A nove dias do 1º turno das eleições 2020, terceira rodada das pesquisas O POVO/Datafolha para a Prefeitura de Fortaleza aponta empate técnico entre Capitão Wagner (Pros) e José Sarto (PDT) na briga pela primeira colocação da disputa. Segundo o levantamento, se a eleição fosse hoje, os dois estariam com vaga garantida no segundo turno da eleição.
Em comparação com a última pesquisa do instituto, de 28 de outubro, Capitão Wagner oscilou dois pontos para baixo e aparece com 29% das intenções de voto. Já José Sarto cresceu quatro pontos percentuais, indo para 26%. Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos, os dois estão tecnicamente empatados.
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Luizianne Lins (PT), que havia caído na última pesquisa, teve oscilação negativa e foi a 18%, ficando mais distante da briga por uma vaga no segundo turno. Na sequência aparecem os candidatos Heitor Férrer (Solidariedade), com 6%, Célio Studart (PV), 4%, Renato Roseno (Psol), 3%, Heitor Freire (PSL), 2%, e Paula Colares (UP), 1%.
José Loureto (PCO), Anízio Melo (PCdoB) e Samuel Braga (Patriota) não pontuaram. Brancos e nulos são 8% e indecisos são 3%. O levantamento foi realizado entre a última quarta-feira, 4, e ontem, 5. O resultado já leva em consideração, portanto, recente acirramento provocado na campanha após deflagração da Polícia Federal mirando a Prefeitura de Fortaleza.
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Pela primeira vez, o Datafolha divulgou os números da disputa em votos válidos, que exclui brancos, nulos e indecisos. Esta é a forma oficial como a Justiça Eleitoral irá computar e divulgar o resultado da eleição. Neste resultado, Capitão Wagner lidera numericamente com 32%, seguido de Sarto com 29%, Luizianne com 20%, Heitor Férrer com 7%, Célio Studart com 5%, Renato Roseno com 3%, Heitor Freire com 2% e Paula Colares com 1%.
Outra boa notícia para o PDT são os resultados da taxa de rejeição, quando o entrevistado é perguntado sobre quais candidatos não votaria "de jeito nenhum". Neste levantamento, Luizianne oscilou três pontos para cima, indo de 42% para 45%. Wagner aparece logo atrás no índice, tendo crescido quatro pontos e passado de 34% para 38% na rejeição.
Sarto, por sua vez, oscilou dois pontos para cima e passou de 20% para 22%. Aparecem atrás dele no índice Heitor Férrer, com 14%, Heitor Freire, 14%, Renato Roseno, 12%, Anízio Melo, 11%, Célio Studart, 10%, Paula Colares, 10%, José Loureto, 9%, e Samuel Braga, 9%. 3% disseram ainda rejeitar todos os candidatos e 1% disseram não rejeitar ninguém.
Na pesquisa espontânea, quando não é apresentada ao eleitor a relação dos candidatos na disputa, Capitão Wagner e José Sarto aparecem com o mesmo índice de 19%. Logo depois aparece Luizianne, com 14%. Esta modalidade de consulta costuma revelar voto mais consolidado que cada candidatura dispõe.
O Datafolha entrevistou 868 eleitores com 16 anos ou mais em todas as regiões de Fortaleza. A margem de erro máxima prevista é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número CE-05742/2020.
Wagner e Sarto comemoram resultados
Os candidatos Capitão Wagner (Pros), José Sarto (PDT) e Luizianne Lins (PT) reagiram de diferentes modos à pesquisa O POVO/Datafolha divulgada ontem.
Na dianteira, os nomes de Pros e PDT comemoraram o resultado, também aproveitando para trocar críticas.
Sarto disse que os 26% totalizados são resultado da conversa com a população, que demonstra cada vez mais confiança na parceria entre PDT e o governador Camilo Santana (PT).
"Fortaleza não pode parar, não pode andar para trás", disse em referência a Luizianne. "Nem dar um salto no escuro, na incerteza", completou, dirigindo-se a Wagner.
Wagner que comemorou a vantagem numérica, apesar dos ataques da campanha de Sarto. "Conclamamos nossos apoiadores a trabalharmos ainda mais, com mais força, até o dia 15, quando começaremos a ter uma Fortaleza livre."
Oito pontos atrás de Sarto, Luizianne afirmou que nunca se debateu com resultados de pesquisas. Para ela, o momento é de conversar com as pessoas e "desmascarar mentiras" da campanha do PDT. "No mais, é esperar e botar fé no povo."