Na disputa para ocupar uma das 43 cadeiras da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), onde diversos candidatos e candidatas a vereadores e vereadoras percorreram uma campanha de quase três meses, Adriana Gerônimo Vieira Silva, Louise Anne de Santana e Lila M. Salu, conseguiram um feito inédito. No último domingo, 15, após conseguirem 9.824 votos, as três foram eleitas para ocupar uma vaga no Legislativo Municipal após a eleição da candidatura coletiva “Nossa Cara” (Psol), primeira da modalidade a ser eleita em todo o Ceará.
O salário e os benefícios serão centralizados em uma pessoa só, a que registrou a candidatura. No caso Adriana Gerônimo, que receberá como vereadora. Enquanto isso, Lila e Louise serão pagas como assessoras. As decisões do mandato, contudo, serão pautadas e discutidas em conjunto. As integrantes garantem que, entre elas, tudo será horizontal, com o exercício igualitário do cargo, ou seja, todas tendo os mesmos deveres.
Hoje, as três compartilham juntas os anseios para o futuro mandato com a vontade de governar na busca por projetos políticos alternativos que incluam grupos sociais considerados hoje "extintos da política”, como negros e negras das periferias e LGBTQI+. No entanto, antes mesmo de se conhecerem e solidificarem um só projeto político na busca por mais igualdade, Adriana, Lila e Louise vivenciaram histórias bastante particulares carregadas de anseios, perdas e desafios para quem vive nas periferias e áreas distantes das zonas nobres de Fortaleza.
Hoje com 32 anos de idade, Lila M. Salu nasceu no Beco da Galinha, na Verdes Mares, no Papicu, e hoje mora no conjunto Jardim União. Começou a conhecer os movimentos sociais desde cedo, ainda em 2005, quando começava sua trajetória nas artes. A partir do Projeto Enxame, iniciativa que realizava oficinas de teatro, hip hop, rap, grafite e de Literatura em Fortaleza, ela começou a praticar música e hoje atua como rapper, sendo também compositora e cantora. “Comecei bem adolescente mesmo, entre 14 e 15 anos, e fui conhecendo a galera da Superação, que é uma ONG antiga formada por jovens que militava com as questões LGBTQI+ e comecei a participar das atividades da parada da diversidade sexual”, conta.
Na mesma época, Lila também atuou como educadora social, trabalhando na Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci), vinculada à época a Secretaria dos Direitos Humanos e no Movimento de Saúde Mental e Comunitária do Bom Jardim. Foi neste espaço que ela também compartilhou com outras crianças e adolescentes a aptidão ao rap, estilo de música integrante do movimento hip hop. A experiência também a proporcionou o primeiro contato com as causas sociais. “Sempre tive envolvimento com a política. Na época que trabalhei na Funci foi justamente na gestão da Luizianne Lins que foi onde aconteceram as construções coletivas do plano diretor e muita movimentação política, então já tenho atuação nessa área enquanto sociedade civil”, afirma.
A partir do contato mais íntimo com as comunidades das periferias, não demorou para, logo depois, surgir o interesse pelas lutas sociais, principalmente pela militância negra e feminista. Foi durante um episódio de racismo ainda na época em que atuava como socioeducadora que ela conta ter nascido o interesse pela militância.
Ela conta que na época trabalhou com jovens que integram o sistema socioeducativo, tanto com a liberdade assistida como com a prestação de serviços à comunidade. Foi nesse período que ocorreu uma cena nunca esquecida por Lila.
"Uma mulher que na época era pedagoga foi fazer a acolhida com os adolescentes numa sala de vários adolescentes negros e só um branco. Ela falou com todo mundo e quando chegou no branco disse assim: 'vixe, tu nem parece que é bandido né?' Então a gente cresce nessa ideia. Eu no mesmo momento fiquei olhando para a juventude preta e fiquei imaginando que eles confirmaram o que é dito todo o tempo”
No decorrer dos anos, Lila passou a integrar o Coletivo de Jovens Feministas, porta de entrada para o Fórum Cearense de Mulheres e para Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB). Atualmente estudante de Bacharelado em Humanidades na Universidade de Lusofonia Afro Brasileira (Unilab), ela reforça que sua luta se resume na luta por mais oportunidades e igualdade para jovens negros das periferias.
“O que a gente vê, o que leva a juventude da periferia muitas vezes para o caminho da criminalidade é falta de oportunidade. Eu acho que a gente tem que parar de achar que a periferia se contenta com qualquer coisa. É a gente tirar isso da nossa juventude, fazer elas acreditarem que qualquer coisa é possível e a gente não precisa seguir o que foi dito, porque eu cresci ouvindo isso, 'vixe isso aí vai ser bandida', 'essa aí vai dar pra ladrão', por conta do meu perfil”
Foi com a perspectiva de contribuir “para fortalecer não só o diálogo com o movimento social e com a comunidade”, mas para buscar melhores caminhos de ocupação da política pelas periferias que Lila conheceu a ‘Nossa Cara’. “No começo eu queria entrar só para fazer um jingle, cantar umas músicas, mandar uns paranauê com a galera e a história fez com que eu me juntasse, fizesse parte dessa campanha”. Ela lembra que a escolha por integrar o movimento foi uma decisão tomada “com muito carinho” e com a consciência de que não estaria sozinha.
“Eu nunca consigo me imaginar sozinha nos cantos. Segundo, seria um espaço que iria legitimar minha trajetória, inclusive não tendo a necessidade de estar filiada a um partido. Eu sou um movimento LGBTQI+, movimento negro, construo com a galera e quero construir dentro dessa mandata a partir desse meu lugar, assim como todas nós que fazemos parte de movimentos sociais”, afirma, mencionando as companheiras.
“O cenário político está cada vez mais ameaçador para a gente. Nunca foi tranquilo. A gente sempre disputou e sempre foi tenso pra gente, mesmo tendo uma gestão que chegue próximo ainda não é nós. Então eu ficava olhando assim e dizia 'mermão eu devia era me meter nessas parada aí'. Quando você vê aí uma par de galera que não tem nada a ver fazendo nada. Porque quando a gente olha a galera que se candidata, vai na quebrada, pega na mão da moçada, abraça, beija, e depois de quatro anos ninguém vê. Então essa galera aí ganhando de graça e eu construo há muito tempo, e não é sozinha”
Apesar de pertencer a um grupo parlamentar, a estudante e futura vereadora de Fortaleza considera que, individualmente, também precisa sempre se renovar. “É muito doido que a gente sempre tem que pensar nisso, o que a Lila pessoal e o que é a Lila coletiva e até onde essas coisas andam de mãos dadas”, avalia.
Sobre o assunto:
Mãe de duas filhas, uma de 4 e outra de 11 anos, Adriana Gerônimo mora na comunidade do Lagamar, no bairro Aerolândia. Assistente social formada, sendo a primeira pessoa da família a ingressar e concluir um curso de nível superior, ela começou sua atuação nas pastorais sociais da região e buscando, através da Igreja Católica, realidades diferentes das de “opressão das minorias sociais”, condição que avalia encontrar bastante hoje. Atualmente, ela integra o Grupo Jovens em Busca de Deus (JBD LAGAMAR)“
“Sou catequista, então sempre fui engajada na Igreja Católica, mas uma igreja pensada nas comunidades eclesiais de base, pensando uma sociedade que transformasse a realidade das pessoas oprimidas e que trazia os pobres para o centro da discussões políticas e no Cristo libertador e não opressor como a gente comumente vê”
Há 11 anos, além de sua filha, a maternidade de Adriana também deu à luz ao interesse pela luta por moradia. Ela começou a dedicar-se à implementação das Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis) em Fortaleza, condição na qual sua comunidade está inserida. “É uma comunidade que deve ser protegida da especulação imobiliária, que deve garantir a proteção dos despejos”, considera. Ela se tornou co-fundadora da FavelAfro, cooperativa de mulheres periféricas do Lagamar, promovendo ações de empoderamento feminino e autonomia financeira na economia local. Atualmente também integra a Frente de Luta por Moradia Digna e o Campo Popular do Plano Diretor de Fortaleza.
Também foi após outra gestação, em 2016, que começou outra militância, agora pela conquista de creches na Capital. Ao fim, após trajetória de um ano até matricular a filha em uma creche, Adriana conseguiu, com a ajuda de outras mulheres da comunidade, reformas na unidade de Educação Infantil do bairro.
“Eu passei um ano na fila da creche, não consegui vaga e precisei recorrer ao Cedeca para conseguir a vaga e depois de dois meses a vaga foi liberada. Isso é um retrato muito real das mulheres negras de Fortaleza. São mais de sete mil mães sem creches para os seus filhos e isso revela um outro retrato, de mulheres, por exemplo, que vivem em condições super precárias, de relacionamentos abusivos, porque vivem à dependência financeira dos seus companheiros porque não tem uma creche para deixar os seus filhos e ter a segurança de conseguir seus empregos”
Além de uma multiplicidade de demandas, a assistente social também participa Fórum Popular de Segurança Pública do Ceará, espaço onde defende “uma segurança pública popular que gere oportunidades”, desmilitarizada e que abandone “o genocídio da juventude negra e periférica”. “Eu venho de uma comunidade que, há dois anos, uma mulher foi chicoteada pela polícia, então a gente vive a cada ano que passa um processo de mais violência sobre nossos corpos e os corpos que a Nossa Cara representa, que é o corpo da mulher negra e periférica” conta.
Para Adriana, o "Nossa Cara" representa um “momento histórico” para a conquista de direitos das mulheres negras e para a construção de “uma alternativa política, econômica, social, humanizada para a cidade de Fortaleza”. “A Nossa Cara é a junção de pessoas muito maravilhosas. As pessoas que disponibilizaram sua vida e trajetória para integrar essa construção são incríveis e eu me sinto muito honrada de estar nesse processo, construindo com mais duas mulheres negras e super potentes, essa possibilidade de ocupação da política por nós, a maioria social do povo. E eu acredito que a minha trajetória e a minha militância tem muito a somar como tem a da Louise e da Lila, porque a gente pensa outra cidade”, completa.
“A gente está aqui para fazer um trabalho muito massa e honrar cada voto que a gente recebeu e que foi um voto do nosso próprio povo. A gente acha que não é em vão essa expressividade de votos que a gente teve. Pela primeira vez na história de Fortaleza uma cadeira da Câmara vai ser ocupada e compartilhada por três mulheres que representam de fato a periferia da cidade e isso é um movimento muito revolucionário. A partir de agora, outras mulheres e outros periféricos também vão fazer esse movimento e agora não tem mais nenhum passo atrás. A gente tá escrevendo uma nova história que não vai mais retroceder”
A força, resiliência e resistência da candidatura, segundo a nova parlamentar da CMFor, é mais um fruto, dentre os vários eleitos nestas eleições municipais pelo Brasil, plantados pela ex-parlamentar carioca Marielle Franco, assassinada em 2018, no bairro do Estácio, na Região Central, quando voltava de um evento na Lapa.
“Nós estamos aqui também para honrar o legado de Marielle e tantas outras mulheres que estão eleitas. Marielle é um horizonte para nós e queremos muito honrar o nome dela e mostrar que os sonhos não podem ser assassinados. Um corpo nosso tombou, mas as suas ideias, seus sonhos, suas perspectivas e seus ideias continuam vivas em cada uma de nós”
Louise Anne de Santana, 30 anos, é professora municipal substituta na Escola José Carlos Matos, na Granja Portugal, e estudante do curso de Direito na Universidade Federal do Ceará (UFC). Cristã, é na família que ela tem suas grandes inspirações pela luta nas causas sociais. “Minha família paterna é circense, então a minha bisavó é uma das primeiras a entrar com um circo aqui no Ceará. Minha vó não está mais aqui, mas é minha grande inspiração para a militância” afirma.
Ela faz questão de se igualar às outras mulheres da periferia, destacando as trajetórias semelhantes que perpassam por corpos femininos que sofrem com os problemas sociais e lutam por melhores oportunidades de vida.
“Sou estudante e trabalhadora e acho que a maioria de nós somos isso, mulheres que moram na periferia e que sonham com outra realidade. Somos essas pessoas que atravessamos a cidade todos os dias para consumir essas trajetórias que muitas vezes a gente não tem muita opção de escolher. A gente não pode escolher muito qual nosso futuro e o que a gente vai viver e sonhar, mas eu tive essa oportunidade de poder sonhar e de querer estar nos lugares”
Viver a realidade do loteamento Santa Terezinha, no Novo Mondubim, bairro onde cresceu, foi o grande motivo para que Louise escolhesse pela militância desde muito cedo. “Viver a realidade com meus pais de chegar numa casinha pequenininha que todos os anos alagava porque nossa casa era de alvenaria e em cima e geralmente entrava água, de ver uma comunidade crescendo e se organizando a partir da associação do bairro para ter direito a ter um asfalto, calçamento e posto de saúde funcionando. Essas coisas sempre foram me organizando desde sempre”, considera.
Apesar de se considerar uma mulher cristã, a professora lembra e questiona o comportamento violento que afirma ter vivido ao frequentar grande parte das igrejas evangélicas, principalmente, por também ser parte do grupo de mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Travestis (LBT). “Quando você chega lá são várias violências, várias pessoas falando sobre sua fé, mas eu sou do tempo que a igreja se organizava para as pessoas não morrerem de fome, para as pessoas conseguirem se ajudar, para que as crianças tivessem um lugar para ir, aprender sobre comunhão, sobre sociedade e sobre comunidade”, critica.
“Então eu acho que é isso minha militância. É uma travessa por essa relação de fé e de querer um outro mundo, de reivindicar as palavras de Cristo, de sermos luz, de iluminar esses tempos tão sombrios e dar gosto para a vida. Eu acho que ser feliz é poder amar as pessoas, poder ter liberdade de exercer esse amor. Meio que tudo isso me organiza de alguma forma”
Um dos pontos de virada para o início da vida política foi aos 14 anos, quando participou de um protesto contra o corte das carteirinhas de estudantes, ainda na gestão de Juraci Magalhães. .
“Eu lembro que nessas manifestações a gente levou carreira da polícia e eu cheguei em casa com o braço ensanguentado. Quando eu chego em casa minha mãe me disse que não ia tomar banho, mas que ia até minha vó. Chegando lá ela disse: 'olha aqui o que você fez com minha filha, olha o que ela se transformou'”. Eu sempre fui essa pessoa que queria estar no meio das coisas, queria me movimentar, participar das coisas. Por que não nós? Por que a gente não pode estar num partido? Por que a gente não pode construir a política? Por que nossa vida tem que ser só morrer de trabalhar e estudar para dar conta desse tempo que impõe tanta coisa para nós?”
Filiada ao Psol desde 2012, a futura vereadora de Fortaleza passou dois processos de candidatura, uma em 2016 e outra em 2018, e não pretendia disputar cargo em 2020. “A gente sabe que as estruturas institucionais, por mais progressistas que sejam, elas têm limitações de entender como as pessoas são, onde eles devem estar e de oportunizar isso para elas também. Então as meninas chegam com esse convite”, disse, sobre o momento em que foi convidada para a ‘Nossa Cara’.
O encontro com Lila M. foi em 2018, em evento do dia 8 de março. Já com Adriana o primeiro contato foi bem antes, em 2012, durante a luta para evitar a remoção de famílias devido uma obra para a Copa do Mundo de 2014. A partir daí, ainda que distantes, ambos os caminhos e histórias foram se cruzando com o tempo.
“A gente foi construindo o processo. Tivemos uma formação inicial que, por outras questões, outras companheiras precisaram sair e chegamos até nós três. O Nossa Cara para mim é um projeto extremamente revolucionário e profundo e eu digo isso porque é nosso. Eu tinha vivido outras experiências de candidatura, mas muito diferentes. Foi um projeto coletivo em que a gente se cuidou, se protegeu, se importou uma com as outras, em que quando a gente não concordava com alguma questão, a gente trazia para discutir. Então o 'Nossa Cara' foi isso, um projeto de ocupação, mas também de transformação, desde o partido como um todo”
Em Fortaleza, as integrantes da ‘Nossa Cara’ prometem exercer o mandato de ‘forma horizontal’, compartilhando as atribuições. Para Adriana Gerônimo, o grupo pretende tornar a tribuna mais próxima da população.
Para Louise Anne de Santana, além de “defender ideologia A ou B”, o mandato entra para a CMFor com “um projeto político muito definido” no sentido de ampliar o acesso à cultura, à educação e o direito à cidade para mulheres, pessoas negras e LGBTs, dentre outros.
Também prestes a exercer como co-assessora parlamentar, Lila M. Salu acredita que o coletivo deve pautar políticas públicas voltadas para o desenvolvimento da cultura, para a melhoria da segurança pública nas periferias e uma maior inclusão social.
Em 2021, já é recorde o número de mandatos coletivos que atuarão nas câmaras municipais. Em 2012, apenas três foram eleitas, total que aumentou para 13 no ano de 2016. Nessas eleições, foram 257, sendo os partidos de esquerda os que mais tiveram candidaturas coletivas.
Olhando por estado, 21 Unidades da Federação tiveram registros dessas candidaturas. São Paulo foi o campeão (103), seguido de Pernambuco (29), Rio de Janeiro (16), Roraima (15), Pará (14) e Minas Gerais (13). O levantamento é do Centro de Política e Economia do Setor Público (Cepesp) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Segundo a cientista política e professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Monalisa Soares, o crescimento da modalidade deve-se a uma renovação, principalmente, provocada por partidos de esquerda. “Isso tem a ver com a forma como os grupos de esquerda passaram a se organizar fora do ambiente institucional, ou seja, a andar em coletivos e em movimentos. A gente viu muitas candidaturas deste perfil. Aqui e em outros lugares esse movimento vem se organizando como uma tendência de renovação”, avalia.
Presentes desde a década de 1990 na política brasileira, apenas agora as candidaturas coletivas iniciaram seu processo de solidificação. Para a professora e integrante do Laboratório de Estudos de Política, Eleições e Mídias (Lepem-UFC), a expansão dos coletivos em todo Brasil é resultado de uma transformação social.
“Nos últimos anos, os grupos sociais estão se construindo como coletivos e com pautas coletivas, seja por meio ambiente, pessoas com deficiência, feministas e negritudes. Esses grupos e essa forma de agir politicamente sem a vinculação institucional vêm se fortalecendo”, diz.
Com projeção de aumento das candidaturas para 2022, a especialista avalia a necessidade de votação urgente da PEC criada em 2017, que propõe a regulamentação do mandato coletivo. A proposta ainda tramita na Câmara dos Deputados, aguardando a análise da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania).
“Nós temos algumas inseguranças jurídicas que acabam deixando vulneráveis esses tipos de mandatos. Até para garantir que os movimentos orgânicos consigam existir e não sejam questionados e não precisem passar pelos questionamentos da Justiça Eleitoral”, afirma.