Listas são exercícios falhos de partida, uma vez que dependem dos pontos-cegos de quem as constrói e sugerem uma espécie de “gradação qualitativa” das obras elencadas. Na consciência das limitações do exercício, porém, sigo optando por compartilhar — pela quarta vez seguida — um recorte pessoal do que gosto de chamar de “meus filmes” do ano anterior: uma seleção subjetiva, afetiva, emocional e muito própria de obras vistas em 2021 que me atravessaram de maneira acentuada. Há filmes vistos em festivais, outros que ainda devem estrear em circuito e alguns já acessíveis em plataformas de streaming e salas de cinema. Seja pelo viés do registro, seja como sugestão, o compartilhamento destas dez obras é uma forma, também, de compartilhar sentimentos, ideias e discursos que entendo relevantes não só para o cinema, mas para encarar os meses que em breve se desenrolarão: acreditando no afeto, no revide, no cuidado e na liberdade de ser e estar.

1. Roda do Destino, de Ryusuke Hamaguchi

2. Ataque dos Cães, de Jane Campion

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3. Matrix Resurrections, de Lana Wachowski

4. First Cow - A Primeira Vaca da América, de Kelly Reichardt

5. Nunca Raramente Às Vezes Sempre, de Eliza Hittman

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6. Maligno, de James Wan

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7. Bergman Island, de Mia Hansen-Løve

8. Duas Tias Loucas de Férias, de Josh Greenbaum

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9. Meu Pai, de Florian Zeller

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10. Subterrânea, de Pedro Urano

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