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Olhares da e para as periferias
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Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO

Olhares da e para as periferias

Na última semana foi lançada a websérie Olhares da Periferia, composta por sete episódios que narram os desafios das periferias e favelas do Brasil, a partir das vivências de Fortaleza, no Ceará
Tipo Notícia
ANAGELIA Ferreira resignifica tecidos e está na série (Foto: Divulgação Websérie Olhares da Periferia)
Foto: Divulgação Websérie Olhares da Periferia ANAGELIA Ferreira resignifica tecidos e está na série

Atualmente, 50% dos moradores de favela empreendem, o que somam 5,2 milhões de empreendedores, segundo a última pesquisa do Data Favela. Essa população não é invisível, faz parte da sociedade e precisa cada vez mais mostrar a sua potência.

Eles movimentam mais de R$ 200 bilhões em renda própria por ano. E para disseminar um pouco dessa realidade o negócio de impacto cearense, Social Brasilis, e a Coalizão pelo Impacto lançaram a websérie Olhares da Periferia.

Em cada episódio um empreendedor social periférico narra os desafios do seu contexto e aponta qual a ideia de intervenção que está sendo construída ele para gerar impacto positivo para aquela problemática.

Além disso, o doc busca inspirar ações e novas soluções para sanar problemáticas das periferias, quebradas e favelas de todo o Brasil via novos modelos de negócios sociais ou de impacto socioambiental protagonizados por pessoas da base.

Manu Oliveira, fundadora da social Brasilis, conta que este é um produto da incubação Social Lab, Formando Inovadores sociais. "Desenvolvemos 11 ideias de negócios de impacto socioambiental de empreendedores das periferias e favelas de Fortaleza, indo da ideia a validação do modelo de negócio", disse.

+ Favelas

Essa semana será lançada a maquininha A Patroa que será utilizada por empreendedores em comunidades brasileiras. A ideia é oferecer uma maquininha sem custo para os estabelecimentos e com taxas mais atrativas do que as utilizadas por outras empresas.

E, ainda, uma porcentagem dos recursos obtidos com as operações será destinada a um fundo para ações na comunidade em que a transação for realizada. A maquininha terá funções básicas como as outras máquinas do mercado, possibilitando operações com crédito, débito, vouchers alimentação e Pix. A iniciativa é do G10 Bank e da Dock.

A Solar Coca-Cola firmou Acordo de Cooperação para beneficiar o Programa Ceará Sem Fome com o poio a geração de oportunidades de emprego para os beneficiários e voluntários do programa, iniciando por Maracanaú. 

Em parceria com a SOS Periferia, que gerencia mais de 70 Cozinhas Comunitárias envolvidas no Pacto, irá fornecer cursos voltados para empreendedorismo, panificação e confeitaria. O objetivo é qualificar pessoas para que possam futuramente conseguir oportunidade de emprego em pontos de venda parceiros da Solar ou mesmo montar seu negócio.

A empresa também realiza um trabalho de doação de alimentos para o Pacto, desde que tornou-se signatária em julho de 2023.

Assinatura do Acordo de Cooperação para execução das ações de capacitação para beneficiários do Programa Ceara Sem Fome(Foto: George Braga? Divulgação Solar Coca Cola)
Foto: George Braga? Divulgação Solar Coca Cola Assinatura do Acordo de Cooperação para execução das ações de capacitação para beneficiários do Programa Ceara Sem Fome

O Instituto Nordeste Cidadania (Inec) conquistou este ano três selos da Certificadora Social. OSelo ONG Verificada, que atesta sua idoneidade e seu compromisso com a excelência na execução dos requisitos legais; o Selo Transparência, que é conferido pela divulgação das informações e prestação de contas das ações da instituição; e o Selo Doar, que destaca a excelência na gestão e na captação de recursos.

Impacto social

No último dia 13, aconteceu a primeira reunião de 2024 do Conselho da Coalizão pelo Impacto em Fortaleza que trabalha pelo fortalecimento e apoio ao ecossistema de negócios de impacto na cidade.

Coordenado localmente por Bia Fiuza, a iniciativa, que começou em 2022, oferece formações, conexões e recursos para organizações do ecossistema local, como aceleradoras, universidades, hubs de negócios e gestão pública, visando dinamizar a infraestrutura local para atender adequadamente os empreendedores de negócios de impacto.

Este ano, entre as novas adesões está a CDL Jovem Fortaleza, representada por Mayra Thé, vice-presidente da associação.

 

 

"Estamos lisonjeados com o convite e também pela oportunidade de colaborar para o fortalecimento do empreendedorismo de impacto em Fortaleza. É uma chance para a CDL Jovem Fortaleza reafirmar seu compromisso com a promoção de um ambiente colaborativo, seguro e diversificado para todos os envolvidos", afirma Mayra Thé.

Entre alguns dos resultados de 2023, em Fortaleza, estão a chamada pública de apoio a projetos com 28 inscritos, sendo dois projetos contemplados e 31 negócios entre incubados e acelerados; o lançamento do mapeamento de políticas públicas para negócios de impacto e workshop com lideranças da prefeitura.

E, também, apoio à implementação da Enimpacto Ceará; desenho de produtos de financiamento a negócios com agentes públicos locais e sensibilização de bancos locais; e implementação de uma plataforma de investimentos criada pela Somos Um, Tre e Yunus Negócios Sociais.

Filantropia

Com o tema “(re)Pensar o papel da filantropia e do Investimento Social Privado à luz do Censo Gife” a Rede de Investidores Sociais (RIS) Ceará, a qual a Fundação Demócrito Rocha está entre os participantes, realizou um encontro no Espaço O POVO com a presença de empresários e dinamizadores do setor de impacto social do Estado.

Na ocasião também foi apresentado e discutido o panorama da filantropia no Brasil por meio dos resultados do Censo Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas). Em 2022-2023, foi investido um valor total de R$ 4,8 bilhões entre as organizações, um aumento de 20% em relação ao número registrado na edição anterior. 

Evento aconteceu no espaço O POVO de Arte e Cultura(Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Evento aconteceu no espaço O POVO de Arte e Cultura

 

 

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