Tasso Jereissati (PSDB) é um empresário que se fez político. Apesar dessa origem, ele teve dois momentos em que recebeu dos adversários a pecha de comunista. Isso ocorreu na primeira eleição que disputou e, agora, em 2022.
"A primeira e a última. A primeira vez que eu fui (candidato) me chamavam de comunista. Agora de novo (risos), duas vezes que eu sou chamado de comunista".
Em 1986, Tasso concorria contra os antigos coronéis e pelo PMDB, que havia sido a frente de oposição à ditadura militar. E tinha o apoio do PCdoB, à época ainda não regularizado como partido autônomo e ainda sob o guarda-chuva do PMDB, pelo qual Tasso se elegeu naquele ano.
E, na última eleição, foi assim chamado inclusive entre outros empresários, por ter feito campanha a favor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente e contra Jair Bolsonaro (PL).
Sobre o meio empresarial, aliás, ele recorda que, quando teve início o movimento no Centro Industrial do Ceará (CIC), na década de 1970, não era algo apoiado em peso pelo segmento.
"Nós não tínhamos o apoio dos empresários de uma maneira geral. Nós tínhamos um grupo de empresários que nos apoiava e nós éramos um grupo de empresários jovens, bem claro e não tão disseminado".