Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico
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Infraestrutura foi o assunto de reunião entre os líderes empresariais cearenses e o secretário estadual Fabrízio Gomes (Fazenda) na última semana. Na pauta, destacaram os integrantes do Grupo Lide a esta coluna, a necessidade de equiparar as condições de operação de players logísticos instalados no Ceará aos demais do País.
A principal preocupação do setor produtivo cearense é estar apto a disputar as oportunidades de negócios que surgem com o início da operação comissionada da Transnordestina.
O Grupo Cordeiro, revelou o sócio Alfredo Cordeiro, mira a operação de algodão a partir da chegada da ferrovia ao Pecém. "O Porto do Pecém não exporta nada de algodão e há uma área produtora muito forte entre Piauí e Maranhão. Se a gente conseguisse 30% dessa exportação, seriam R$ 300 milhões injetados na economia do Estado", citou sobre uma negociação em curso.
Mas para fazer isso se concretizar, Alfredo e os demais componentes do Lide defendem uma equiparação tributária com demais estados, na qual o Ceará reduza o ICMS para a importação de maquinário específico para a operação dessas cargas. Hoje, a Cordeiro traz máquinas da Alemanha e da China por portos do Norte, do Sudeste ou mesmo do Nordeste porque, mesmo com o custo de transporte, o custo sai menor.
Emília Buarque, presidente do Lide Ceará, ressalta que estas tratativas com a Sefaz buscam otimizar o desempenho das empresas e do Estado e miram a logística "como um case entre Lide e governo do Estado do Ceará, especificamente, Secretaria da Fazenda.". Ao classificar a recepção de Fabrízio como positiva, ela disse que as devolutivas são esperadas em janeiro de 2026.
Pioneiro na indústria leiteira cearense e fundador da Betânia Lácteos, Luiz Girão abriu a 1ª edição da Expoagro Vale do Jaguaribe na semana passada e respondeu algumas provocações a pedido desta coluna.
Produzir leite ainda é um bom negócio no Ceará?
Tudo no mundo é um bom negócio. Depende de quem o faz. O que está acontecendo com o leite é uma seleção natural. É a produtividade chegando e às vezes expulsa as pessoas de boa fé que não se reciclam. A reciclagem é obrigatória nos negócios. Com a chegada da internet, dessa rapidez, quanto mais rápido você se recicla, você continua vivo. E é bom negócio, sim. Eu mesmo estou fazendo o quarto galpão. O negócio de leite está numa ebulição danada, mas tem uma centena de produtores que estão perdendo dinheiro. Não acompanharam. Por culpa deles? Não, mas porque o produtor está desinformado.
Como encara as críticas de falta de concorrência no Ceará?
Aqui tem concorrência demais. Tem 1170 queijeiras. No Rio Grande do Norte, na Paraíba, não tem nem metade disso. No Ceará, há quatro grandes empresas que trabalham com mais de 50 mil litros. O problema é que a Betânia foi por muito tempo o monopólio, restou a história. O que fica é a história. Muita gente não pensa que só quem vende gasolina e petróleo é a Petrobras? Só porque um dia foi monopólio. A Betânia é mínima hoje. Não tem mais nem 40% do leite do Estado.
Qual a projeção que o senhor faz para a Betânia, olhando agora de fora do comando da empresa?
Vou falar como produtor: eu sinto que a Betânia precisa dar um pouco mais de apoio àquele produtor que está se tecnificando, fazendo leite de melhor qualidade, buscando maior condições para os animais, dando mais garantia de qualidade ao bem-estar animal, investindo em genética para que ele continue. Porque esse produtor gasta mais e precisa vender o leite mais bem vendido.
O Bruno Girão, seu filho e CEO da Alvoar, fala muito de crescer a partir de novas aquisições. O que o senhor acha dessa estratégia?
É o que todo mundo está fazendo no mundo. Ou fica grande ou os outros comem. Come mesmo. O Mundo é capitalista e é muito acumulador. Se olhar hoje quantas empresas tinha de telefonia, de hotel e quanto hoje tem... Se é bom ou ruim, eu não sou capaz de julgar, mas o sistema capitalista é cruel com quem não faz bem-feito. O outro vem do lado e, como o tucunaré, como os peixes pequenos todos.
O Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, recebeu o investimento de R$ 2 milhões feito pelo Grupo Turari na nova unidade da pizzaria DOC Pizza Artigianale & Cucina. Extensão da DOC Tratoria & Wine Bar, o negócio tem como sócios Luca Lunghi e Lissandro Turatti e é a primeira expansão fora de Fortaleza.
A Livraria Leitura investiu duplamente na praça de Fortaleza. Depois da inauguração da unidade do Shopping Parangaba, a rede prepara a unidade do North Shopping Fortaleza para o próximo dia 12 de dezembro. Será a 6ª loja na cidade e a 132ª no País.
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