse candidata à reeleição e afirmava que era a condição para que a aliança se mantivesse.
Elmano comentou a presença do aliado na equipe: "A indicação de Camilo Santana para a equipe de transição federal, assim como dos demais cearenses já anunciados, me traz alegria e confiança. Tenho certeza de que todos, por suas trajetórias e experiências, darão excelentes contribuições na construção do futuro governo Lula."
José Pimentel, ex-senador, ex-deputado federal e ex-ministro da Previdência Social (2008-2010), é outro político do Ceará, embora nascido no Piauí, a compor o esquadrão que auxilia Lula. Ele foi nomeado para integrar a equipe de transição do presidente eleito. Pimentel foi relator da reforma da Previdência do governo Lula, aprovada em 2003.
A aprovação do texto foi alvo de críticas do funcionalismo público e causou divsão no PT. A partir da expulsão de parlamentares petistas que votaram contra a medida, foi criado o Partido Socialismo e Liberdade (Psol).
O nome de Pimentel apareceu em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU), referente à última segunda-feira, 14, e assinada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), que coordena os trabalhos. "Cargo Especial de Transição Governamental - CETG, nível IV", sem especificação sobre área em que atuará.