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Sustentabilidade, diversidade e ação
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Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO

Sustentabilidade, diversidade e ação

Muito tem se falado em questões ambientais, crises climáticas, ODS, relatórios de sustentabilidade. Mas o que torna uma empresa ligada realmente às questões ambientais, sociais e de governança (ESG)? Na verdade é um conjunto de boas práticas e metodologias, pautadas muitas vezes em índices internacionais, que faz com que uma empresa visa além do lucro
Tipo Notícia
COOPERATIVAS de Catadores de Materiais Recicláveis de Jericoacoara (Foto: Divulgação Recicleiros)
Foto: Divulgação Recicleiros COOPERATIVAS de Catadores de Materiais Recicláveis de Jericoacoara

Muito tem se falado em questões ambientais, crises climáticas, ODS, relatórios de sustentabilidade. Mas o que torna uma empresa ligada realmente às questões ambientais, sociais e de governança (ESG)? Na verdade é um conjunto de boas práticas e metodologias, pautadas muitas vezes em índices internacionais, que faz com que uma empresa visa além do lucro.

Organizando de forma gerenciada seus olhares para o socialmente consciente e sustentável. E é a governança, o G da silga, que faz a integração enter o E e o S. Sem isso, a empresa continuará fazendo ações isoladas, muita vezes pontual, que não estão de fato alinhada com o compromisso com o futuro sustentável e ético.

Sem a governança tudo não se passará de greenwashing e socialwashing, termos usados na área para as práticas enganosas que têm o intuito de dar a impressão de que as empresas estão comprometidas.

Resíduos em Jeri

Cerca de 130 toneladas de embalagens de vidro, o que equivale a cerca de 650 mil garrafas, foram retiradas da Vila Jericoacoara no início deste ano. Toda a operação, que durou aproximandamente 30 dias, contou com a colaboração da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Jericoacoara, Instituto Recicleiros e Owens-Illinois, com apoio do Grupo Heineken. Por dia, o local costuma gerar 2,5 toneladas de vidro. 

"O Vidro é um material permanente, inerte e infinitamente reciclável. A principal barreira para que continue sua jornada circular na cadeia é conseguir com que ele chegue em boas condições até nossas fábricas. Através da responsabilidade compartilhada e união de esforços entre diferentes atores, estamos comprometidos em buscar soluções para tornar possível e viável que o vidro consumido em destinos paradisíacos e com longas distâncias de fábricas não acabe seu ciclo de vida de forma precoce, e possa se tornar uma nova garrafa, diminuindo a necessidade de extração de matéria-prima virgem”, comenta Alexandre Macário, gerente de Economia Circular da Owens-Illinois.

Agora, os esforços estão voltados para o estabelecimento de uma solução para que o retorno desse material para a cadeia produtiva seja feito de maneira permanente e definitiva. A expectativa é que sejam realizados investimentos em infraestrutura e processos otimizados, além da garantia de compra do vidro para que seja transformado em novas embalagens e garanta assim a economia circular do material com impacto social.

Great Place to Work

O Instituto Atlântico integra a lista do Great Place to Work (GPTW) das melhores empresas para trabalhar do ponto de vista de diversidade, equidade e inclusão. 

Ele atingiu o 8º Lugar no Ranking Mulher, Médias Empresas e o 9º Lugar no Ranking LGBTI+, Médias Empresas. O ranking inclui sete listas que abrangem os seguintes aspectos: pessoas com deficiência, primeira infância, 50+, LGBTI+, étnico-racial, mulheres e, pela primeira vez, jovens talentos.

As pontuações são atingidas por meio das avaliações dos colaboradores e dos indicadores de diversidade e inclusão das empresas foram considerados para determinar. No total, 291 empresas fazem parte da lista de primeira infância, 210 na de pessoas com deficiência, 663 na de mulheres, 393 na de LGBTI+, 401 na de jovens talentos, 331 na étnico-racial, e 400 na de 50+.

Primeiro emprego

A Tijuca Alimentos fechou parceria com a Escola Estadual de Educação Profissional Mário Alencar, localizada no bairro da Messejana. O acordo oferece aos jovens a oportunidade de adquirir experiência profissional e colocar em prática seus conhecimentos em um ambiente real de trabalho.

Os participantes são treinados e acompanhados por profissionais experientes da empresa. O objetivo é a formação de analistas e programadores na área de TI. Hoje, a empresa possui no seu quadro 20 colaboradores que ingressaram na empresa por meio desse programa.

Afroempreendedorismo

A Diversidade.io, plataforma que emprega a tecnologia para conectar empresas interessadas em diversificar suas cadeias de fornecedores a empreendedores, desenvolveu para o 100+ Accelerator 2023, projeto da Ambev voltado para soluções sustentáveis e inovadoras, o maior banco de dados de afroempreendedorismo fora do continente africano, identificando 270 mil empreendedores negros.

Essa ferramenta incorpora a inteligência artificial para o reconhecimento racial, possibilitando a identificação dos empreendedores como pessoas pardas e pretas. A startup já homologou mais de 300 afroempreendedores, gerando uma receita de mais de R$2 milhões por meio de 27 negócios concretizados. 

Marcelo Arruda, fundador e CEO da Diversidade.io, conta que a motivação para a iniciativa surgiu de sua experiência pessoal. Publicitário de formação, atuou 30 anos no mundo corporativo como diretor de grandes instituições. Ao se tornar empreendedor, se deparou com um cenário no qual o afroempreendedorismo está na base da pirâmide.

Atualmente, a empresa está trilhando uma jornada de franco crescimento: em 2022, registrou um aumento de 686% no faturamento, alcançando a marca de meio milhão de reais. Já em 2023, continuou sua trajetória ascendente com um crescimento de 400%, atingindo uma receita de R$1,8 milhão.

“Quando eu decidi empreender, abri uma distribuidora de cosméticos e encontrei as portas muito fechadas. Enquanto eu era diretor, era recebido de uma maneira, e quando já não estava naquela posição representando grandes empresas, passei a ser recebido de uma maneira bem diferente. Depois disso, abri uma empresa de serviços e percebi um movimento constante de desvalorização, com clientes invalidando os valores cobrados e até pedindo que o serviço fosse feito de graça. Essas disparidades e a dificuldade de o público enxergar as pessoas empreendedoras negras com seriedade começaram a me incomodar. Então, eu me uni a alguns empresários para criar um movimento de afroempreendedores e parceiros. Foi aí que tudo começou”, conta.

Rapidinhas

A construtora Mota Machado tornou-se a primeira construtora do Norte e Nordeste a ter inventário de carbono divulgado seguindo metodologia GHG Protocol. A distinção é concedida a organizações que demonstram um compromisso sólido com a transparência e gestão de suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), que realizam a verificação e divulgam os resultados no Registro Público de Emissões do programa.

Com isso, foi certificada com o Selo Prata do Programa Brasileiro GHG Protocol. O método tem como objetivo estimular as empresas e os governos a quantificarem e gerenciarem as suas emissões de gases na atmosfera. Esse fator reflete diretamente o comprometimento das marcas com práticas empresariais ambientalmente responsáveis.

O Assaí Atacadista anunciou em seu balanço financeiro referente a 2023, a redução de 10% de suas emissões de carbono dos escopos 1 e 2, ou seja, provenientes da empresa e do consumo de energia elétrica, respectivamente. O indicador está alinhado ao combate às mudanças climáticas e a sua meta de redução de emissões, que prevê a diminuição de 38% de suas emissões até 2030, tendo 2015 como ano-base.

Dentre as frentes de trabalho que contribuíram a esse resultado estão o investimento em uma matriz energética mais diversificada e limpa e o avanço para um modelo de loja mais sustentável, que utiliza equipamentos e implanta iniciativas para otimizar o consumo de energia elétrica.

Nesse sentido, além da migração para o mercado livre de energia, que conta com fontes renováveis, ou seja, provenientes das matrizes eólica, solar, biomassa e pequenas hidrelétricas, as novas lojas do Assaí são construídas levando em consideração conceitos de ecoeficiência e gestão do impacto ambiental.

Hoje, todas as unidades são inauguradas com iluminação 100% em LED; ilhas de congelados e refrigerados com portas; e fachada de vidro e telhas translúcidas, que garantem um melhor aproveitamento da luz natural e contribuem para a diminuição do consumo de energia.

A Planet Smart City lançou um projeto inovador em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) para promover a adoção de energia solar em comunidades emergentes, com uma parte do investimento vindo diretamente da ONU. A empresa já iniciou a implementação dos primeiros painéis fotovoltaicos nas residências da Smart City Laguna, no Ceará.

 

Foto do Carol Kossling

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