A técnica de enfermagem Maria Rosimeiry Menezes do Amaral, de 50 anos, 25 na profissão, foi a primeira de cinco trabalhadores do Instituto Doutor José Frota (IJF) a serem vacinados ontem, no primeiro de imunização contra a Covid-19 no Ceará.

Ela relembra o início da pandemia: "Eu cheguei para dar meu plantão, mas nesse dia eu me deparei com a situação anormal; foi chegar e dizer 'entra, que a realidade é outra hoje'". Agora, quase um ano depois, ela relata esperança. Rosimeiry sente ter renascido ao receber a primeira dose da vacina e afirma que "até o último [indivíduo a se vacinar] vai se emocionar".

Em seguida, foram vacinados Ana Beatriz Batista e Silva, 26, enfermeira; Cesário Rui Callou Filho, 36, fisioterapeuta; Francisco Edvaldo Correia Gomes, 27, zelador; e Marza de Sousa Zaranza, 34, médica intensivista.

"É um momento de muita felicidade participar dessa oportunidade, porque começa a passar um filme na nossa cabeça", conta Ana Beatriz. Ao recordar as dificuldades e as perdas em decorrência da Covid-19, a enfermeira conta que "às vezes é até difícil acreditar (que) isso tá acabando, porque, por mais que não acabe agora, é um marco na forma como a doença vai ser conduzida daqui para frente".

Já Cesario não hesita em afirmar sua felicidade em ser um fisioterapeuta representando a vacinação contra Covid-19, considerada por ele um momento "histórico". Ele ressalta a importância da fisioterapia nos cuidados com pacientes infectados. "Nós tínhamos uma árdua tarefa de estarmos no processo de monitorização, identificando a medida mais correta para deixar o paciente o mais confortável possível", conclui.