Fortaleza adere ao enfrentamento da crise climática
Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO
No ínicio de abril, a Prefeitura de Fortaleza assinará o acordo que oficializará a entrada da Capital na rede global C40 Cities, organização que reúne mais de 100 cidades do mundo para o enfrentamento à crise climática.
A união entre os municípios visa uma abordagem inclusiva e colaborativa, baseada em evidências, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2030, a fim de limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5ºC, conforme orienta o Acordo de Paris.
A iniciatiova irá trabaçhar com diversas áreas da gestão sob a liderança do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor). Para a adesão, são avaliados o avanço do município quanto às ações implementadas e aos acordos climáticos firmados, além da governança climática da cidade.
Tanto a Iplanfor como a Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) já conduzem iniciativas com foco na justiça climática desde 2021, quando Fortaleza aderiu ao Fórum de Ações Climáticas Inclusivas (ICA) da C40.
Receberam destaque projetos e ações da Prefeitura de Fortaleza nos setores de mobilidade ativa, energias renováveis, qualidade do ar e gestão de resíduos sólidos.
O diretor regional da C40 para a América Latina, Ilan Cuperstein, que virá para a assinatura, diz ter certeza que Fortaleza, com sua representatividade, como hoje a maior cidade do nordeste brasileiro, que vem crescendo de forma integrada à agenda climática, pensando em adaptação em zonas vulneráveis, em ações contra grandes impactos climáticos, como enchentes, inundações urbanas e avanço do nível do mar, é uma liderança importante em mobilidade ativa, energias renováveis, áreas verdes e soluções baseadas na natureza.
Desafios e cases
De acordo com Dalila Menezes, que assumirá a Assessoria de Planejamento Climático do Iplanfor, é urgente o enfrentamento à crise climática. Segundo a engenheira ambiental, deve haver um planejamento estratégico robusto, baseado em dados científicos e focado na adaptação de Fortaleza a eventos extremos.
“O desafio que temos pela frente é enorme, portanto, é crucial que o Iplanfor articule o trabalho em cooperação com as demais secretarias municipais, além de buscar ativamente parcerias internacionais que nos apoiem nessa missão”, afirmou.
Políticas públicas como o Re-Ciclo (plataforma gratuita de coleta de recicláveis), os microparques em áreas mais sensíveis da cidade, a implementação de equipamentos para monitorar a qualidade do ar.
E o projeto Caminhos Verdes e Azuissão exemplos do compromisso da gestão com o desenvolvimento urbano sustentável, a redução de desigualdades e a promoção de justiça climática.
A adesão à campanha global “Race to Zero”, para zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050; ao programa “Cidades Resilientes 2023” e ao “Pacto de Prefeitos pelo Clima e Energia” também são algumas iniciativas de destaque, além dos acordos de cooperação com o ONU-Habitat.
Outras cidades brasileiras
Além da capital cearense, outras quatro cidades brasileiras integram a rede mundial: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR) e Salvador (BA). Todos os municípios são avaliados periodicamente conforme os padrões de liderança da C40.
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